Cronicas Obrigado Professor

Cerca de 1919 frases e pensamentos: Cronicas Obrigado Professor

Boa noite...
O Rock in Rio não começou...
Só a partir de 18 de setembro até 27 de setembro...
Hoje foi só para quem não vai ter oportunidade de tirar foto e postar como se tivesse ido.
Mas entenda...
Dia 28 você volta a ser pobre, o ENEM será mês que vem e quem te sustenta vai morrer primeiro que você, pelo menos ele espera isso. Então para de show porque BRT é transporte e não destino.
E estude...

Inserida por ProfGlaucoMarques

Esse ano a Bienal me fez melhor...
- Me tornei melhor conhecendo Roque, fiz peregrinação com a professora Mirian, aprendi que nem tudo é control C control V com Silmara, fotografei, fiz amigos, fiz amigas, fui feliz. Vi pessoas que eu amo pessoas que eu amo me viram. Senti saudades, notei que o que fazemos é pouco, aprendi que as pessoas podem estar invisíveis, vi amigos dentro do PSDB e inimigos dentro do PT. Esse ano estive com Cortella, baguncei sua tarde de autógrafos, terei fotos erradas, ele pediu para voltar, sorrimos, mas foi em um todo que me fiz professor, que me senti aluno. Conheci Amanda e me apaixonei, mas ela fala klingon e se despediu em Vulcano, a troquei por uma batata ou será que foi um engano? Mas o importante é que estamos a poucos meses do final de 2015, tenho A-Ha, tenho uma noite incrível de terror no dia 31 de outubro fora do Rio, tenho parentes operando, tenho um novembro cabalístico, mas que ano de 2015. Esse ano notei que pessoas não gostam de ser elogiadas, umas não conseguem nem ser amadas, nasceram e foram criadas para serem odiadas. Mas em breve começo minhas aulas na escolinha de surf, então posso fazer nada, melhor posso, tem um professor que partiu e que vamos lutar para lhe dar uma honrada comemoração...
E para o resto vou comprar NUTELLA, afinal, se consegue acalmar uma mulher com cólica, consegue melhorar qualquer dia...
Hoje é segunda e amanhã tenho um almoço marcado com uma das pessoas mais importantes da minha vida e amanhã ela ainda me autografará algo mais importante ainda.

Inserida por ProfGlaucoMarques

Antes tapávamos o sol com a peneira, agora tapamos com a hipocrisia.
Estou com muito medo, não me morrer, pois não tenho, não de ser preso, pois 60 minutos todos os dias de banho de sol com bandido o transformo em pós-graduado no que eu desejar. Mas hoje vi adolescentes sendo agredidos, não pela polícia, órgão oficial de banalizar a violência e afins, não, hoje notei que existia uma raiva, um ódio por parte da população e pior, não eram os de classe média alta, foram motoristas de Ônibus, auxiliares de padaria, porteiros e afins. Irmão batendo em irmão por um fascismo ditado e copiado. Estou com medo dos falsos ricos... E você me dirá tá com pena? Não, pois eles estão acostumados a ‘apanhar’... Meu medo somos nós começarmos a gostar de ‘bater’.
- Já entrevistei um oficial de alta patente de uma força policial e lhe perguntei: é difícil matar?- Ele falou: - na primeira vez, ficamos dias, semanas sem dormir e comer direito, mas depois do segundo, terceiro, fica fácil como o abrir de olhos.
Entenderam? Tenho medo de não termos mais a capacidade de nos indignar com atrocidades.

Inserida por ProfGlaucoMarques

Agora você entende porque algumas pessoas me odeiam?
Um dia, não sei se por falta de banho, tenho certeza que não, pois se banho tirasse a cor eu estaria branco, pois tomo tanto que até uma bela argentina namorei, exatamente por viver dentro d’água mas é uma outra história e estória e depois conto). Mas uma linda jovem que tinha uma mãe tão linda quanto, me deu de presente, caros e deliciosos sabonetes da Natura, com o nome #todoodia, fiquei assustado: será que não tomo banho todo dia? Mas não é essa a questão, mexendo em meu guarda roupa, já que estou separando o que será doado para as pessoas, brechós e afins, notei que um dos sabonetes estava enrolado com uma meia que só uso para fazer tatuagem, qual é? Posso não? Sim uma meia, como tenho que manter minha moral, coloco meia porque no ambiente surreal que me tatuo faz um frio incrível e sou negro, negro sente frio nos pés. Palhaçada posso ter manias não? Mas vamos ao meu sabonete, que sabonete, mesmo se passando 8 anos ele ainda tem cheiro, ainda lembra aquela menina linda e com um fogo incrível, mente brilhante e que com muita perspicácia notou que eu não estava mais casado e queria como se estivesse no Alto da Compadecida, fazer o casamento entre sua mãe e eu o João Grilo de Ariano Suassuna, cabe isso? Acho que daí vem nosso amor, um amor mais que platônico amor do verbo Arianar, Niemeyear, e que a faz ser primeira colocada em tudo, mas mesmo assim ainda distribuir agradecimentos aos outros, como se os outros fossem ela. Mas via entender quem menstrua, caraca e o sabonete? É mesmo esqueci, o sabonete faz parte de uma história que terminou ou na melhor das hipóteses trocou, mudou de capítulo. O sabonete continua comigo, a tenho prova, mas o que me fascina foi que ela me deu uma aula de vida quando me deu a caixa de sabonetes, como sabonetes nós seres humanos, terminamos, começamos, nos lavamos, nos sujamos, amamos, perdemos ganhamos. Como sabonete, vida pode nos ser dada, pode nos ser tirada, mas primordialmente pode e deve ser recomeçada. E mesmo que eu venha a usar esse sabonete, seu cheiro, sua moral, seu bico, seu abraço de filha sempre estará comigo. Mas sobre o amar e/ ou odiar? – Simples, as pessoas me odeiam pelo que no começo já havia informado, 9 em cada dez que nutrem esse ódio o faz porque perderam... E sobre quem me ama, não existe sou o isqueiro, minha vida só tem um propósito: ser isqueiro e acender a luz das estrelas, das verdadeiras estrelas e a sinceridade custa alguns ódios e você é a minha maior estrela.

Inserida por ProfGlaucoMarques

Suco de maracujá
A década era de 1980, o ano não lembro ao certo, eu era acordado por minha mãe todas as manhãs com o intuito de ir à escola, época de prova acordava mais cedo pra estudar. Meio que no automático eu levantava e ia para a mesa tomar meu café, me servia de café com leite e pão caseiro com margarina, na época chamava de manteiga, não tinha noção que a verdadeira manteiga era mais cara. Dificilmente aguentava tomar um banho que preste, quando somos crianças sentimos tanto frio, meio que só molhava o cabelo e vestia a farda azul da escola Instituto José de Anchieta de Bragança, pegava a merendeira e nunca sabia ao certo qual seria o lanche daquela manhã.
Junto com meus irmãos, já prontos, também seguíamos em caminhada com destino à escola, eu nunca fui só para a escola, já que fui o segundo filho a nascer, sempre tive a companhia do meu irmão mais velho nessa caminhada. Os demais irmãos se juntavam assim que alcançavam a idade de estudar.
O caminho pra escola era seguido de algumas brigas e brincadeiras. Cada parte do caminho tinha para a gente uma conotação especial. Chegado à escola nos dirigíamos as nossas respectivas salas. Ainda lembro das primeiras letras que consegui fazer e sempre ficava muito feliz com cada coisa nova que aprendia. Na hora do intervalo, todos as crianças tiravam de sua lancheira os lanches e faziam sua refeição, ali mesmo sentados na mesma mesa a qual estavam estudando. Naquele dia minha mãe colocara alguns biscoitos e suco de maracujá, após o termino do intervalo recomeçava a aula, o pensamento as vezes voava longe, dando asas à imaginação e dando continuidade àquilo que a professora acabara de falar. O término das aulas era anunciado, me juntava aos meus irmãos e fazíamos o caminho de volta, com as mesma estórias, as mesmas brigas, com o pensamento longe e a imaginação fértil, imaginação que apenas as crianças podem ter...

Inserida por professormariocelio

Saudades
A cada novo dia que surge, a memória que você não está mais nesse mundo é apagada. A dor continua a mesma, acordo e preciso aceitar que o que aconteceu não mais pode ser desfeito, não conto isso para ninguém. Quem nunca perdeu alguém não entenderia, me visto de coragem e enfrento a vida. Sigo em frente mas meu coração sangra, quando quase me acostumo com a dor o dia chega ao fim. O sono faz com que meus escudos psíquicos sejam derrubados. Onde está você? A paranóia recomeça, por qual motivo é tão difícil aceitar que tudo possui começo e consequentemente um fim?

Inserida por professormariocelio

Encontros
A primeira vez que ele a viu foi na farmácia, ele estava com uma forte dor de cabeça e como é de costume de todos foi atrás de algum remédio pra gripe ou resfriado, para que os sintomas fossem amenizados. Enquanto procurava os comprimidos, em sua visão periférica apareceu um vulto moreno de cabelos longos, lisos e negros. Ao virar para olhar, se deparou com uma linda menina (mulher) no auge dos seus 22 a 25 anos e com toda a beleza que lhe é característica da idade, ela sorriu, escolheu algum produto para a pele, mesmo que não precisasse e foi embora. O dia passou rápido, a imagem da jovem mulher não saía da cabeça dele, mas como na vida apenas o primeiro encontro é demorado, após alguns dias viu seu amor platônico novamente, dessa vez bem rápido, enquanto passava de ônibus indo para casa após um árduo dia de trabalho. Quando começamos a gostar de alguém é normal termos medo de fazer uma abordagem e acabar com nossas chances com a referida pessoa. O tempo passou, dias, semanas, até meses. Ele descobriu que ela se exercitava numa academia próxima ao seu trabalho, até se matriculou, começou a se exercitar apenas com o intuito de vê-la, quanto mais tempo passava, mas ele a amava, mais tinha medo de chegar junto e ficava feliz com os bons dias dela, até imaginava que aquilo era um sinal de que ela sentira algo por ele também. As vezes a encontrava na mesma farmácia, na academia, na rua, mas nunca teve coragem de falar nada, se contentava apenas em apreciar sua existência. Em um dia nem tão belo, ele a viu de mãos dadas com um rapaz, ficou irritado, esbravejou, jurou vingança, ela tinha acabado com seu amor. E lá foi ele, triste e deprimido, por perder aquilo que nem ao menos um dia foi dele...

Inserida por professormariocelio

Não existe idade para se ter sabor.
- Não sei se é sabor que queremos, nem se é o que podemos, mas sem sombra de duvida, é o sabor que temos obrigação de viver.
Não é por ser sexta que você tem a obrigação de aproveitar, é por esta vivo que você tem o direito de ser feliz.
Não coloque a culpa em quem ousou te dar sabor, não. Coloque a culpa na sua covardia, que faz com que seu sonho não tenha futuro.

Inserida por ProfGlaucoMarques

⁠"Ah, quer saber se Deus está perto ou longe de você? Aproxime-se das crianças e as observe!
Estão alegres, felizes, sorridentes? Deus está perto de você!
Estão tristes, infelizes, chorosas? Deus está longe de você!
Pois, se há prova maior da presença Dele que o sorriso de uma criança, preciso conhecer!"

Inserida por carlos_dourado

⁠Aos alunos da disciplina de Auditoria Tributária e Trabalhista, da Universidade Anhembi Morumbi:

Desejo muito sucesso na caminhada, pois estudar em momento pandêmico é para os fortes e aguerridos, imaginando-se as renúncias realizadas para buscar o aprimoramento profissional e pessoal, de modo que admiro a coragem e dedicação apresentadas.

Avante na busca dos sonhos mais épicos!

Contem comigo!

⁠SEJA RARO

Quando a vida for cruel
e quiser te machucar,
Quando esse mundo for pesado
e quiser te esmagar
Seja raro, e mostre ao mundo
como tudo isso superar.

