Cuidando do meu Jardim

Cerca de 128577 frases e pensamentos: Cuidando do meu Jardim

O tempo é justo
Passa para o abastado
E passa para o desgraçado

O gênio almeja a morte precoce, pois pensa que apenas Deus o entenderia.

Inserida por 21032001

todos esperam encontrar um tesouro, mas poucos estão procurando

A NOITE

Oh! jornada negra! O silêncio debruçado
Lá fora... um raio rasgando o céu, espia
A minha alma, teimosa, cheia de porfia
Fria, chuva que cai, molhando o cerrado

No horizonte desfalece a luz do fim do dia
No céu tenebrosa, a lua, e o quarto calado
E só, trevoso e largo, o trovão estardalhado
Troando a solidão da chuvosa noite vazia

Devassa... oh! jornada escura de loucura
Que estardalhaça no peito suspiro fundo
E excarcera o medo sem qualquer ternura

Pobre umbroso de arrelia, e moribundo
O sono, pávido e prostrado de amargura
A noite, chuvosa, faz-se lento o segundo.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, 25 de outubro
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

Rir é chora depois chora de novo.
Debocha e desabrocha e debocha com jeito de menina.
Abraça e no abraço aperta, o mundo para e depois para de novo.
Eu sinto cheiro do seu cheiro.
Menina briguenta e Marrenta que ninguém aguenta.
Morde depois beija e depois me beija.
A saudade é inimiga e a distância megera.
No vai e vem da vida, a dispendida nunca acaba. Um dia passa, e sem você não passa.
Só passa se você passa comigo, porque ser só seu amigo não dá!
Eu penso e o tempo passa, mais só com você e que o pensamento tem fundamento.

Inserida por leone_rodrigues

Sabedoria é escutar além do que é dito

Para o insensato a repreensão é ofensa.

Um amor expressado é mais valioso que um amor discursado

Futebol, alegria de viver, futebol, sonhar em um dia vencer, futebol, uma paixão que não tem fim, que cada dia nos dá a lição de nunca desistir.

Inserida por vitinho_marques

conta-gotas

sem chuva nada cresce,
aprendendo, que com
as tempestades da vida,
também, se floresce...
chuva no cerrado, marotas
em conta-gotas

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

carruagem

o vivente na ilusão
vive só nas quimeras
repete a mesma condição
o improviso são esperas
e o trem da vida sem direção...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
2020, janeiro - Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

DÚVIDA (soneto)

E.… uma dúvida que me atormenta
A divisão que no amor em que ando
Padeço e sofro, num vazio, quando
O perdão e culpa, a qual me alimenta

Silêncio e traição sufoquei amando
Na ânsia de querer-te sem tormenta
Ah! Como dói este olhar que ausenta
Pois, o desejar no coração não mando

Tenho o dia estonteado e sem atitude
Choro, e com que ardor eu quisera
O afeto, agora confuso e sem virtude

Sinto que prodiguei a paixão sincera
Se sofro, porque invadir-te não pude
E nas incertezas, difícil é essa espera...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
23 de janeiro de 2020, -Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

"Se eu falasse para você o resumo da minha vida, talvez você achasse bobagem. A história de um Rapaz lutando para conseguir conquistar o amor da sua vida e que acaba sendo devorado por ódio ganância antes de chegar aos 30: "

Inserida por MORFEUUCHIHA

VENDAVAL NO CERRADO (soneto)

Áspero, entre os uivos, em lufadas nos buritis
De um constante sussurrar de uma ladainha
Prelado em prece, bailam nos galhos os saguis
Na imensidão, quando a tempestade avizinha

Rezas sobre a melancolia, agitam os pequis
Sobre o cerrado, badala o sino da igrejinha
E, em refrega, no céu, desenha o arco-íris
Grassando poeira tal qual a erva daninha

Bufa, num redemoinho em tal longura
Que abres no horizonte em chiar bravio
Gemendo o sertão num suspiro funeral

E invade, como guerreiro, toda a secura
Do chão, num comando do seu assobio
Avança atroz no planalto... o vendaval

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
23/01/2020, Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

