Dedicatoria para uma Filha na Bencao das Fitas
Somos uma máquina perfeita, funcionamos quando todos os componentes estão saudáveis. O cérebro começa a falhar, e todo o corpo sofre, todo o corpo falha. Quando doente, percebi quão frágil é essa “máquina perfeita”. Cada célula agonizante reverberou em dor física e mental, lembrando-me que a dependência mútua entre corpo e mente torna qualquer lesão em um colapso sistêmico.
Tem uma coisa que eu sou muito bom, sou bom em não ser bom em nada... Ao admitir minhas incoerências e falhas, percebo que me curvo a uma verdade dolorosa, minha identidade se fragmentou quando meu corpo e minha mente falharam. Reconhecer essa “incapacidade” sem me ressentir é um ato de amor próprio que ainda carrego como ambiguidade, saber que posso “não ser bom” em qualquer coisa, mas ainda assim mereço existir.
Não me recordo de não ter sofrido em alguma etapa da minha vida, tudo que tenho recordações, de uma forma ou outra, estava enfrentando algo, passando por algo, essas recordações me fazem ver o quão tive que ser forte para me manter de pé, o quão suportei coisas para não proferir minha raiva, quando tratado como um objeto, vou continuar nessa linha, não tenho escolha. As memórias de cada sessão dolorosa ou de cada olhar de piedade se misturam em meu passado como um mosaico de batalhas vencidas e perdidas, reconhecer que cada cicatriz, visível ou não, foi conquistada a ferro e fogo me mostra que minha força é menos sobre ausência de fraqueza e mais sobre a resiliência que surge quando “não ter escolha” se torna um chamado à sobrevivência.
A toxidade de uma pessoa, com o tempo, se torna contagiosa, conviver com olhares de pena e comentários maldosos é como ser exposto a uma substância química que lentamente corrói a autoestima, para me proteger, aprendi a criar
defesas emocionais, porém, esse isolamento preventivo também me isola de afetos genuínos, mostrando o custo alto de preservar a sanidade em meio a tanta negatividade.
Carrego uma dor antiga, dessas que não gritam,
apenas sussurram e mesmo o sussurro pesa.
Não desprezo o mundo... Eu apenas temo desmoronar na frente dele.
Sou um peso de papel,ou talvez uma pequena âncora que impede que os ventos levem embora o que importa. Minha função parece simples, mas é resistência. Mesmo parado, ainda sustento, ainda protejo, ainda sou abrigo
contra o dispersar das coisas. E talvez, exista alguma dignidade em ser esse ponto fixo no meio da tempestade.
Sou uma pessoa feliz, presa num inverno que insiste em ficar. Carrego o sol na memória, o riso nos ossos, o amor em cicatrizes abertas. Mas, por agora, é a tristeza quem ocupa o palco, enquanto minha alegria espera, quieta, nos bastidores.
Tomar remédios é andar sobre um fio. Cada comprimido é um pacto, uma promessa de silêncio na mente, mas também o risco de naufragar mais fundo. É um mar instável, uma química que tenta domar os monstros, mas às vezes os alimenta. Vivo entre marolas e calmarias artificiais, tentando não me perder no balanço frágil do que chamam equilíbrio.
Tem dias em que o cansaço pesa e a vida parece uma canção repetida. Mas mesmo nessa rotina silenciosa, há um fio tênue de esperança, o sono que acolhe, o descanso que renova, e a certeza de que, a cada amanhecer, uma nova nota pode surgir na melodia.
A dor não define quem sou, mas revela quem escolho me tornar, quem sabe uma alma que renasce das próprias cinzas, tecendo, com mãos feridas, já rasgadas pela vida, sua nova tentativa por uma redenção.
Não sou o que sofri, sou o que floresceu depois, uma história reescrita com a tinta invisível da resistência, um rosto onde cada cicatriz desenha o mapa secreto da coragem de recomeçar.
A resistência é uma arte que mora no silêncio, como pinceladas secretas sobre a tela invisível da vida, onde o que não se vê se transforma na mais imensa forma de força.
Minha mente é uma máquina que não perdoa, funciona em silêncio, mas nunca repousa. Arquiva dores com precisão cirúrgica, como se cada ferida fosse sagrada. Não esquece, não apaga, apenas acumula. Faz da mágoa um mapa, do trauma, um relicário. E cada lembrança mal curada vira engrenagem, girando sem fim no escuro.
A terra treme e não é o chão, sou eu. Cada rachadura no solo parece ecoar uma falha em mim, somos feitos da mesma matéria instável.
Diante de uma esfera que reflete o mundo ao redor, não me reconheço no reflexo. Ainda vejo o menino assustado, encolhido na própria pele. Vejo o covarde que, apesar dos anos, não encontrou força para enterrar seus próprios demônios e talvez nem tenha decidido se quer viver sem eles.
Como uma criança, anseio por sentir com verdade, falar com leveza e desconhecer a mentira, pois nela, nada há de natural. A criança não finge, apenas existe, inteira e sincera no que sente.
Eu fico pensando e se eu desse uma chance ao amor e se eu permitisse que alguém se aproximasse, se eu o permitisse segurar a minha mão, tocar em corpo, trocarmos beijos, carinhos e amassos.
As vezes penso e se essa for a minha chance de amar e ser amada, se finalmente for o meu "que se dane só quero você", mas aí o medo me consome, o medo de ter meu coração quebrado, o meu corpo usado e tudo o que eu senti for comparado a perca de tempo... Eu tô com medo de ser novamente magoada...
Fria eu nunca fui de fato, mas sim culpada de ultilizar da frieza como defesa, eu sou uma das pessoas mais intensas que já ouvi falar, eu sinto tudo ao extremo, seja dor, decepção ou paixão... Todos que passam por mim, comentam o quanto eu sou fria e as vezes até egoísta, mas a verdade é que esse é único jeito de se proteger de todos.
Eu tentei fazer do jeito que todos acham melhor, mas não é pra mim, eu sou intensa demais e extremamente desequilibrada ou eu sou 0,8 ou 8.000 eu não sou uma desequilibrada comum eu sou ao extremo, eu amo o amor, mas não consigo suportar a dor, eu sou quebrada desde que me conheço por gente, então não me peça pra ser parte da sua vida, porque eu sempre estarei lá, mas nunca de fato estarei presente lá...
conheci alguém que me fez querer dar uma chance ao amor, pode ser cedo demais está pensando assim, mas eu não disse que dei essa chance, esse alguém me fez acreditar que é possível amar e ser amado, fez com que quisesse me entregar de verdade, só me entregar sem medo das consequências, me fez desejar naquele momento viver a intensidade da maneira mais intensa possível, só por aquele instante em que pensei que fosse possível amar, eu esqueci de todas as experiências que pessoas próximas a mim tiveram, eu esqueci que achava namoro um pouco brega, eu esqueci que é algo que só existe em filmes clichês, eu esqueci que isso não está nos meus planos, mas ser intensa é assim, horas eu não vou querer algo de jeito nenhum, mas terá que instantes no qual o meu coração vai desejar tão fortemente que vai ser impossível camuflar ou ignorar essa intensidade que habita em minha vida...
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