Depoimentos Saudades do Passado
É sempre no passado aquele orgasmo,
é sempre no presente aquele duplo,
é sempre no futuro aquele pânico.
É sempre no meu peito aquela garra.
É sempre no meu tédio aquele aceno.
É sempre no meu sono aquela guerra.
É sempre no meu trato o amplo distrato.
Sempre na minha firma a antiga fúria.
Sempre no mesmo engano outro retrato.
É sempre nos meus pulos o limite.
É sempre nos meus lábios a estampilha.
É sempre no meu não aquele trauma.
Sempre no meu amor a noite rompe.
Sempre dentro de mim meu inimigo.
E sempre no meu sempre a mesma ausência.
As críticas não me incomodam,
Os elogios não me iludem,
Vivo o presente,
Temo o passado,
dane-se o futuro.
Talvez o passado seja uma âncora nos prendendo.Talvez a gente tenha que abandonar a pessoa que fomos para nos tornarmos a pessoa que seremos.
Do meu passado vejo o que não pude ter
Lamento por este pesar
O amor fez de mim um monstro
Fez de mim apenas uma lembrança vaga
Uma lembrança ruim de um amor destruído
Destino maldito! Não se pode contê-lo, mas se pode vivê-lo.
Desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o futuro. Agora me mantenho no presente, que é onde a vida acontece. Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é... plenitude.
De meus sentimentos restaram apenas mágoas e palavras não ditas. O passado não importa mais, só importam as lembranças de que um dia eu fui capaz de amar alguém. E enquanto houver o silêncio das palavras e o som de uma música que marcou alguma coisa importante, eu vou lembrar de tudo o que houve entre nós e desejar que eu possa transformar meu passado em algo, no futuro, bom e gostoso de lembrar.
Me pergunto a cada dia quem sou eu?! se recordo quem fui, me vejo...e o passado é o presente na lembrança. Nada a não ser o instante me conhece.
Aula de piano
Depois do almoço na sala vazia
A mãe subia pra se recostar
E no passado que a sala escondia
A menininha ficava a esperar
O professor de piano chegava
E começava uma nova lição
E a menininha, tão bonitinha
Enchia a casa feito um clarim
Abria o peito, mandava brasa
E solfejava assim:
Ai, ai, ai
Lá, sol, fá, mi, ré
Tira a não daí
Dó, dó, ré, dó, si
Aqui não dá pé
Mi, mi, fá, mi, ré
E agora o sol, fá
Pra lição acabar
Diz o refrão quem não chora não mama
Veio o sucesso e a consagração
Que finalmente deitaram na fama
Tendo atingido a total perfeição
Nunca se viu tanta variedade
A quatro mãos em concertos de amor
Mas na verdade tinham saudade
De quando ele era seu professor
E quando ela, menina e bela
Abria o berrador
Ai, ai, ai,
Lá, sol, fá, mi, ré
Contei meus anos e descobri
Que terei menos tempo para viver do que já tive até agora
Tenho muito mais passado do que futuro
Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de jabuticabas
As primeiras, ele chupou displicentemente
Mas, percebendo que faltam poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades
Inquieto-me com os invejosos tentando destruir quem eles admiram
Cobiçando seus lugares, talento e sorte
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas
As pessoas não debatem conteúdo, apenas rótulos
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos
Quero a essência... Minha alma tem pressa
Sem muitas jabuticabas na bacia
Quero viver ao lado de gente humana, muito humana
Que não foge de sua mortalidade
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade.
Nota: Adaptação do texto "Tempo que foge!", cuja autoria tem vindo a ser erroneamente atribuída a Rubem Alves e Mario Andrade.
...MaisAMOR VAGABUNDO
(Luiz Islo Nantes Teixeira/Carolina Teixeira)
Uma vez caminhei nas petalas de rosas
Quando te jurei o meu amor
Sao lembrancas e cancoes maravilhosas
De um tempo que ja passou
Uma vez pisei nas nuvens do ceu infinito
Quando eu te beijava a boca
Sao poemas e caricias de um passado bonito
Que ainda me machuca e me toca
Ai, quantos infinitos desejos
De receber muitos beijos
De amores estranhos
Assim vou vivendo pelo que preciso
E me libertando do feitico
De teus olhos castanhos
Ai, quanta vontade de gritar
E viver alem de chorar
Por um amor que perdi
Assim vou curando meu coracao
Substituindo a velha paixao
Que nao foi pra mim
Um vez caminhei nos veroes deste mundo
Quando eu a amava mais do que tudo
Sao lugares e dancas de um amor vagabundo
Que deixou meu peito mudo
© 2007 Globrazil Inc/Islo Nantes Music(ASCAP)
E, não chore pelo passado.
Ele já foi.
Também não se preocupe com futuro.
Ele ainda não chegou.
Viva o presente, e faça-o, lindo, feliz, belo, saudável e abundante.
Nos nunca saberemos a hora da partida, mas sabemos pelo o que somos a saudades que deixaremos em cada coração que tocamos nessa caminha chamada
V-I-D-A.
