Dedicatorias Educador de Infancia

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⁠MEU FALAR: PRETOGUÊS


Não me submeto à gramática normativa.
(O papagaio de Mainha não aprendeu também.)
Mas, respeito quem a criou.
Ei!
Minha fala é potente,
Meu linguajar é fluente: meu pretoguês.
A negona Lélia Gonzalez gritou,
E a metade do mundo não ouviu.
Se meu R soa ruim pra tu,
E eu com isso!?
Meu irmão é Cráudio, e ele ama meu jeito de chamá.
Pois, meu pretoguês é assim!
Guarda pra tu teu preconceito linguístico.
Que eu não sou menino.
Porque com dialetos, eu me comunico.
Sou herdeiro das diversas línguas lindas, ricas do meu povo africano...
Sou poeta marginal, sou do cordel, sou do verso livre: Sou arte moderna!
Minha língua é culta: tu, véi, noíz, vú mermo, etc. Não me deixam à míngua.
A outra língua é elitizada.
Eu sou antigramático:
As minhas palavra não são, e não voltam vazias.
Deu errado para o português:
Tentou vestir o indígena,
Que pena, guri!
Tentou confundir
O Africano na senzala com diversas línguas,
Mas o aquilombamento resistiu, moleque.
Portanto, não existe a linguagem errada, manos!
Minha língua africana/ indígena: abrasileirada também é cheque!
Sou poliglota na minha língua, camarada.
Meu verso faz o cântico dos loucos e dos românticos.

Inserida por Machadodejesus

⁠PEDRO PAULO DESENCOBRIU O BRASIL


E aê, Mano Brown!
O maior poeta contemporâneo, e vivo. Um alvinegro... Com sua poesia marginal; fez o cântico dos loucos e dos românticos. Poeta por dentro e por fora. Santista de alma! Um negro drama de pele clara.

Um homem em reconstrução/ desconstrução na estrada.

Me inspirou, e me inspira até hoje a ser um sujeito homem! Pedro Paulo foi quem desencobriu o Brasil criado por D. Pedro, com suas crônicas cantadas.
Na moral, Caminha nunca iria lhe alcançar com seus rolês.

A rua lhe atraiu mais do que a escola.
Daí, Pedro Paulo virou educador: contra-hegemônico!
...Tem formado uma pá de gente.
Sem nunca ter “lido” Freire.
Se “Ivo viu a uva”,
O “Negro drama”,
Tenta ver e não vê nada
A não ser uma estrela
Longe, meio ofuscada!
Ele sintetizou à educação quando declamou: Da ponte pra cá antes de tudo tem uma escola.


Pedro Paulo, pedra negra, um homem no fim do mundo, que dá de beber as plantas,
Canta até o fim,
Recita os versos da periferia: és um poeta goat, diante dos cânones, de touca
Firme e forte, guerreiro de fé
Vagabundo nato!

Vida Loka!

Inserida por Machadodejesus

⁠AO NOSSO JORGE

Eu sou o sol da Jamaica,
Sou a cor da Bahia.
Eu sou você, sou você (sou você),
E você não sabia.
(Jorge Portugal & Lazzo Matumbi)


Jorge Portugal é o nosso Jorge Brasileiro, Santamarense. Nasceu em Santo Amaro da Purificação-Ba. Meu conterrâneo. Quem nasce nessa cidade é Caeta-niesse. Jorge foi o primeiro professor que me despertou para à língua portuguesa e à docência. (Pretendo estudá-lo no meu TCC) Jorge com sua voz grave, e que dava ênfase na última letra que falava; era um grande poeta: a música ‘A Massa’, ’14 de Maio’, são pura poesia. Escreveu livros, dentre eles; ‘Por que o Subaé não molha o mapa’, ‘Redação assim é fácil!’.
Um grande professor, um agitador cultural, letrista e compositor. Assistia-o quando era apresentador do programa ‘Aprovado’. Hei de sê-lo seu admirador até a consumação dos séculos. Na pandemia da Covid 19, o Brasil e mundo estavam de luto. Mas, num dado momento, Santo Amaro chorou rios de lágrimas com a partida de Jorge. Nosso cavaleiro. Que matou o dragão da alfabetização, da ignorância...
Jorge que não era São, nem Seu, nem da capadócia; mas Nosso. Escreveu à Santo Amaro de Jorge Portugal. O primeiro amor passou, o segundo também passou, mas Nosso Jorge Portugal é eterno. Existe uma Bahia, uma santamaro pós Jorge.
Jorge Portugal partiu no dia 03 de agosto de 2020.

