Descobri
Descobri que metade, não precisa ser oposta e que quando igual, fica até melhor. E nos tornamos nós, e seremos sempre nós.
O VÉU
Descobri a sabedoria do silêncio ao me deparar com o caos das multidões e com o barulho das mentes vazias; ele me revelou que, quando a palavra já cumpriu a sua finalidade, por consequência, perde seu significado, e que o inaudível é a própria linguagem de Deus.
Descobri o amor ao ver o quanto o buscava nos outros; a partir disso, entendi que, nesse sentido, a verdade é uma só: o amor está em mim, pois que é essa a minha própria substância; e que tudo que receber de fora será por reflexo daquilo que houver oferecido.
Descobri a importância de respeitar o espaço das pessoas quando o meu próprio foi posto à prova; e isso me fez dissociar qualquer antiga ideia de espaço, por ele não existir; qualquer lugar em que esteja será sempre o meu "aqui".
Descobri que não me voltar demais ao passado ou planejar demais o futuro fazia bem quando percebi que o "ontem" ontem era hoje, e o "amanhã" amanhã também será hoje; ambos convergem ao mesmo ponto, porque ele é uma dádiva, e, por isso, se chama presente.
Descobri o quanto é importante seguir o fluxo da vida e não resistir às tempestades que tentavam me abalar em meio à efemeridade de tudo que me cercava; assim, compreendi a maravilha que é ser vento, ser fluido, de não parar, de deixar ir, de não prender, de não pedir.
Descobri o quão relevante é a pureza da alma ao vê-la tocada por mãos sujas de vaidade e egoísmo; a partir daí, entendi que o sol não pode brilhar através de uma vidraça imunda, e que não se pode contar as melhores histórias senão em papéis em branco.
Descobri que a paz começa em mim e que não pode ser encontrada lá fora ao perceber que em vão a atribuía somente à quietude externa; então, passei a alimentá-la em mim mesmo, porque em mim ela já existia, só necessitando minha atenção para, como uma muda que cresce ao ser regada, ser manifestada.
Descobri que eu, somente eu, poderia me guiar quando confrontado por quem dizia saber o melhor para mim; daí, pude enxergar que a verdade não é universal; mas o que condiz com cada um; mais ainda, é aquilo em que se crê, e não aquilo que dizem ser.
Descobri que não dar atenção à crítica ou à opinião alheia tornaria mais suave a experiência da vida ao observar o quanto eu me desdobrava a fim de me ajustar a isso, mesmo que implicasse em me depreciar; hoje, a própria observação me demonstrou que o que se julga nos outros é exatamente o que se falta vencer em si; e, sendo assim, o julgamento se torna um modo de esconder as próprias fraquezas, fazendo de quem o recebe um espelho, o qual revela muito mais a respeito de quem julga do que de quem é julgado.
Descobri, ainda, que cada evento na vida possui tempo para ser e que não se pode contrariar a sua espontaneidade ao tentar apressar o que ainda não se pode receber, ou retardar o que já está no tempo de aprender; dessa maneira, tornou-se possível compreender que o que fosse para o bem sucederia no momento oportuno, sem expectativas; assim, surgiu também o respeito pelo ritmo da vida, pois que não há sincronicidade maior senão na cadência e alternância das estações do ano, no fluxo e refluxo das marés, ou no nascer do sol e no seu ocaso.
Foi olhando no brilho dos seus olhos, que eu descobri o quão surpreendente e maravilhoso é o mundo refletido em seu olhar, e o melhor de tudo, Foi ver você sorrir quando meu olhar se encontrou com o seu.
Ainda não descobri qual a razão da vida, mais sei que ela se torna mais fácil de entender se você estiver ao meu lado ;)
Descobri que preciso ser amigo da fé. Afinal é com ela que terei que conviver todos os dias até me encontrar com Cristo.
Tentei fazer muitas coisas,
mas descobri que escrever
e falar de amor,
da outro sentido na minha vida...
Na minha vida procurei um curso para atingir uma meta, descobri mais tarde que a meta não estava em lugar nenhum, mas, antes em si próprio.
Levado pela sede, jurei que qualquer tanto bastaria, mas não, descobri que a sede volta, eu preciso de tudo em você.
IDADE
OLHANDO ao meu redor, descobri um fato muito interessante, ou pelo menos só me atentei a isso agora: Existem pessoas que não têm idade! Isso mesmo! Não têm idade!
ESSAS pessoas geralmente são geniais! Elas são muito boas em algo que fazem. Algumas cantam, outras são ótimas em conversar, boas de papo, mas no bom sentido. Algumas dançam, outras cozinham, escrevem, filosofam, desenham, fotografam, entre tantas outras coisas. E a pessoa sem idade é tão genial que fica impossível saber quantos anos ela tem. Mesmo que ela te diga, ou que existam fontes confiáveis onde você poderia saber isso, ainda assim você não acreditaria!
ELA tem um jeito jovem, mas com tanta genialidade, não poderia ter 20... Tão inteligente, experiente, sensata, mas não poderia ter 60...
OS cabelos brancos apontam nas têmporas, mas ela é divertida como um adolescente, sapeca. Quantos anos poderia ter? Esta é uma pessoa sem idade! A que ela diz ter está errada! E a que achamos que ela tem também está errada.
ESTA pessoa está acima de qualquer rótulo que a estereotipe. E isso é maravilhoso!
ELA não está nem aí para o pingo do i, quer mesmo é ser feliz consigo mesma e com aquilo que faz de melhor. E que o i vá procurar o pingo dele, porque agora ela está tomando um café...
AFINAL, ela tem muito tempo, ou não tem. Sei lá... Qual a idade dela mesmo?
O casamento é a união entre duas pessoas que supostamente se amam, e que permitirá ao casal descobrir que o amor é muito maior que o sentimento da carne ou a beleza da juventude.
Epitáfio epifânico
Num belo dia acordei e descobri que nunca houvera antes acordado. A sensação de estar imerso numa realidade, e o efeito por ela causado em meu corpo, e mente, era algo assustadoramente novo. Descobrir que eu realmente possuía 5 sentidos, e que a verdade era algo absoluto (embora sujeita à perspectiva) foi algo tão quântico quanto artístico.
Não demorou muito até que eu me desse conta que, nessa realidade, eu existia em primeira pessoa. Eu não era apenas um diretor que controlava um ser correlato, a meu bel-prazer. Estava eu nessa realidade, onde só se pode cair uma vez de um prédio. Onde não se pode estar em dois lugares ao mesmo tempo. Onde não sou onisciente. Onde todos necessariamente têm um rosto. Nesse mundo onde a informação não depende de você. Nesse mundo - nesse mundo, e não num simulacro de mundo.
Me dei conta também que, nesse mundo, eu havia acabado de acordar e, por isso, não seria possível acordar de novo. Esse quase belo dia foi hoje. Por isso possivelmente não estou mais aqui.
Cada dia que passa mergulho cada vez mais em mim. Descobri, porém, que esse por fim era um abrigo seguro.
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