Depoimentos p Pessoas q Nao Conhecemos

Cerca de 661744 frases e pensamentos: Depoimentos p Pessoas q Nao Conhecemos

O perdão é a arte de não apodrecer por dentro.

(Douglas Duarte de Almeida)

Quem já atravessou o próprio abismo sabe: o equilíbrio não se alcança, se habita por instantes. É quando a alma pousa, o coração desacelera e a vida parece, por um segundo, caber nas mãos. Há quem confunda esse intervalo com vitória, mas quem vive intensamente entende: a calmaria é só o fôlego antes da próxima onda. É o espaço entre o desespero e o recomeço, o instante em que a alma recolhe o que sobrou para continuar.

(Douglas Duarte de Almeida)

Não é uma despedida, é só uma hipótese — dessas que a gente pensa baixinho quando o peito lembra que é finito.

Se um dia eu fo, aliás, quando eu for, quero ir sem inventar desculpas. Já pedi perdão demais por ser intenso, por sentir demais, por não caber nos silêncios que esperavam de mim. Cansei de negociar minha essência pra parecer leve.

Não quero ser lembrado por “ter sido bom”, quero ser lembrado por ter sido real. Por ter misturado ternura com acidez, fé com ceticismo, coragem com medo, e mesmo assim, ter seguido. Quero que alguém, em algum momento, perceba que viveu com um pouco mais de coragem depois de cruzar comigo. Isso já me basta. Não deixo herança: deixo faísca. Se ela acender em alguém, sigo vivo.

E se perguntarem o que aprendi, direi: aprendi a me atravessar sem mapa. A perder com dignidade. A me refazer sem plateia. E a amar sem manual — porque o amor, no fim, é o último idioma antes do silêncio.

(Douglas Duarte de Almeida)

Eu quero um amor que não seja covarde. E não falo de guerras, heróis ou moinhos, falo do amor que não foge do cotidiano. O que lava a louça, compartilha o silêncio, segura a mão sem medo do tédio. O amor corajoso não é o que promete eternidade, mas o que se faz presente nas miudezas, nas falhas, nos dias em que o afeto parece coisa rara. É o amor que sabe ficar, mas também partir com dignidade, sem transformar distância em castigo. O que confia, mesmo quando não entende. O que não precisa vigiar para acreditar. Amar, afinal, é permitir que o outro seja casa — mesmo quando a vida muda o endereço.

Nem que eu tente, não sei ser minimalista. Minha história é um relicário, uma loja de móveis usados, onde tudo guarda um sentido, uma memória, uma cicatriz bonita do tempo. Cada coisa em mim já teve função, já foi abrigo, já pertenceu a outro instante. E talvez seja isso que me faz inteiro: não o espaço vazio, mas o excesso de vida guardada nas gavetas da alma.

Os intensos não dormem — eles se encontram na noite que o mundo ignora.

Não gaste seu tempo mergulhando em águas rasas. É, além de frustrante, dolorido. A gente entra achando que vai encontrar profundezas, mas o que há é só reflexo. E reflexo, quando se acredita demais, engana.

Não transforme espinhos em lembrança. Que só as rosas habitem sua memória.

Eu acredito na cura das dores, de todas elas, até as mais profundas. Você não é seu sintoma, seus traumas não te definem. É no amor que a vida acontece.

Não vou mais lutar comigo mesmo. Essa guerra íntima sempre foi injusta: eu de um lado, tentando caber; o mundo do outro, oferecendo moldes apertados demais. Passei tempo suficiente tentando negociar minha existência, arredondar arestas, suavizar excessos, traduzir quem sou para ver se assim eu era aceito. Não funcionou. Nunca funcionou.

Nunca coube nas expectativas porque elas nascem pequenas demais para o que pulsa em mim. Nunca me ajustei para pertencer porque pertença, quando exige mutilação, vira cárcere elegante. Aprendi isso do jeito mais cansativo: insistindo. E só agora entendo que insistir contra si é uma forma sofisticada de abandono.

Sou o que sou. Não por rebeldia, nem como defesa. Sou o que sou como quem finalmente pousa as armas no chão e senta. Há uma paz estranha nisso. Não a paz da acomodação, mas a paz de quem para de se ferir tentando ser outra coisa. Sustentar-se dá trabalho, mas lutar contra si cobra um preço alto demais.

Escolho, então, essa trégua radical comigo. Não para me tornar imutável, mas para mudar sem me violentar. Não para agradar, mas para existir com decência. Sou o que sou — e isso, hoje, não é sentença. É abrigo.

Há um ruído antigo em mim — não sei se nasce do peito ou das paredes internas. Um som que pergunta, sem mover a boca, se minha presença é respiro ou incômodo. Não pergunto aos outros; pergunto ao silêncio. E ele sempre responde: depende.

Depende de quê?
Talvez da sombra que ainda carrego — essa que aprendeu a duvidar do que é oferecido com ternura, como se o afeto tivesse validade curta.

E não é por falta de amor; não faltou.
É que, em algum ponto sensível da minha história, aprendi que tudo pode virar silêncio sem aviso. Cresci assim: não desconfiado das pessoas, mas das marés. Meio alerta, meio cético, inteiro faminto do que é seguro.

Há em mim um eco que hesita diante do amor mais evidente — não por falta de provas, mas por excesso de memória. Uma parte minha vigia a porta mesmo quando não há perigo.

E o curioso é que eu sei que sou querido.
Mas há uma porção antiga — leal às dores que sobreviveram — que pergunta: “e se for só gentileza?”

Às vezes imagino que essa dúvida é um animal. Mora em mim. Cheira o amor antes de deixá-lo entrar. Rosna quando alguém chega perto demais — não por recusa, mas por medo de desmanchar.

E a cura?
Talvez seja deixar esse animal cansar.
Permitir que o amor chegue devagar, até o corpo entender que não é ameaça: é colo.
Ou aceitar que essa dúvida é profundidade — alguns de nós amam em camadas, e o afeto precisa atravessar labirintos para chegar ao centro.

E no meu centro existe um lugar que sempre soube que sou amado.
Mas às vezes ele cochila — e o mundo fica estrangeiro.

Basta um olhar verdadeiro para tudo despertar.

E eu lembro, mesmo que por instantes:
não estou sendo tolerado, há morada nos amores que me abraçam.

(“O lugar onde o amor cochila”)

Não se diminua para caber na vida outro, nem abra mão de sonhar para caber numa determinada realidade. Não é porque você está acostumado com o que vive, que precisa abrir mão do que deseja.

Não é livre quem se obriga a dar conta da expectativa dos outros.

Um sorriso bonito não esconde a dor de um sentimento amargo

Pra hoje,
siga em frente.
Não precisa ter pressa.
Pode ir devagar,
só não pode parar.

Deixe que a vida tome a lição
daqueles que não querem entender.
O ensinamento é pra todos, mas só quem se esforça consegue aprender.

Milagres acontecem mesmo quando não vemos.
Basta que creiamos.
Acordar, já é um milagre!
Que possamos agradecer todos os dias.

O Inferno não é separação de Deus, pelo contrário, Deus está no Inferno, Ele é o Bem e o Mal, mas o céu é o descanso Eterno, não há mais vida material com tempo e sofrimento lá.

" Se insisto no erro, é porque a dor ainda fala comigo em um idioma que não desaprendi. " 🖤✨

⁠Não permita que aquilo que você não pode fazer, interfira naquilo que você pode realizar.