E se vivo estivesse, no dia 05 de agosto, faria 67 anos.

Inserida por Machadodejesus

⁠DESCREVO QUE ERA REALMENTE NAQUELE TEMPO A MINHA SANTINHA
Na primeira noite me apaixonei por ela.
Na segunda, ela me roubou uma flor do nosso jardim.
Senhor engenheiro, tenho algo para te dizer sobre a minha Santinha:
O limpador de parabrisa na espera de um carro,
Daí, pensa: enxugar gelo, melhor seria.
Enquanto isso, o dono da lanchonete joga dominó
Para matar o tempo e passar o dia,
Degusta requeijão e doce de goiaba como tira gosto.
Não existe mais acostamento,
Nem para o bêbado descer dançando forró.
O cachorro Beethoven tenta atravessar a Br, pulando a mureta.
O borracheiro consertou o carro como se fosse o último.
O ligeirinho levou seus passageiros como se estivesse indo para o céu.
Na minha terrinha não existem mais mangueiras para cantar o meu cardeá.
Cercou o terreiro das casas como se fosse um castelo,
E não se pode mais ver o sol nascer,
Nem mais prozar na frente da casa.
Na frente das escolas não existe uma passarela porque o aluno não precisa de mais nada: já têm tudo!
Pacatu, Pacatu na única faixa de perdeste que tem; passa cavalo, moto, bicicleta e gente, gente de todo tipo. E o cão pula a mureta, viu?!
“Vi um cego empurrando o cadeirante na cadeira de rodas como se fosse passar uma tarde em Itapuã”.
...Diminuiu o engarrafamento, e o ir e vir do povo, está sempre congestionado.
O cabra pergunta: como vendo meu galo, meu jegue, meu cavalo,
Se é difícil chegar no Campo do Gado, Santa Bárbara, o que há de nós?
A construção dessa Br-116 (inaugurada – incompletamente)
Passa boi, passa uma boiada.
Mas no meio dela tem uma pedra...
Eu só sei que não vou por aí, camarada.
- Prólogo para os que já se foram:
Se até os mortos celebram o São João antecipado: está morto, pode festejar a vontade.
Isso não tem graça, nem merece praça porque há que sinta “La-vra-dor”.
A minha dor, é dor de menino acanhado:
E como eu não posso viver de poesia!?
Eu não escolhi fazer poesia, não.
Ela me escolheu porque aguento ser realista!
...mas a parte de baixo da cidade tem ainda tem arraiá.
Temos uma política: bode guiando ovelhas!
Se não é por NÓS, é do sistema!
Aguardo à Câmera filmar isso, não tirarem selfie, vereador.
Mais a frente, o homem quebra a mureta e faz uma roubadinha.
Em frente a igreja, o DNIT – Sambalate faz passarela com o ide comercial da Lanchonete, que diz: venha a mim, todos os famintos e sedentos, que eu os ajudarei.
Valha Deus, Senhora Santa Bárbara,
Buraco velho, dentro tem cobra rara!
Senhor, Engenheiro, o senhor precisa sentar mais vezes com um Poeta.
O senhor tem que ser mais sensível. Oxe!
Tá comendo requeijão demais!
Calcule sua rota, viu!?
Pessoas viraram coisas, cabeças viraram asfalto.
O Criador em seis dias fez o mundo. Você, Engenheiro, já tem anos e ainda não acabou essa obra!
Duplicou a pista, e diminuiu a vida do povo.
O IBGE veio aqui, e não contou todo mundo, nem tudo...
No Mapa–múndi de Santa Bárbara, nada mudou: a linha do Equador divide a parte de baixo; essa é de cor.
Não é imaginação minha, é racismo ambiental, geográfico.
Meu verso mapeou tudo isso, e você não consegue entender, Engenheiro!?
Nessa cidade, até GPS se perde, dahora!
Como dois e dois são quatro, Professor?
Se tem dois que governam, um que planta e um que come?
Oh, Santa Bárbara que tens bastantes requeijão!
O pão custa caro;
E teu povo que é fiel, passa fome!
A liberdade é pouca,
Mas a vida sempre vale a pena.
Não sou boca do inferno, mas
Espero que minhas palavras não voltem vazias, engenhosa!
- Contudo, Negão, Santa Bárbara é branca, mais é maravilhosa.

