Cuidando do meu Jardim
Ela é o doce apurado dos meus dias...o (🍷 vinho) seleto, a recompensa celeste do meu trabalho árduo do viver... Iranete Do Carmo
A propósito, eu acredito em Deus e no Amor.
Estávamos sempre juntos (ela era o meu lado bom)... a carreira, a distância, o tempo e, principalmente, o casamento nos afastou (toda banda tem a sua Yoko Ono), mas você continua sendo a melhor lembrança da minha juventude!
Meu pai Herói.
Meu pai se chamava Heleno Francisco do Carmo, não tenho dele muitas lembranças, ele morreu quando eu tinha onze anos, contudo, guardo algumas lembranças, sobretudo da época em que ficou doente. Meu pai era um homem muito forte, um trabalhador exemplar. Era um lavrador, homem que cuida da terra, ele próprio tinha um pequeno pedaço de terra, por onde passava um riacho, terra fértil, onde plantava cana e milho e melancia. É disso que me lembro bem, também plantava bananas.
Não sei dizer se meu pai era um homem triste, se tinha crises existenciais, talvez fosse muito feliz, pois tinha uma bela família e uma linda esposa, honesta e trabalhadeira. Lembro-me da sua relação com minha mãe, eram felizes, combinavam em quase tudo, ambos desejavam que seus filhos estudassem para não serem analfabetos como eles eram. Meu pai era alto e moreno, tinha ombros largos como eu, era um homem bonito, mas não me recordo que alimentasse alguma vaidade nem vícios. Trabalhava incansavelmente para sustentar sua família, grande para os padrões atuais.
De domingo a domingo ele sempre repetia sua rotina; acordar cedo e ir ao trabalho, além de suas próprias lavouras, milho e feijão, ele ainda trabalhava de meia ou para outros produtores rurais. Meu pai era homem temente a Deus, pelo menos é essa a impressão que tenho até hoje, pois sempre ia à missa aos domingos de manhã, com toda família, mas ao voltar pra casa, logo depois do almoço, ia ao trabalho, cuidar de um pequeno e produtivo roçado, que ficava perto de casa, meu pai só retornava à noite com um feixe de cana nos ombros.
Éramos oito filhos, cinco homens e três mulheres, minha mãe ficou grávida de uma menina quando meu pai faleceu. Foram seis meses longos, a duração da doença fatal de meu pai. Meu pai nunca ficava doente, era como touro, todos os homens o invejavam por seu físico e por sua moral. Mas todo herói fatalmente sucumbe no final da epopeia. Meu pai tinha chagas desde adolescência. Fora picado por um barbeiro, na região onde foi criado esse inseto fez muitas vítimas, e a medicina não tinha os meios para prolongar a vida dos seus pacientes. Meu pai só veio manifestar os sintomas da doença aos quarenta anos, foi avassaladora sua enfermidade, em seis meses apenas ele veio a óbito.
Minha mãe foi uma guerreira e fez tudo que pôde e o que não pôde para salvar a vida do seu amado. Lembro-me com muita tristeza, de uma vez que eles voltaram de uma cidade próxima; aonde eles foram, em busca de uma nova forma de tratamento, mas não havia muito que fazer, meu pai estava com o coração muito comprometido, estava rejeitando os remédios, e não havia nenhuma esperança de cura ou de melhora, ele vivia muito cansado, e minha mãe passava longas noites ao seu lado. Nós éramos muito pequenos, mas já compreendíamos que nosso herói estava condenado à morte trágica. Logo se agravou seu quadro, minha mãe teve que o internar no hospital público de nossa cidade, onde foi bem cuidado, mas em poucos dias, ele já demonstrava fraqueza extrema, não se alimentava e as injeções que tomava não causavam mais nenhum efeito paliativo, então meu guerreiro pediu para morrer em casa, pedido que fora atendido pelos médicos dele, minha mãe o levou pra casa, mas meu velho não aguentou a pequena viagem de pouco menos de três quilômetros, faleceu nos braços de minha mãe dentro da ambulância.