Quando Superar parecer impossível
e nada lhe ajudar
quando tudo for incerto
e você só duvidar
Seja raro e acredite
tudo isso vai passar.

Quando o caminho for difícil
E suas pernas fraquejar
Quando não se tem rumo
e nem lugar pra chegar
Seja raro, reinvente sua estrada
e comece a caminhar.

Quando te faltar o ar
e força pra continuar
Quando os obstáculos
te fizer desanimar
Seja Raro, siga em frente
e nunca pare de tentar.


Quando a maldade te assombrar
e tudo que é bom se ocultar
Quando não tiver carinho
e o abraço lhe faltar
Seja raro, sorria e
reaprenda a amar.

Quando fracassar
e não tiver ninguém pra te ajudar
quando tudo que é ruim
conseguir te derrubar
Seja Raro, tenha fé
e comece a levantar.

Quando não tiver saída
e a solução não encontrar
Quando não houver mais esperança
e for difícil suportar
Seja raro, e entenda que é depois
dos fracassos que se começa a prosperar.

Enfim,
Para ser raro, é preciso ser
resiliente e eficaz
dar o passo à frente
Enquanto todos dão um passo atrás
fazer o que ninguém faz
Ser persistente e desistir jamais.

Inserida por eric_guimaraes

⁠E VAMOS DESCENDO A LADEIRA...
Eu cresci no carnaval.
Essa festa me proporcionou alegrias imensas.
Com o tempo, compreendi o mega-hiato social que existe nesse festejo popular.
Negros como cordeiros a puxar as cordas dos blocos com expressiva maioria branca. Era a transmutação de escravizados nos navios negreiros nos mares do tempo.
Os do bloco - que podem pagar - acessam livremente as ruas e as calçadas. O povo-pipoca só pipocava nas calçadas espremido pela repressão econômica.
Nos camarotes, réplicas de patrícios e patrícias do império romano desfilavam sua beleza segregadora.
Os catadores de recicláveis garantiam, numa agilidade grotesca e fantástica, a limpeza do excesso de fantasias etílicas.
Sim, foliões, o carnaval termometra nossa visão condicionada que atesta as desigualdades sociais e outros tipos excludentes.
Os blocos afros desfilando às madrugadas, já longe dos holofotes preguiçosos da conveniência monetário-midiática.
E é difícil entender Gerônimo cantando "Eu sou negão!", Daniela cantando "A cor dessa cidade sou eu!!", Saulo cantando "Salvador, Bahia, território africano...".
E a "Negalora" da Claudinha Leitte?
Aqui não tem preto para ativar seu lugar de canto, não?
As letras marcantes do carnaval baiano devem muito à cultura afro-baiana.
Com o tempo, conforme dissera, fui notando essas contradições as quais são exibidas a partir de uma naturalidade quase pétrea.
Pegaram uma negra do cabelo crespo e alegaram que ela não gosta de se pentear (será que ela não curte escova e luzes, para se parecer com a sua desidentidade?) , por isso, na Baixa do Tubo, considerado bairro de pequeno poder aquisitivo, ela será humilhada. Vão passar batom na boca da vítima, porque é comum ridicularizar o preto (muitos memes fazem isso e são compartilhados "de boamente").
Mesmo com tudo isso, o povo, que "não sabe que não sabe", quer viver o carnaval. É um momento de escape, de fuga da realidade, de fantasiar-se.
Dopamina, ocitocina, serotonina e endorfina explodem nos circuitos.
Muitos recarregam o seu emocional nesse momento de subversão autorizado pelo Estado.
Seja na tradição do frevo pernambucano, na explosão temático-tecnológica do carnaval fluminense ou nas multidões axé-musicalizadas em sudorese contínua na Bahia, uma parte significativa do país ama o reinado fugaz de Momo.
Dinheiro envolvido? muito. Demais. São bilhões de reais em lucratividade. Mas esse dindin o povo nunca viu a cor.
Apesar de tanto, o povo aceita a alegria da loucura autorizada, decretada pelo sistema regulador das nossas vidas.
É uma pena que não haja similar empenho de sociedade e governo para evolucionar a educação do nosso povo, em prol de um carnaval mais equânime, mais justo, mais acessível socialmente falando.
Infelizmente isso é uma utopia, uma quimera...
Em função de uma pandemia altamente contagiosa e letal, não haverá carnaval.
A festa não acabou, porque sequer começou.
Vamos aproveitar, dessarte, para pensar no folião mais importante (você), no trio elétrico mais possante (o amor, o trabalho digno e o conhecimento) no bloco mais "estourado" do carnaval:
O bloco da VIDA!!!
Ao ritmo da percussão em nosso peito!
E VAMOS SUBINDO A LADEIRA!