Inserida por Machadodejesus

⁠MEU PERFIL É ANÁLOGO AO PERFILAMENTO RACIAL ?


... O lixo vai falar o óbvio, e de boa!
“Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados por sua personalidade, não pela cor de sua pele.”
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
A Pátria é Genocida...
Na redação tirei nota Mil!
Aqui no Brasil está barril dobrado disso acontecer, pastor King.
Sua bênção apostólica.
...eu ainda ando no vale da sombra da morte. Mas não temo nada; porque não ando só...
Muhammad Ali, quem tá comigo não foge ao ringue.
Enquanto a cor da pele for menos importante que a narrativa do racista, haverá Perfilamento Racial.
Na minha quebrada eu tenho a cara de painho.
Na rua, a cara da viatura.
Sou revistado, a única droga que carrego é meu caráter. Estou aramado de cultura e arte, nunca estampei minha cara numa revista. Veja!?
O policial fala no meu ouvido em Espanhol:
“Oye, negro, ¿estás bien?”
(Quando dá, eles perguntam)
Queria bailar/ gingar como o Vini Jr.
Mas não posso hablar, porque o racismo estrutural não deixa.
Meu amigo negão estava com um beque, e seu parceiro branco estava com um quilo da massa, só meu amigo que foi para o presídio. Está numa sala lotada, desprovido de direitos e liberdade.
Mas o negão só traficava poesias.
Poxa! Queria comprar uma camisa do Santos FC 2012 – branca , mas o segurança do Shopping me vigia.
É aquela ideia, que existe pele alvo e pele alva.
Além de eu ser um Negro Drama, sou também um negro Eloquente, Lombroso:
Penso, existo, escrevo, logo sou poeta na minha cidade, Platão.
Tô descartando ideias racistas, irmão.
Estou tentando ser um ponto fora da curva como o Abebe Bikila:
Mas com os pés no chão.
Eu entro no restaurante de blazer,
E não sou revistado.
Se estou a caminhar na minha rua sem camisa, com meu dialeto, tatuado, kenner, boné ou cabelo pintado e bermuda,
Sou abordado pela polícia. Por quê!?
(Quase sempre por PM preto, maior onda!)
Com o Reconhecimento Facial,
Fica mais fácil para os homens me verem. Na moral!
Sua câmera contida na farda, só grava o que eles querem, moço.
Se eu der mole na rua, levo oitenta tiros. E eles ainda pisam no meu pescoço.
Quem criou às drogas, às armas, quem as levou para a Favela? Só não foi noíz!
Sou do Matadouro, senhor, mas danço até em linhas tortas.
Sou Sucupira, me deixe ir pela sombra, sou dos 4, sou da Formiga, sou da Carioca, sou do Areal – da Terra Santa. Amém!!!
Sou da Rua Nova, sou da Bahia , sou da Princesa do Sertão, enfim, sou Lucas da Feira!
-Pegou o documento, filho?
Não temos nenhum valor, não somos ninguém.
Não saía com essa roupa, você é doido!?
Nós combinamos de não morrer, lembra!?
Pô! Mainha, Bob, já nos dizia: liberte-se dessa escravidão mental.
Na entrevista de emprego, não passo.
No jornal local minha cor rouba a cena.
No futebol, sou chamado de macaco.
Na universidade pública, o preto não está no seu devido lugar. Viaje nesse poema!
No CAPS, minha cor escureceu tudo.
Sou influenciador digital, mas não sou patrocinado.
Não existe capitalismo sem racismo, Malcolm X.
O que fizemos ao senhor capitão
Além de nascer com essa cor?
E de sorrir lindamente diante
De nossa amiga dor?
O que eu preciso fazer pra deixar claro para vocês que eu sou escuro?!
Se minha cor te incomoda,
Lá no quilombo estou na moda.
Existe os direitos humanos,
Mas os homens também têm suas leis. Que malandragem!
Pai faz, Mãe cria e o Estado mata!
Nem todos vingam, promotor! Pega a visão!
Sou filho de Pretos, e quero respeito, quem mora no gueto não é ladrão.
A Vida é Loka, Nêgo, mas nela não só estou de passagem.
Eu tenho um sonho: que se realize o sonho de Martin Luther King.