Essa é mais uma das inúmeras tentativas que faço, para escrever sobre meu pai. Sei que daria um belo e humano romance, todavia nunca serei capaz de levar a cabo esse projeto, é doloroso demais para mim, pois a dor e o trauma da sua ausência em minha infância ainda são deveras penosos para mim.
MEU VIOLÃO
Se meu violão falasse
Certamente diria
Em verso, em prosa em poesia
Coisas secretas de minha alma
Que nem cartola cantaria.
Sobre amores esperados
Nas esquinas da vida
Em noites vazias
De tantos desencontros
Em breves sussurros
Em tristes melodias.
Meu violão canta como eu
desafinado de melancolia
Sonhando o futuro glorioso
Esperançoso de paz e harmonia.
Meu violão, um amigo leal
O mais próximo do peito
Somos assim predestinados à solidão,
Vivemos esta grande ilusão
Que ninguém nos roubará este direito.
Passei a vida toda achando que o meu propósito era garantir a segurança de todos no Dia das Bruxas, mas hoje eu fui um tremendo fracasso.
Toda vez que te vejo eu tenho um desejo.
Quando menos espero num instante te quero.
O meu coração não contêm a emoção. Quantos dias vão faltar pra gente namorar?
Coração, do meu tu faz parte.
Te desejo, quero teu beijo.
Me alucina, teus olhos me fascina.
Me seduz, teu sorriso reluz.
Te adoro, teu amor eu imploro.
O fogo arde, não deixe pra mais tarde.
Me aqueça, pra que eu nunca te esqueça.
Destarte, esse amor será arte.
Carrego no meu corpo projéteis dos inimigo
E eu nem sei quem são, mas sei que Deus é bom
Mesmo no vale Ele sempre esteve comigo
Me livrou dos perigo e da má intenção
Me deixei levar pelas águas misteriosas do amor, e em uma grande e linda viagem fui pra longe do meu cais para atracar em um desconhecido, hoje este cais não existe mais depois que ele foi destruído eu perdi o norte da minha vida e o nordeste do meu cais, navego sem saber pra onde vou, a deriva da minha vida, as tempestades das decepções só me fazem morrer aos poucos o dia todo, todos os dias.
E aquilo que não sabia mais o que era, morreu hoje para sempre dentro do meu ser, e sei que jamais deixarei aquilo voltar a acontecer, do pôr do sol ao amanhecer, eu hoje me permitir voltar a florescer.
Fazendo meu castelo
Pedras que me jogaram
Minha motivação
São os que desacreditaram
Revendo nosso ideal
Talvez isento
Vamos viver os nossos sonhos
Temos tão pouco tempo
MEU PAI
Em teu rosto posso ver o amanhã
tuas rugas são marcas do tempo
que revela a tua senil bravura
tua luta incomum pelo incerto
neste mar de ilusões e de agrura.
Sei das dores que velas escondido
na candura do teu velho coração
de um desejo por ti já reprimido
a incerteza da vida e do pão.
Tuas mãos calejadas de plantar a paz
de espalhar sementes de esperança
no teu fazer diário, como uma prece
que da fé carece homem e criança
Há em ti um enigma divino
que explica facilmente a eternidade
neste elo infalível de amor
onde o PAI cumpre o acerto da vontade
de no filho imprimir a sua alma
na perpétua lição de uma verdade
Nesse labirinto sinto que eu minto se eu disser
Que meu dito instinto não me levará aonde eu quiser
E o que quer que seja, veja e me beija depois
Forte é o nosso norte e a sorte guiará a nós dois
"Não que eu seja rancoroso, não sou.
Nem tampouco consigo odiar meu semelhante.
Contudo, não consigo acariciar
mãos que me jogam pedras,
nem beijar a face
de quem persiste
em me olhar com desprezo."
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