Dizer eu te Amo e coisa seria

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Essência



Eu queria mergulhar em um poço de palavras inexistentes, um universo onde cada termo fosse moldado exatamente para carregar o peso e a leveza dos meus sentimentos. Palavras que se encaixassem perfeitamente, ocupando todos os espaços vazios da comunicação, como água preenchendo cada canto de uma fenda.

Sonho com letras que não apenas descrevam, mas respirem — que tragam no sopro de cada sílaba a essência do que sou e sinto. Que falem de coração para coração, sem deixar margem para dúvida, sem arestas que cortem a compreensão.

Que cada palavra escolhida seja um reflexo límpido de um pensamento decifrado. Que cada frase construída seja uma ponte direta para a alma. E, acima de tudo, que esse mergulho profundo permita um amor compartilhado, onde nada precise ser dito além do que já foi perfeitamente sentido.

Inserida por Jorgeanesquivel

Fotografar é Ver Com a Alma


Eu vejo o mundo de uma maneira única, como se houvesse sempre uma nova perspectiva sobre a mesma coisa. Para mim, a fotografia não é apenas capturar uma imagem; é sobre enxergar o que os outros não conseguem ver. Acredito que o olhar de um fotógrafo tem a capacidade de transformar algo simples em algo valioso, essencial, e é isso que tento passar em cada clique.

Minha sensibilidade me permite ver além do óbvio, e é essa percepção que tento compartilhar com o mundo. Quando vejo uma cena, busco encontrar a alma daquele momento, algo que muitas vezes passa despercebido, mas que, para mim, é o que dá significado à imagem. É como se eu estivesse dando voz àquilo que só eu consigo enxergar, tentando transmitir um pouco da minha alma através do meu olhar.

Eu quero que as pessoas, ao olharem minhas fotos, consigam enxergar aquilo que elas mesmas não conseguem ver, que sintam a essência do momento. Acredito que a verdadeira beleza está na percepção, e é isso que tento capturar – uma nova maneira de olhar para o mundo.

Inserida por Jorgeanesquivel

⁠ Vestígios


Se um dia eu desistir, saiba que lutei todos os segundos; mas se um dia eu partir, deixo um pouco de mim em cada canto — nas palavras que escrevi, nas imagens que capturei e, sobretudo, nas pessoas que encontrei.

Inserida por Jorgeanesquivel

⁠Indelével

Se um dia eu desistir, saiba que lutei com cada parte de mim, enfrentando os ventos mais ferozes e os silêncios mais pesados. Mas, se um dia eu partir, não diga que não sabia. Eu me espalhei pelo mundo, deixei fragmentos meus por onde passei.

Estou nas palavras que escrevi, nas imagens que capturei com a alma, nos olhares que toquei com ternura. Me registrei em cada gesto, em cada história compartilhada, em cada canto onde deixei um rastro silencioso de quem sou.

Não se trata de me lembrar com pesar, mas de reconhecer que estive aqui, inteira, presente, viva. Eu fui — e sempre serei — uma presença que não se dissolve, apenas se transforma em memória.

Inserida por Jorgeanesquivel

⁠Inaudível

Eu avisei. Nunca tentei chamar atenção, mas gritei em silêncio por meio das palavras e das imagens que deixei pelo caminho. Algumas pessoas disseram: "Pare com isso, não demonstre suas fraquezas." Outras, com olhos que não sabiam ver além do superficial, soltaram um: "Nossa, isso dói tanto." Houve aquelas que simplesmente ignoraram, fingindo não ver, passando por cima como se eu fosse um borrão despercebido.

Mas eu continuei. Me registrei em cada fragmento de existência, deixando partes de mim em cada texto, cada fotografia, cada história contada com alma. Não porque eu esperava aplausos, mas porque queria apenas ser — inteira, genuína, presente.

Lamento, apenas, imaginar que o dia em que eu partir minhas publicações possam encher de curtidas tardias. Não quero esperar a ausência para ser vista, nem que a valorização venha quando meus olhos já não puderem contemplar.

Eu vivi para me deixar em todos os lugares e em todas as pessoas, ainda que nem sempre percebam. E se a vida é feita de encontros e desencontros, que meu rastro permaneça — não para ser aclamada, mas para ser sentida. Inaudível, talvez, mas eterna.

Inserida por Jorgeanesquivel

⁠Silenciosa

Quantas vezes eu falei com meu olhar, gritei com o meu silêncio e até com um sorriso que escondia o que as palavras não conseguiam dizer? Tantas tentativas de me expressar de forma discreta, até que o brilho dos meus olhos se apagou e o sorriso perdeu a graça.