A POESIA QUE CHORA

A poesia que chora, desinspirada
Na solidão, que padecer me vejo
Na realização, e tão despovoada:
Sofre, implora, por um puro bafejo

Não basta ter a rima apropriada
Nem só desejo de lampejo: desejo
Assim, tê-la, no versar que agrada
Não, no amor findo, oco e sem beijo

No exílio e no vazio que me consome
Não basta saber que no tempo passa
Que tudo passa, quando só quero estar

A poesia que chora, ficou sem nome
Separada do sagrado e tão sem graça
Quando a trova teria de ser de amar...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25/01/2020, 05’53” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

EM UMA MANHÃ DE CHUVA NO CERRADO

Verão. Defronte o cerrado. Chove além
Abro a janela, o cheiro de terra molhada
A melancolia... na imensidão, me provém
Invade a minha alma, e ali faz pousada

Sobre o pequizeiro as gotas, e também
O meu olhar, que pinga lágrima mastigada
Suspirando o ar úmido que dor contém
E no vaivém, do vento, lembrança alçada

Olho o céu gris e vejo o meu poetar triste
E o pranto do silêncio por onde sumiste
Encharcando de sofrência a vil inspiração

As águas cantam. Rolam, caem. Um vazio
E na enxurrada um padecer tão bravio
Que vai arrastando a saudade e a ilusão

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25/01/2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

Surdina

No cerrado, lá no alto um sino canta
Da capelinha, num badalar soturno
Canta um sino e a melancolia pranta
Finda o turno!

Canta, pranta o sino no campanário
Como se assim se quisesse
Benesse, no chuvoso dia solitário
Resplandece...

Na messe! Canta e pranta silente
Na torre da igrejinha sem estresse
E o dia adormece, docemente
18 horas: - tal uma prece!

O coração abafado e vazio
Num acalanto o sino canta
Nebuloso dia... Que frio!
Triste melodia, triste mantra...

Sina!
Bate o sino... surdina!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
25/01/2020, 19’47” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

POR QUE (soneto)

Por que me vens, com o mesmo olhar
Por que me vens, com a mesma sina
Dos dias tão vividos vens me lembrar
Se outrora a ventura dobrou a esquina

O que não vive mais, deixai repousar
Por que o angustiante sossego rapina?
Por que, acordar o que quer silenciar?
Se o coração já está inerte na resina

Ah! deixai como está, esqueçamos
Que fomos um, e no nós, eu fui teu
Largue na poesia que nos amamos!

Deixemo-lo sem beijos e sem pranto
O cobiçado amor já não é mais meu
Pois, no querer, já quis tanto... tanto!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
27/01/2020, 14’47” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

MUDAR O RUMO (soneto)

Muda-se o ontem, o hoje outras vontades
Muda-se o rumo, outra é a tal esperança:
E neste andejar, o destino é de mudança
E no ser e ter, nas tralhas: as dualidades

Se nas histórias permanecem as saudades
Em cada linha traçada, tem a criada aliança
Também, afinal o bom é ter boa lembrança
Fugaz, pois o viver não é só de felicidades

Mudam-se as verdades, e o encanto
Do mal as mágoas numa tristura fria
E a poesia num eterno agridoce canto

E assim neste mudar tanto no dia a dia
Já não há espanto no diverso recanto
Portanto, é bom afazer-se com tal folia...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/01/2020, 05’55” - Cerrado goiano
paráfrase Luiz Vaz de Camões

Inserida por LucianoSpagnol

CAMINHANTE (soneto)

Há no tempo um momento de grandeza
que é o de espera e de um saber bendito
tudo passa, e a alma não mais fica presa
voa, e o sentimento regressa ao infinito

Um tal mistério do viver e de surpresa
estala a felicidade, do outrora tão aflito
rasga-se o amanhecer em ventura acesa
e da dor sentida, esvaem-se em um grito

Há no amor outra chance aos amantes
cada dia é mais um dia a um novo dia
e a sensação de perda se torna em vão

porque, entre desencontros soluçantes
terá aquele olhar tão cheio de harmonia
que irá trazer o esquecimento ao coração...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29/01/2020 – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol