Dedicatorias para Fitas final de Curso Namorado
Não se ensina por estratagemas, o aprendizado acontece pelo grau de interesse do aprendiz, e o interesse desperta-se nele conforme suas necessidades. A escola deveria primeiro perguntar qual é a necessidade do alunado.
A escola precisa deixar de trabalhar com ciladas e emboscadas. Uma pessoa quer o que ele gosta. Por que o aluno não aprende a gostar da escola? Ou: "É a caça ruim que desarma a arapuca...!"
Quando o ser humano não consegue derramar uma lágrima de emoção, ele nos mostra a sua amargura, a sua dureza de coração, não há sentimentos, não há compaixão... A falta de Deus nos deixa sozinhos no meio da multidão... Estamos em pé, respiramos, mas não vivemos, apenas existimos, deste modo, somos apenas uma ilusão.
O Fábio Salgado de Carvalho, assim como o Raphael De Paola e mais meia dúzia, está entre os alunos mais qualificados para prosseguir o meu trabalho -- e até dar-lhe um 'upgrade' -- quando eu bater as botas ou ficar gagá.
O socioconstrutivismo foi inventado PARA bloquear a passagem normal e natural da percepção ao pensamento abstrato e substitui-la por associações de idéias forjadas por planejadores sociais. O dano afeta a pessoa FISICAMENTE e, ao contrário da ignorância gramatical, não pode ser corrigido por mero estudo. O analfabetismo funcional é uma TRAGÉDIA DE PROPORÇÕES COLOSSAIS.
Os analfabetos funcionais ajudam uns aos outros a não perceber que o são.
Repito: o analfabetismo funcional endêmico entre as classes ditas letradas é O MAIOR PROBLEMA DO BRASIL, muito acima da corrupção, do nacotráfico, da violência generalizada, da pobreza e do desemprego, pois é ele que impede que qualquer desses problemas tenha solução.
Uma pessoa perfeitamente alfabetizada pode ser ruim de gramática pelo resto da vida se parar de estudar o assunto logo na adolescência, mas o analfabeto funcional já está pronto para uma vida de burrice entre os cinco e os oito anos. A inépcia gramatical pode ser corrigida com uma simples retomada dos estudos, mas superar o analfabetismo funcional exige a realfabetização e quase uma metanóia.
A escrita literária é a arte da ambiguidade controlada -- algo eternamente inacessível às mentes viciadas no conforto fácil das correspondências biunívocas. É o mata-burros do analfabeto funcional diplomado.
O analfabeto funcional é estruturalmente incapaz de perceber que, quando apontamos nas suas idéias uma 'ignoratio elenchi", NÃO ESTAMOS contestando suas opiniões sobre o tema e sim apenas mostrando que elas não existem.
Os retóricos romanos julgavam mais fácil, para o argumentador, persuadir um inimigo feroz do que um ouvinte incapaz. Eu que o diga.
A ignorância da gramática vem junto com complexo de inferioridade e inibição social com a mesma freqúência com que o analfabetismo funcional vem acompanhado de síndrome de Dunning-Kruger.
É incrível -- para quem estuda o assunto --, mas ainda há pessoas que confundem analfabetismo funcional com escasso domínio da gramática -- dois fenômenos que frequentemente vêm juntos, mas que não são o mesmo de maneira alguma. O ignorante de gramática não tem a menor dificuldade para reconhecer sua deficiência, mas o analfabeto funcional, quase sempre, imagina que entende tudo e, quando lhe mostramos que não entende, acha que é mera diferença de opiniões ou então maldade nossa.
No Brasil, quando o sujeito aprendeu a comparar uma frase com outra frase para ver se concordam ou discordam, acha que chegou ao cume do desenvolvimento humano.
Mas eu me lembro de que o primeiro feito intelectual que me impressionou, quando eu tinha uns dezoito anos de idade, foi a similaridade que Georg Lukacs encontrou entre o gênero romance e a ordem capitalista -- uma comparação entre duas estruturas invisíveis, escondidas no fundo de um longo processo histórico. Ainda acho essa descoberta um momento de brilho incomum na história dos estudos literários.
Se você quer me ofender gravemente, me diga coisas como: 'Admiro muito você e a véia dos gatos', 'Admiro muito você e o Marco Antonio Vil', 'Admiro muito você e o Arruinaldo Azevedo', 'Admiro muito você e o Rodrigo Cocô', 'Admiro muito você e o hominho dos dois dedos.'
Se você quer me ofender mais ainda, diga que o meu problema com essas pessoas é divergência de opiniões.
Quando a caça desconfia, não cai, por isso não se trabalha a mesma dinâmica em sala de aula, os alunos não prestam a mesma atenção da primeira vez, piada contada duas vezes perde a graça.
O que mais me espanta ainda no ser humano é a sua mediocridade em carregar o peso de certos tipos de sentimentos.
O tempo não apaga sentimentos,
mesmo querendo muito apagar.
São como marcas, que a vida
trás de volta a cada primavera!
Só esquece, quem nunca amou.
Quem ama não esquece!
É, o tempo pode passar
E o sentimento esta guardado.
Como um baú sem tampa.
Só de lembranças doces e verdadeiras.