DISTANTE
Acordei de mais um sonho em que te recriava, a gente ainda estava junto, dois namorados;
A aliança em cima do criado-mudo apenas não consegui jogar fora, parece ainda ter sua digital;
A sua roupa parece ter o mesmo cheiro, mesmo que eu já tenha lavado diversas vezes;
Onde perdemos o amor me perguntei, do que adianta culpar terceiros se somos nós e não eles;
Dançando sozinho como se suas mãos estivessem em mim, lembrando talvez eu esqueça de você;
O frio está maior agora que você não está na minha cama, essa saudade parece que arranha;
Os sonhos já não são suficientes para curar minha abstinência, mas se eu te injetar logo vou morrer;
As lágrimas têm o gosto do seu beijo, para piorar tem cabelo pela casa e eu não consigo esquecer;
Distante você é apenas uma foto na estante, só lembranças que quero esquecer;
Será que está sorrindo será que toca alguém como me tocava? Será que ainda lembra?
Meus cabelos cortados na altura que você gostava e eu que disse que você não me influenciaria;
Somos dois estranhos com uma história de amor, não nos conhecemos, nos perdemos no tempo;
Quem são esses dois que se cumprimentam na rua como se nunca tivessem tido noites de amor?
Estranhos, parecemos apenas dois suspeitos do mesmo crime sem termos agido juntos;
Você passa eu sussurro seu nome e pareço ouvir seus passos parando e desistindo logo em seguida;
Será que podemos nos reconhecer? Dizer que nunca existimos e não sabemos como chegamos aqui;
Eu não quero ser apenas um simples passageiro em sua vida, você não me levou onde eu queria;
Essa cama não está de acordo com outros em seu lugar, não esquenta e não quer colaborar;
Já disse para nosso cachorro que você não volta, mas ele chora todo dia a noite, não quer esquecer;
Eu sozinha mais uma vez tendo desvaneios e querendo por apenas um dia apenas ter de volta você;
O que acalenta minha alma abatida,é a busca do seu corpo pelo meu,apertando-me contra as batidas do seu coração.
Com os olhos fechados você me leva cativa aos seus desejos não se contém,pois me entrego por completo,busca minha boca e eu me esquivo te dominando com o olhar.
Te amo como no início,mas você deixou de acreditar quando buscou lá fora a perfeição física de outros corpos,sim você não parou somente em uma boca,provastes de vários mel.
No aconchego do chuveiro você me pertencia,momento único de dois seres que escolheu se pertencer um ao outro,mas você foi falho quebrando nossa promessa de eternidade.
Meu mundo de amor desabou,acabei sozinha com apenas suas mentiras,em um universo vasto e vazio.
As estrelas não tem mais seu brilhor,o sol queima minha alma,enquanto ouço vozes da multidão e me levo até ao nosso ultimo dia juntos,queria que minha angústia tivesse um fim.
O dia passa em câmera lenta,atormentando meu coração.
Vejo no espelho nossas recordações,perto de você sou criança com sentimentos de mulher,sou a razão no corpo da emoção e volto sempre no nosso primeiro beijo,primeiro encontro e me ponho a chorar. Estou presa a você.
Já tentei me desprender de você todas as tentativas me levam a você.
Me leve com você,faça de meu coração seu abrigo e descobrirá que o amor que eu sinto por você é intenso,não abandone meu corpo que tanto te aqueceu em dias e situações que jamais achamos ter saída e juntos superamos.
Eu não me declarei a você,senti muita sua falta quando você não estava,sempre foi o HOMEM da minha cama ,da minha noite, da minhas madrugadas,de cada chuveirada.
Tentei te ver diferente de como te via antes ,mas eis me aqui chorando por você,anulando o amor .
FILOSOFIA NILO DEYSON MONTEIRO
A maior parte da vida perdemos a vida entre os dedos do tempo; sem tempo, nem percebemos os que se vão perdendo de nós, em nossas atenções ficam prioridades, afã, vaidades e o tempo passado se foi, não virá à menos que nele voltemos no pesar do pensar.
#NOSTALGIA
E no correr do tempo...
No eco vazio a que me enfeito...
Partiram sem se despedir...
Partiu minha infância...
A pureza também se foi...
O brilho do olhar foi quebrado...
Quando em certo dia...
O coração foi magoado...
Chegou a adolescência...
E tão rápida também se foi...
Se houvesse uma despedida...
Mais triste seria talvez...
Tudo era descoberta...
Confesso que às vezes tenho melancolia...
Desejos partiram...
Muito deles foram embora sem me avisar...
Vejo o tempo de cada minuto como uma eternidade...
Bate a nostalgia do passado...
Vem a certeza de ser o que fui...
E feliz novamente estar...
Onde foi que fiquei?
Onde foi que me deixei?
O que foi que me fiz?
Não quero no tempo, não preciso, voltar...
Só me restam as lembranças e sonhar...
Feliz pelo o que ainda não veio...
Esperando o melhor dos agoras...
A vida é essa arte...
O que antes foi esperança...
Hoje são saudades.
Sandro Paschoal Nogueira
Conservatória - Caminhos de um poeta
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