Inserida por Machadodejesus

⁠MINHA MELHOR PARTIDA DE FUTEBOL


Procuro alguém que me ajude a escrever uma partida de futebol;
Que seja íntimo comigo como Ronaldinho Gaúcho é com a bola; não vou te dominar, só não vou te passar pra ninguém.
Que drible às adversidades como Neymar dribla em campo, e que faça uma tabela como o próprio Neymar fez no seu gol Puskás.
Nosso mátria é tipo o do Santos Fc: nascer e com o outro morrer.
Não vou te pôr no banco de reserva, nem para o escanteio, nem te substituir. Na vida, vamos até a final. Vamos jogar pelas pontas. Dar passos lentos. Não pôr debaixo do gramado os erros. Vamos jogar de terno, um segura o piano para o outro. Quem torce por nós, vai ter que sair do estádio, comprar o ingresso e voltar para nos assistir de novo.
Não faremos faltas.
Cada partida é um Hat-Trick, tipo o Bahéa:
“Mais um, mais um título de glória
Mais um, mais um, Bahia
É assim que se resume a sua história”.

...Se possível, vamos para a prorrogação.

Somos Ridículos!

Inserida por Machadodejesus

⁠ESCOBAR: E SUAS MEMÓRIAS PÓSTUMAS

O mar do Flamengo me afogou.
Capitu desaguou em lágrimas.
Betinho que nunca soube o peso de uma, pensou que havia alí algo mais.
E eu, oceano...
Só queria ser uma gota d'água nos olhos de Betinho, também.
Amei tanto a Bentinho,
Que nunca despertou ciúmes em Capitu.
(Só fui seu grande amigo)
Bentinho me amou como se fosse o último.
É tanto que via no rosto do seu filho, minha face.
Capitu com àqueles olhos de ressaca,
viu tudo, e fingia não enxergar nada.

No mais, caro leitor, Escobar afogou-se no próprio mar de desilusões.

Inserida por Machadodejesus

⁠UM PRETO EU-LÍRICO QUE SE QUESTIONA



Ser um Nêgo Nerd tipo A,
Custa caro.
Mas vale a pena.
No escuro ele mostra seu lado doce.
Sou mais que corpo, sou mente.
Sou um sujeito subjetivo. Sou um indivíduo que quer a nêga também depois da cama.
Pode até faltar água no sertão,
Porém sobra nos olhos do negão.

A vida nunca será linear. Sempre será escrita em linhas tortas.
Há um homem por trás dos óculos.
Há um homem por detrás da barba, há um homem preto por trás da cor, Drummond. É o avesso da pele. Esse homem não é tão sério, tão viril, tão violento assim. O homem por trás do óculos e da barba.
O homem por trás do óculos é negro, é negro.
O 'europeu' é tão egocêntrico que tem um "eu" no início e no final da palavra.
Mas meu eu-lírico diante disso não se rebaixa.
Se a periferia soubesse que o maior escritor brasileiro veio de lá, a narrativa seria outra.
Bato no peito e digo: Colombo, sou quilombo, sou África!
Enfim, continuamos em casa, nesse país sangrento,
onde o sangue está escorrendo por debaixo da porta, quanto estamos comendo e bebendo.

Não me identifico com o que eu faço.
Quando volto do trabalho, não sobra eu.
Perguntou-me: cadê aquele negro sonhador, cheio de saúde, que escrevia poema de amor a mão? Não corro mais atrás da bola. Cadê eu?

Na minha ótica, vejo essa armação:
Enxergo com "meus próprios olhos" absurda carga horária passar lentamente.
Os dias têm que ser abreviados.
Porque sofremos muito, Deus meu!
A literatura denuncia isso com amor, com mimese. Por hora, com catarse.
Eu, caro poeta, não estou só. Mas sós.
Com Deus? Perguntou-me porque o abandonei?!
O racismo não acabou. Mas todos têm letramento Racial Crítico. Superamos! Supomos...
Mas o negro continua descendo e subindo a favela.
Continua pintando com seu sangue os muros e grandes construções. Continua pondo fogo na cana até ficar da sua cor, e o que ganha, não compra um quilo do açúcar pretinho.
...Sem ocupar espaços de poder.
O negro continua, continua, idetitarista.

Quero crer que é possível lançar luz sobre as sombras da utopia, poeta.
O que fora dito, não é só ideias. É uma antropofagia da sua lírica.
O desejo só cabe no peito de quem não pode fazer nada.