Silenciei, mas também gritei com um comportamento que não era meu. Meu corpo, que antes sustentava forças, começou a falar por mim: perdi peso, meu cabelo caiu, minha vitalidade se esvaiu. Tudo porque me esforcei para silenciar a minha dor, tentando não ferir aqueles que nunca estão preparados para escutar — não genuinamente.

Ninguém está realmente pronto para ouvir sobre a escuridão da depressão. Porque ninguém compreende de verdade, a não ser que já tenha mergulhado nas mesmas águas turvas.

Mas eu não desejo que ninguém me entenda. Pedir isso a Deus seria cruel, seria pedir que outros sentissem essa dor em suas próprias experiências. Não, eu não quero que ninguém afunde nesse abismo. Desejo apenas que meu silêncio seja ouvido, mesmo que eu não precise mais gritar.

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⁠O Sentido que Não Ouvi

Lamento profundamente que talvez eu nunca saiba, verdadeiramente, o impacto da minha vida. Não vou ouvir o que minha presença significou para os que me conheceram — familiares, amigos, todos aqueles que cruzaram meu caminho.

Sei que um dia, quando eu partir, minhas palavras serão lidas com mais atenção, minhas fotografias serão vistas com outro olhar, e alguém dirá: "Agora entendo o que ela quis dizer." Talvez nesse momento reconheçam a profundidade do que eu tentei transmitir, mas eu não estarei lá para escutar.

E esse é o peso que carrego: saber que muitas coisas só farão sentido tarde demais. Que aquilo que dei de mim — cada palavra, cada imagem, cada pedaço do meu ser — será valorizado apenas na minha ausência.

Mas, ainda assim, eu continuo. Deixo minha alma registrada nesses fragmentos, porque acredito que viver é também espalhar pedaços de significado, mesmo que nunca saibamos exatamente onde eles florescerão.

Inserida por Jorgeanesquivel

⁠Carta Aberta

Para quem se permitir sentir, refletir, conectar.

Aqui estou eu, uma mulher que carrega dentro de si a busca incessante pela profundidade e autenticidade. Não sou uma alma que se perde na superficialidade das interações fugazes, nem nas palavras vazias que muitas vezes nos cercam. Eu busco a essência, a alma do outro, como se a verdadeira dança da vida estivesse na entrega silenciosa e na sintonia que não se explica, mas se sente.

Se algo define minha jornada, é a busca por uma conexão genuína. Às vezes, penso que a solidão é necessária para que a verdadeira conexão aconteça. Sou do tipo que se recolhe até sentir que vale a pena abrir a porta, até encontrar um olhar que se atreva a tocar a minha alma.

Na fotografia, eu me encontro. Cada click é uma tentativa de capturar o invisível, de revelar aquilo que mora nos cantos mais ocultos do ser humano e da vida. Acredito que a sensibilidade de quem fotografa tem o poder de transitar entre o visível e o invisível, entre o que é e o que poderia ser, fazendo com que o outro veja o mundo através de uma nova perspectiva. Cada imagem que crio carrega um pedaço da minha alma, esperando ser vista, sentida, compreendida. E é assim que vejo a vida: uma fotografia em movimento, cheia de momentos efêmeros que pedem para serem eternizados no olhar atento de quem sabe enxergar.

Hoje, me permito escrever, não para expor, mas para partilhar. Porque, como sempre busquei nas palavras e nas imagens, talvez o que realmente desejo é que minha essência encontre eco no mundo. Que, de alguma forma, minha busca por profundidade se revele como algo comum a todos que também têm fome de autenticidade e de verdade.

Aos que, como eu, não se contentam com o raso, aos que acreditam que há beleza na entrega silenciosa e na quietude que precede a verdadeira conexão, deixo estas palavras: seguimos. Continuamos nossa busca, nossa dança. Porque no fim, é a dança que importa, o encontro verdadeiro, onde corpo e alma se entrelaçam. E é isso que me move: acreditar que, no fundo, todos buscamos algo mais. Algo que só o verdadeiro olhar consegue captar.

Com carinho e sinceridade,
Jorgeane Borges

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⁠Carta Aberta de Quem Decidiu Partir (E Ainda Está Aqui)

A quem importa,

Eu ainda estou aqui, mas não sei por quanto tempo. Já tomei minha decisão, embora o corpo continue presente. Sigo respirando, caminhando entre vocês, respondendo quando necessário, sorrindo quando esperado. Mas, por dentro, algo já se despediu faz tempo.

