Crônicas Pequenas
O tempo passa depressa demais e a vida é tão curta. Então – para que eu não seja engolido pela voracidade das horas e pelas novidades que fazem o tempo passar depressa – eu cultivo um certo tédio. Degusto assim cada detestável minuto. E cultivo também o vazio silêncio da eternidade da espécie. Quero viver muitos minutos num só minuto.
Estou em uma fase nova da minha vida. Um novo ciclo. Estou mais madura. Mais humana. Mais mulher. Sei muito mais o que eu quero e, principalmente, o que eu não quero em minha vida. Sei identificar as amizades que quero levar pra vida toda das que são só de alguns momentos. Sei quando uma pessoa vai marcar a minha vida e não apenas passar por ela. Estou mais confiante. Mais corajosa. Embora as decepções sejam várias. Devemos esperar e não agir por impulso.
"Todos os homens querem viver felizes, mas, para descobrir o que torna a vida mais feliz, vai-se tentando, pois não é fácil alcançar a felicidade, uma vez que quanto mais a procuramos mais dela nos afastamos. Podemos no enganar no caminho, tomar a direção errada; quanto maior a pressa, maior a distância."
A verdade e a mentira são construções que decorrem da vida no rebanho e da linguagem que lhe corresponde. O homem do rebanho chama de verdade aquilo que o conserva no rebanho e chama de mentira aquilo que o ameaça ou exclui do rebanho. (...) Portanto, em primeiro lugar, a verdade é a verdade do rebanho.
Compreendi, então, que a vida não é uma sonata que, para realizar a sua beleza, tem de ser tocada até o fim. Dei-me conta, ao contrário, de que a vida é um álbum de minissonatas. Cada momento de beleza vivido e amado, por efêmero que seja, é uma experiência completa que está destinada à eternidade. Um único momento de beleza e amor justifica a vida inteira.
A falta de definição, por si só, define a vida. Tudo é transitório, nossas manias, nossos pensamentos, nossos amores, nossos pontos de vista. Sabemos quem somos e o que sentimos, mas não sabemos até quando. Estamos em trânsito, e a definição só virá quando não estivermos mais aqui para entendê-la.
Albert Einstein dizia que: "Só há duas maneiras de viver a vida: A primeira é vivê-la como se os milagres não existissem, a segunda é vivê-la como se tudo fosse um milagre!" E por isso, meu amigo, jamais se desespere em meio às sombrias aflições da vida, pois é das nuvens mais escuras e pesadas que cai a água mais limpa e fértil.
Não é verdade que você começa a vida como uma criancinha crédula sob a proteção paterna? E então chega o dia da indiferença, em que o cara descobre que é um desgraçado, um miserável, fraco, cego e nu, e com a aparência de um fantasma fatigado e fatídico avança trêmulo por uma vida de pesadelo.
Dois importantes factos, nesta vida, saltam aos olhos; primeiro, que cada um de nós sofre inevitavelmente derrotas temporárias, de formas diferentes, nas ocasiões mais diversas. Segundo, que cada adversidade traz consigo a semente de um benefício equivalente. Ainda não encontrei homem algum bem-sucedido na vida que não houvesse antes sofrido derrotas temporárias. Sempre que um homem supera os reveses, torna-se mental e espiritualmente mais forte... É assim que aprendemos o que devemos à grande lição da adversidade.
Eu creio que na vida os amores que merecem ser cultivados, as pessoas, que verdadeiramente merecem ser cultivadas são aquelas que a gente se encontra e a gente não precisa dizer muita coisa... Basta olhar para a gente e já sabe mais ou menos o que se passa com a gente, porque só pode dizer: eu te amo aqueles que inúmeras vezes disse: eu te perdôo, porque o amor, a gente só tem certeza que ama, depois que teve que infinitas vezes perdoar.
[...] é permitido a todo indivíduo que tenha consciência da verdade regularizar sua vida como bem entender, de acordo com os novos princípios. Neste sentido, tudo é permitido [...] Como Deus e a imortalidade não existem, é permitido ao homem novo tornar-se um homem-deus, seja ele o único no mundo a viver assim.
Não me olhe assim tão convencido e diga que eu estou indo mal. Quem é você pra me julgar e a vida que eu vivo? Eu sei que eu não sou perfeito e eu não exijo ser. Então, antes de apontar seus dedos para mim, tenha certeza de que suas mãos estão limpas. Não julgue antes de julgar você mesmo. Não julgue se você não está pronto para o julgamento.
O homem nunca é feliz, passa a vida inteira lutando por algo que acha que vai fazê-lo feliz. Não consegue e, quando consegue, fica desapontado: ele é um náufrago e chega ao porto de destino sem mastros nem cordâmes. Não interessa mais se ele foi feliz ou infeliz, pois a vida foi sempre apenas o presente, que estava sempre sumindo e agora terminou.
Sim, eu odiava ter que me levantar da cama de manhã. Significava que a vida ia recomeçar e depois de se passar a noite inteira a dormir cria-se uma espécie de intimidade especial que fica muito mais dificíl de largar. Sempre fui solitário. Desculpe-me, creio que não regulo bem da cabeça, mas a verdade é que, se não fosse por uma ou outra fodidela, não me faria a mínima diferença se todas as pessoas do mundo morressem. Eu sei que não é uma atitude simpática. Mas ficaria todo refestelado aqui dentro do meu caracol. Afinal de contas, foram as pessoas que me tornaram infeliz.
A vida é feita de momentos, momentos pelos quais temos que passar, sendo bons ou não, para o nosso aprendizado. Nada é por acaso. Precisamos fazer a nossa parte, desempenhar o nosso papel no palco da vida, lembrando de que a vida nem sempre segue o nosso querer, mas ela é perfeita naquilo que tem que ser.
Mas chega uma hora na vida que a gente tem que parar de ser boa com os outros e ser boa – primeiramente - com a gente. Fiquei amarga? Não mesmo. Agora eu sou prática. Vacilou? A porta está aberta, meu bem. Sem dó nem piedade. Me desculpem, então, os que larguei à deriva. Salve-se quem puder! (Não é esse o clima?).
Como se eu procurasse não aproveitar a vida imediata, mas sim a mais profunda, o que me dá dois modos de ser: em vida, observo muito, sou ativa nas observações, tenho o senso do ridículo, do bom humor, da ironia, e tomo um partido. Escrevendo, tenho observações por assim dizer passivas, tão interiores que se escrevem ao mesmo tempo em que são sentidas, quase sem o que se chama de processo. É por isso que no escrever eu não escolho, não posso me multiplicar em mil, me sinto fatal a despeito de mim.
Se olharmos a vida em seus pequenos detalhes, tudo parece bem ridículo. É como uma gota d`água vista num microscópio, uma só gota cheia de protozoários. Achamos muita graça como eles se agitam e lutam tanto entre si. Aqui, no curto período da vida humana, essa atividade febril produz um efeito cômico.
Onde foram parar os homens com H da vida? Está faltando homem com pegada. Está faltando homem que assuma seus afetos, homem que se apaixone e que se dane o que os outros pensem, o que a sociedade aplauda ou condene. Está faltando homem. Homem que aguente as consequências de seus desejos, que defenda as razões de seu coração.
As pessoas precisam de conectores, escritores, heróis, estrelas, líderes para dar sentido à vida. A caixa de areia de uma criança virada para o sol. Soldados de plástico na guerra suja em miniatura. Fortalezas. Navios de guerra de garagem. Rituais, teatro, danças para reafirmar necessidades tribais & memórias, um chamamento para o culto, unindo acima de tudo, um estado anterior, um desejo da família e a magia certa da infância.
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