Inserida por Machadodejesus

⁠PANTERA NEGRA


Nela tudo me encanta:
Seu caminhar sedutor, sou sua mata.
Seu sussurro feroz é como ouvir Milton Nascimento...
Seu olhar de caçadora (caçadora de mim), que não espanta a caça: só dá o bote certo.
Sua cor preta tão reluzente, que distingue em meio as tigresas.
Sua boca: que preza! Me deixa comido (mas ainda sinto fome)
Tem um bom faro,
Que me encontrou.
Eu inverti a Cadeia Alimentar:
Fui caçar a Pantera Negra.
Até o eu-lírico do Milton,
Que só falta falar a língua dos anjos, tentou resumir:

"Por tanto amor
Por tanta emoção
A vida me fez assim
Doce ou atroz
Manso ou feroz
Eu, caçador de mim"

Inserida por Machadodejesus

⁠MEU FALAR: PRETOGUÊS


Não me submeto à gramática normativa.

Ou Norma Curta!?

(O papagaio de Mainha não aprendeu também.)

Mas, respeito quem à criou.

Ei!

Minha fala é potente,

Meu linguajar é fluente: meu pretoguês.

A negona Lélia Gonzalez gritou,

E a metade do mundo não ouviu.

Se meu R soa ruim pra tu,

E eu com isso!?

Meu irmão é Cráudio, e ele ama meu jeito de chamá.

Pois, meu pretoguês é assim!

Guarda pra tu teu preconceito linguístico.

Que eu não sou menino.

Porque com dialetos, eu me comunico.

Sou herdeiro das diversas línguas lindas, ricas do meu povo africano...

Sou poeta marginal, sou do cordel, sou do verso livre: Sou arte moderna!

Minha língua é culta: tu, véi, noíz, vú mermo, etc. Não me deixam à míngua.

A outra língua é elitizada.

Eu sou antigramático:

As minhas palavra não são, e não voltam vazias.

A gente acompanha à moda, às tecnologias, menos à língua.

É preciso tirar à roupa dos gramáticos!

Eu sou um erro ortográfico.

Mas sou também uma língua reconstruída: vou estar mudando sempre.

Sou um preto. E se fosse gay?

Pretoguês! Pretoguês!

Não quero ser preterido. Sou pós (analiso)

Se há um homem em meio a várias mulheres, se usa todos – por causa do homem. E o

gênero feminino? A língua é uma equação: marca, escolhe umas palavras e mata outras/

outras/ outres falantes.

...Não tome às ideias em vão.

Deu errado para o português:

Tentou vestir o indígena,

Que pena, guri!

Tentou confundir

O Africano na senzala com diversas línguas,

Mas o aquilombamento resistiu, moleque.

Portanto, não existe a linguagem errada, manos!

Minha língua africana/ indígena: abrasileirada também é cheque!

Sou poliglota na minha língua, camarada.

Meu verso faz o cântico dos loucos e dos românticos.

Vale repetir os versos dos linguistas marginais:

"[...] Problema com escola eu tenho mil, mil fita

Inacreditável, mas seu filho me imita

No meio de vocês ele é o mais esperto

Ginga e fala gíria; gíria não, dialeto."

Inserida por Machadodejesus

⁠" Somente o trauma coletivo gera união "

Inserida por ZOMERFELD

Não é o que você faz, nem o quanto você faz, mas como você faz.

Inserida por Cristhiano_Sachett

⁠"Escreva hoje positividade no seu inconsciente! pois a vida já escreveu muitas crenças limitantes e teus muitas travas lá!" (CH² #mentor de #relacionamentos e #altaperformace)
#poeta #filósofo #terapeuta de #resultados #trg

Inserida por carloshenriqueH-CH2

"A vida é feita de encontros. Somos fruto daquilo que regamos por meio de nosso cotidiano. Cabe a nós cuidar das nossas experiências que enchem nossa vida de, simplesmente, vida."