Não quero que sintam pena, não quero ouvir que vai passar, porque eu mesma já me disse isso incontáveis vezes. Não passou. Apenas aprendi a carregar o peso sem deixar transparecer tanto. Às vezes, ele fica insuportável.

Sei que muitos me amam, e é por eles que permaneci até agora. Mas amar não significa entender. E a solidão de não ser compreendido é um abismo que engole pouco a pouco.

Eu não busco atenção, não quero alarmar ninguém. Só quero que saibam que tentei. Que lutei cada dia como pude. Que se um dia eu não estiver mais, não foi por fraqueza, mas por exaustão.

Até lá, continuo. Não sei até quando. Apenas… continuo.

[JB]

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⁠Carta Aberta: Cansei, Lutei Até Meu Limite

A quem ainda se importa,

Eu lutei. Lutei com tudo o que tinha, com tudo o que restava de mim. Dia após dia, me levantei quando queria ficar no chão, sorri quando minha vontade era desmoronar, fui forte até quando a força me abandonou. Mas agora, cansei.

Cansei de fingir que estou bem para não incomodar, de carregar um peso que ninguém vê, de gritar sem que ninguém ouça. Cansei de ouvir que tudo é fase, que vai passar, que basta ter fé. Porque não é assim tão simples. Nunca foi.

Não peço que me entendam. Apenas que saibam que eu tentei. Tentei ser quem esperavam, tentei encontrar um lugar no mundo, tentei carregar minha dor sem transbordar. Mas há batalhas que não se vencem, há cansaços que não se curam com descanso.

Se eu partir, saibam que foi depois de uma longa guerra, não de um único dia ruim. Se eu ficar, saibam que estou além do limite, e só preciso que alguém perceba sem que eu precise explicar.

Cansei, mas ainda estou aqui. Até quando, não sei.

[JB]

Inserida por Jorgeanesquivel

⁠Desabafo: O medo silencioso de ser vista

Eu sei o que é se sentir refém de uma construção que fizeram de mim. Uma construção que, por muito tempo, me prendeu a um medo constante de ser quem eu sou, de ocupar os espaços ao meu redor. O medo de ser vista, de ser notada, e de como, ao estar em ambientes cheios, os olhares parecem pesados demais para carregar.

Sinto que, em muitos momentos, a insegurança me paralisa. É como se toda minha essência fosse transformada em algo que precisa se esconder. Tento desviar os olhares, encontrar os cantos mais discretos, aqueles onde posso me perder sem ser observada. Onde a pressão de ser vista não me sufoca.

E quem, entre nós, nunca se sentiu assim? Quem, entre nós, nunca se desconfortou com o peso de ser mulher, de ser vista e julgada? O desconforto de estar em um espaço cheio e, mesmo assim, se sentir sozinha, impotente.

Eu sei que esse medo não é só meu. Sei que há outras mulheres que também preferem a invisibilidade, que também buscam lugares silenciosos e discretos, longe dos olhares que nos desconstroem, que nos fazem sentir pequenas. Mas o que me dá esperança é saber que, ao escrever isso, estou falando em voz alta o que tantas de nós guardam. E, ao fazer isso, me permito ser verdadeira, e quem sabe, dar espaço para que outras também possam se permitir.

O que quero agora não é mais me esconder. O que busco é entender esse medo, aceitar que ele existe e, aos poucos, me fortalecer para que ele não me defina mais. E, talvez, juntas, possamos construir um espaço onde todas nós possamos ser vistas sem medo, sem julgamentos, sem a pressão de sermos algo que não somos. O mundo precisa entender que ser mulher, com todas as nossas complexidades e inseguranças, é, sim, uma força.

Inserida por Jorgeanesquivel

⁠Para Quem Ousa Sentir

Eu sei que não sou para todo mundo. Nem todo lugar me merece, porque não sei estar sem presença, e nem todo sentimento merece minha atenção. Nem toda conexão vale o meu investimento, porque não entro pela metade.

Sou para aqueles que sabem reconhecer boas e raras companhias, para quem valoriza vínculos verdadeiros e sentimentos profundos. Fui feita para a leveza, para a paz, para a sensação de estar em casa—porque eu me faço lar.

Fui feita para quem tem coragem de sentir e demonstrar, para aqueles que ousam colocar o coração em mim, porque eu também o deixo ali. Minha companhia não é para preencher vazios, mas para tornar o caminho mais bonito, mais intenso, mais verdadeiro.

Que tudo o que combina com isso me encontre.

