Devemos dar Sempre uma Chance

Quanto à virtude, não basta conhecê-la, devemos tentar também possuí-la e colocá-la em prática.

Não devemos ter medo de inventar seja o que for. Tudo o que existe em nós existe também na natureza, pois fazemos parte dela.

Devemos ter amigos que nos ensinam o bem; e perversos e cruéis inimigos, que nos impeçam de praticar o mal.

Devemos escolher para esposa somente a mulher que escolheríamos para amigo, se ela fosse homem.

Devemos pagar caro pelos nossos erros se quisermos ver-nos livres deles, e depois podemos até dizer que temos sorte.

A vida é como o vinho: se a quisermos apreciar bem, não devemos bebê-la até à última gota.

Não devemos contentar-nos em falar do amor para com o próximo, mas praticá-lo.

Devemos construir diques de coragem para conter a correnteza do medo.

Os prazeres do amor jamais nos serviram. Devemos nos considerar felizes se não nos aborrecerem.

Nas nossas vidas diárias, devemos ver que não é a felicidade que nos faz agradecidos, mas a gratidão é que nos faz felizes.

Devemos ir buscar a coragem ao nosso próprio desespero.

Devemos prometer somente o que podemos entregar e entregar mais do que prometemos.

Para encontrar um amigo, devemos fechar um olho. Para conservá-lo, devemos fechar os dois.

Não devemos avisar as pessoas do perigo que correm, salvo depois de ele ter passado.

Nunca devemos admitir como causa daquilo que não compreendemos algo que ainda entendemos menos.

A experiência não permite nunca atingir a certeza absoluta. Não devemos procurar obter mais que uma probabilidade.

Devemos chorar as pessoas à nascença, e não aquando da sua morte.

Nunca devemos dizer tudo, pois seria tolice; mas é indispensável que aquilo que se diz corresponda ao nosso pensamento; de contrário, é maldade.

Quando as coisas não são como nós gostaríamos que fossem, devemos gostar delas tais quais elas são.

Devemos cultivar as nossas qualidades, e não as nossas particularidades.