Inserida por leticiadesabarbette

Cada ser humano, ainda e sempre em formação contínua, carrega consigo as pessoas que encontra no seu cotidiano. Ao fazer encontros, somos formados pelas pessoas que encontramos e, nunca seremos completos. Sempre seremos seres necessitados do outro. ⁠

Inserida por leticiadesabarbette

⁠Sou uma árvore centenária, que brota em um corpo de menino. Minha alma é um livro antigo, cheio de histórias, cheio de sabedoria. Meus olhos são dois poços de água profunda, onde o tempo se reflete, onde a eternidade habita.
Sou um homem que já viveu mil vidas, e ainda assim, sou um menino que brinca com o universo. Minha presença é um silêncio que fala, um vazio que está cheio de significado. Eu sou o resultado de todas as minhas vidas, e ainda assim, sou um mistério para mim mesmo.
Eu sou um enigma, um labirinto, onde a verdade se esconde e a mentira se revela. Mas eu não tenho medo do desconhecido, porque eu sei que sou o guardião de meu próprio destino.
Eu sou um rio que flui sem parar, mas que ainda assim, é profundo e tranquilo. Minha superfície é lisa e brilhante, mas minhas águas são turbulentas, cheias de correntes e redemoinhos. Eu sou um vulcão que dorme, mas que pode acordar a qualquer momento.
Minha vida é um tapete ricamente tecido, com fios de alegria e tristeza. Eu sou um poeta que escreve com o coração, e que canta com a alma. Eu sou um homem que ama profundamente, e que pode detestar com a mesma intensidade. Eu sou um ser humano, com todas as minhas contradições, e ainda assim, sou um mistério para mim mesmo. Mas eu não tenho medo de mim, porque eu sei que sou um ser em evolução.
Eu sou um rio que flui, um vulcão que dorme, um poeta que escreve, um homem que ama. E eu continuo a fluir, a dormir, a escrever, a amar, a viver. E quando eu finalmente chegar ao fim do meu caminho, eu saberei que vivi, que amei, que escrevi. E que deixei um pedaço de mim mesmo, no coração de todos que conheci. E assim, eu me tornarei imortal, um eco que permanecerá para sempre. Um eco de amor, de poesia, de vida. E eu serei feliz, porque vivi.
(“O velho jovem de mil vidas”, de Douglas Duarte de Almeida)

Inserida por douglasduarte

Eu me desnudo sem medo de cair, sem rede de segurança, sem véus para esconder. Minha alma é um abismo, profundo e escuro, onde apenas a verdade pode respirar.

Eu me exponho, como uma ferida aberta, sem curativos, sem disfarces, sem medo de sangrar. Meu coração é um grito, um berro de silêncio, um sussurro que ecoa, sem palavras para dizer.
Eu sou a minha própria sombra, a minha própria luz, a minha própria verdade, sem filtros, sem disfarces. Eu me desnudo, para me encontrar, para me conhecer, para me amar. Sem máscaras, sem véus, apenas a minha essência.
Eu me exponho, como um rio que flui, sem margens, sem fronteiras, apenas a corrente da minha alma. Meu ser é um espelho, que reflete a verdade, sem distorções, sem sombras, apenas a luz da minha existência.
Eu sou a minha própria criação, a minha própria destruição, a minha própria redenção, sem culpa, sem pecado. Eu me desnudo para me libertar, para me soltar das correntes que me prendem, das sombras que me cercam.
Eu sou a minha própria liberdade, a minha própria prisão, a minha própria escolha, sem medo, sem arrependimento.
(“Nudez”, de Douglas Duarte de Almeida)

Inserida por douglasduarte

Não guardo beijos, não economizo abraços, não raciono sorrisos, não controlo os olhos. Meu peito é um espaço aberto à intensidade, onde cada batida é um convite à entrega total.
A liberdade é sentir o que arde dentro. É deixar que as chamas da paixão consumam o medo.
Não sou avarento com o amor, não sou mesquinho com o desejo, eu dou tudo, eu me dou em tudo, sem calcular o preço.
Meu coração é um território sem fronteiras onde o amor é a única lei, a única verdade. Eu sinto o que preciso sentir, eu amo o que preciso amar, e nessa entrega, encontro a verdadeira liberdade.
(“Desperdício de Alma”, de Douglas Duarte de Almeida)

Inserida por douglasduarte

⁠Que tenhamos sabedoria para reconhecer lugares onde nossos afetos sejam tocados com ternura.

Inserida por douglasduarte

⁠A angústia surge quando a pessoa desliga-se da sua própria existência. É uma espécie de alienação do eu. Não há outro caminho para lidar com a angústia, senão através do autoconhecimento.

Inserida por douglasduarte