Inserida por Jorgeanesquivel

⁠Organizando a Casa Interna

Talvez, ao tirar tudo de dentro, eu consiga entender melhor a bagunça que se formou em mim.
Desarrumar para depois arrumar,
como quem limpa o pó de velhas memórias,
abre os armários da alma,
e se permite ver o que estava escondido, guardado no canto mais escuro.

Cada sentimento guardado,
cada medo não dito,
cada desejo reprimido,
tudo vem à tona,
como uma tempestade que exige passagem.

Mas é necessário.
Só assim posso organizar a casa.
Deixar que as emoções ocupem o espaço que merecem,
sem medo de bagunçar,
sem vergonha de mostrar as partes quebradas,
pois elas fazem parte da construção.

E, no final, talvez eu encontre a paz de saber que a casa é minha,
que ela reflete cada pedaço de mim,
e que, mesmo em desordem,
ainda posso viver nela com a liberdade de ser quem sou.

Inserida por Jorgeanesquivel

⁠Carrego em Mim a Minha Gente

Quem disse que eu ando só?

Sou uma, mas trago em mim muitas. Carrego vozes que vieram antes de mim, risos que ecoam pelas ruas, olhares que enxergam além do que se vê. Minha caminhada não é solitária — ela é feita de memórias, de histórias contadas à beira do Rio Real, de passos que seguem o ritmo das tradições.

Minha arte não é apenas minha. Ela é reflexo do meu povo, das mãos que moldam, dos sabores que alimentam, dos gestos que traduzem um pertencimento. Em cada clique, há um pedaço da nossa identidade. Em cada imagem, um registro da essência que nos torna únicos.

Indiaroba não é só um lugar, é um sentimento. Está no cheiro da comida caseira, no colorido das feiras, na fé que nos une, no talento que se manifesta em cada detalhe. Sou feita dessas raízes e, através do meu olhar, levo comigo tudo o que somos.

Eu represento.
A arte, a cultura, a força do meu povo.

Inserida por Jorgeanesquivel

⁠Efêmero e Infinito

Quando eu for, um dia desses,
poeira, levada pelo vento,
quero ser como as estrelas—
que mesmo quando morrem,
não se apagam.

Que meu brilho, mesmo distante,
ainda toque olhares,
ainda ilumine caminhos,
ainda ecoe na memória
de quem um dia me viu brilhar.

Que eu permaneça,
não apenas na lembrança,
mas no sentir.


#AtravésDoMeuOlhar

Inserida por Jorgeanesquivel

⁠Perder-se na Beleza do Desejo

Eu me vejo nas sombras daquilo que não fui, mas que posso ser. Há um desejo em mim, um desejo de ser tocada, desejada, amada. Mas não é qualquer toque que me acende, nem qualquer olhar que me dissolve. Meu corpo clama, mas meu coração espera, com paciência, por quem saiba ver além da superfície, por quem compreenda o silêncio de cada suspiro meu.

Eu me perco na ideia de ser mais do que uma imagem fugaz, ser mais do que um desejo momentâneo. Não quero ser apenas desejada, quero ser a razão de um olhar, o abrigo de uma alma, o lugar onde os corpos se encontram sem pressa, onde o desejo se transforma em algo profundo e duradouro.

Perder-me é encontrar, é me entregar sem medo, é me descobrir nas entrelinhas do amor que ainda não vivi, mas que sei que posso experimentar. Porque o desejo não é só carne. Ele é o enredo que se desenha quando duas almas se tocam e se reconhecem. E eu me entrego a esse enredo, sem pressa de chegar ao final.

Inserida por Jorgeanesquivel

⁠Para Ele, Que Já Existe

Eu não sei onde você está, nem se já me viu de longe ou se ainda caminha em outra direção. Mas sei que existe. Sei porque sinto sua ausência como se fosse uma presença, porque o espaço que você ocupa em mim já tem forma, cheiro, textura. Sei porque meus anseios não se dissolvem no tempo, porque meu corpo espera sem se perder no fácil, sem se entregar ao vazio.

Eu poderia dizer que espero pacientemente, mas não seria verdade. Espero com desejo, com urgência contida, com vontades que dançam dentro de mim sem encontrar palco. Espero porque sei que quando chegar, não será um encontro qualquer. Será o reconhecimento de algo que sempre esteve aqui.

Não me guardo por medo, nem por falta de oportunidades. Me guardo porque não sou para qualquer um, porque minha pele não responde a mãos que não saibam o que fazer com ela. Porque meu corpo, minha alma, tudo em mim precisa de verdade, de presença, de entrega.

