Desabafo de um bom Marido

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De todos os sentimentos, o mais difícil de simular é o orgulho.

O casamento é o egoísmo a duo.

Os filhos seriam, talvez, mais caros a seus pais e, reciprocamente, os pais aos filhos, sem o título de herdeiros.

A dialética do interesse é quase sempre mais poderosa que a da razão e consciência.

A maledicência pode muitas vezes corrigir-nos, a lisonja quase sempre nos corrompe.

A pobreza não tem bagagem, por isso marcha livre e escuteira na viagem da vida humana.

Não há pai nem mãe a quem os seus filhos pareçam feios; nos que o são do entendimento ocorre mais vezes esse engano.

Ninguém se conhece tão bem como aquele que mais desconfia de si próprio.

Qualquer homem é capaz de fazer bem a outro homem; mas contribuirmos para a felicidade de uma sociedade inteira é parecermo-nos com os deuses.

Desprezos há, e de pessoas tais, que honram muito os desprezados.

Os grandes, os ricos e os sábios sorriem-se: os pequenos, os pobres e os néscios dão gargalhadas.

Se a pobreza é a mãe dos crimes, a falta de espírito é o seu pai.

Ser-se livre não é nada fazer, é ser-se o único árbitro daquilo que se faz ou daquilo que se não faz.

Há duas coisas que não se perdoam entre os partidos políticos: a neutralidade e a apostasia.

Os velhos doidos são mais doidos do que os novos.

A memória dos velhos é menos pronta, porque o seu arquivo é muito extenso.

Uma casa sem mulher não tem tormentos nem glória.

Condenamos por ignorantes as gerações pretéritas, e a mesma sentença nos espera nas gerações futuras.

Todos se queixam, uns dos males que padecem, outros da insuficiência, incerteza, ou limitação dos bens de que gozam.

Sonho Oriental

Sonho-me ás vezes rei, n'alguma ilha,
Muito longe, nos mares do Oriente,
Onde a noite é balsamica e fulgente
E a lua cheia sobre as aguas brilha...

O aroma da magnolia e da baunilha
Paira no ar diaphano e dormente...
Lambe a orla dos bosques, vagamente,
O mar com finas ondas de escumilha...

E emquanto eu na varanda de marfim
Me encosto, absorto n'um scismar sem fim,
Tu, meu amor, divagas ao luar,

Do profundo jardim pelas clareiras,
Ou descanças debaixo das palmeiras,
Tendo aos pés um leão familiar.

Antero de Quental
Os Sonetos Completos de Antero de Quental

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