Então, venha quando for tempo. Mas venha inteiro. Porque não quero metades, não aceito migalhas. Quero um toque que fique, um olhar que me prenda sem me acorrentar, uma voz que me acalme e desperte ao mesmo tempo. Quero ser para você o que você será para mim: um abrigo, um incêndio, uma certeza.

E quando vier, saberá que sempre foi você.

Inserida por Jorgeanesquivel

Quisera eu que as pessoas pudessem olhar para mim como eu olho para elas.

Que fossem capazes de me enxergar com os mesmos olhos com os quais as vejo.

Que olhassem para o mundo com a mesma profundidade e leveza que tento transmitir.

Ou, ao menos, que eu soubesse lidar com as palavras da mesma forma que meu olhar se expressa, de maneira equiparada e clara.

Que tivessem sensibilidade suficiente para me decifrar sem julgar.

Assim, entenderiam o que trago em meu olhar e perceberiam a importância de cada um deles.

Tem gente que me olha, mas não me vê.

E se não me vê, não me sente.

E se não me sente, não me compreende.

Inserida por Jorgeanesquivel

⁠Quando a Ajuda Vira Julgamento

Não pedir ajuda não significa que eu não precise. Talvez eu só tenha um jeito diferente de demonstrar que preciso de você.

Sempre estive disponível para quem necessitou, sem que precisassem pedir. Bastava um olhar, um suspiro, e eu já estava lá. Porque quem quer ajudar, faz. Chega, estende a mão, encontra um jeito. Não espera que o outro precise gritar por socorro.

Mas quando sou eu que preciso, dizem que não me ajudo. Que não quero ajuda, porque não peço.

Como se fosse simples assim. Como se eu nunca tivesse tentado. Como se o fato de me esforçar até a última gota, sem incomodar ninguém, fosse um atestado de que estou ótima.

A verdade é que, quando pedi, nem sempre encontrei. E precisei aprender a lidar com a frustração do “não”, que só se ouve uma vez, mas ecoa para sempre. Precisei compreender os motivos dos outros, aceitar os limites que me impunham, mesmo que doessem.

Então, antes de pedir, eu penso: será que essa pessoa pode? Será que ela quer? Ou vai fazer por obrigação, com pressa para se livrar de mim?

É mais fácil esperar. É mais fácil não precisar pedir. Porque quem realmente quer ajudar, percebe. Chega perto. Não precisa de um pedido formal. Às vezes, tudo o que alguém precisa é de um abraço silencioso, sem perguntas, sem julgamentos.

Então, antes de dizer que eu não me ajudo, tente entender quantas vezes eu já me ajudei sozinha. Quantas vezes lutei contra tudo, sem incomodar ninguém.

Talvez o problema nunca tenha sido eu não pedir. Talvez o problema seja que nem todo mundo sabe realmente estar presente.

E ter que lidar com opiniões e julgamentos de quem me desconhece me torna, dia após dia, mais bloqueada e inacessível.

Inserida por Jorgeanesquivel

⁠O Peso de Pedir

Dizem que eu não quero ajuda. Que não me ajudo. Que se eu precisasse de verdade, eu pediria.

O que ninguém entende é que pedir já foi uma escolha. Já foi uma tentativa, e, na maioria das vezes, o que encontrei foi silêncio, portas fechadas ou respostas que doeram mais do que o problema em si.

Aprendi a não insistir. Não por orgulho, mas por respeito. Porque sei que ninguém é obrigado a estar disponível. Sei que as pessoas têm seus próprios fardos e que nem sempre vão conseguir carregar o meu também. Então, eu escuto o não antes mesmo de ouvi-lo. E, para evitar o peso da rejeição, escolho não pedir.

Sei que, quando alguém realmente quer ajudar, ajuda. Sem esperar um pedido formal. Sem precisar ouvir "socorro" para entender que há um grito guardado no peito. Sei disso porque sempre fui essa pessoa. A que percebe, a que chega, a que estende a mão sem precisar ser chamada.

Então, se eu não peço, não é porque não preciso. É porque já aprendi que ir sozinho pode ser mais difícil e prolongado, mas é menos doloroso do que ouvir palavras cortantes e afiadas que já me feriram outras vezes. A solidão que vem com o silêncio, embora difícil, se torna um abrigo mais seguro do que os cortes invisíveis de quem diz querer ajudar, mas não está realmente disposto.

E quem sabe, talvez eu só precise de alguém que esteja disposto a perceber sem precisar de um pedido formal. Alguém que, como eu, entenda que a dor nem sempre se expressa em gritos, mas às vezes em silêncios profundos e na ausência de palavras.

Inserida por Jorgeanesquivel