Inserida por ProfessorLuisAlberto

⁠EU DEVIA APRENDER A ME CALAR!
Hoje foi um começo. Sofri, mas creio em algum reflexivo resultado inicial. Por mais de cinco vezes, eu percebi que não deixava a minha sócia de existência encerrar um pensamento. Eu acobertava o pensamento dela com o meu. Ela falava. Eu interrompia. Ela falava; eu interrompia. Ela falava, eu interrompia. Ela falava eu interrompia. Ela falarrompia...
O machismo estrutural afeta o nosso psicológico. E isso é forte em mim. Venho enfrentando esse meu comportamento em prol do respeito humano. Eu achava que respeitava bastante, até porque fui “menino criado com vó”, e ela me ensinou a respeitar as mulheres no sentido de assédio e abuso, sexualmente falando. Porém, com o tempo, aprendi que há outros tipos de assédio e abuso.
Ao interromper uma linha de raciocínio, estou praticando abuso. Ao me achar mais inteligente em detrimento de outrem, estou praticando assédio. Esses comportamentos são tenebrosos, infelizes e não nos fazem evoluir, pois realizam a manutenção de uma pseudoautoridade e um real autoritarismo de um “status quo” machista.
A cultura e as relações com o meio, enquanto linguagem, acabam definindo pontos de vista nocivos, sem que paremos para refletir sobre a coerência dos aprendizados embutidos em nossos campos do conhecimento. Pedrinhas confundem-se com sementes, dado nada vicejar nesses terrenos do discernimento ativo. Apenas aceitamos como verdade e pronto.
“E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão.” Isso consta na Bíblia, em 1Tímoteo 2:14. A mulher, pelo que parece, transgrediu, porque foi enganada. Então, se um estelionatário me enganar, eu não sou vítima dele, mas comparsa ou cúmplice na transgressão, na infração, na violação da lei?
Em 1Timóteo 2:11-15, “A mulher aprenda em silêncio, com toda a submissão. E não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade de homem; esteja, porém, em silêncio”. Talvez, em razão de ensinamentos como esse, não tenhamos uma papisa, uma rabina ou uma aiatolá. Ou seja, os líderes máximos das religiões abraâmicas (judaísmo, cristianismo e islamismo) são homens.
Vocês podem rebater imediatamente dizendo que tais sentenças são coisas do passado. Mas o que dizer do que ocorreu em fevereiro deste ano (2021), quando Yoshiro Mori, presidente do comitê olímpico de Tóquio, disse que mulheres “têm dificuldades em ser concisas. (...) Se uma levanta a mão (para falar), as outras acham que também devem se expressar. É por isso que todas acabam falando”. Ele ainda deixou claro que o comportamento das mulheres, nesse sentido, era “irritante”. Com essas declarações, Mori recebeu duras críticas veiculadas na mídia. Ele, então, retratou-se e renunciou ao cargo. Agora é ex.
Nós, homens, em uma parte expressiva, não nos damos conta do que fazemos com as mulheres quando sem perceber lhe cerceamos a fala e nos colocamos num degrau acima.
Aliás, o ato de um homem, de forma desnecessária, interromper a fala de uma mulher tem nome: MANTERRUPTING, neologismo criado pela jornalista Jessica Bennett. Outra situação que passa despercebida ocorre quando uma mulher já explicou algo, e o homem explica de novo, como se ela não tivesse condições de ser clara ou concisa, o que pode criar um embaraço, um mal-estar ou um constrangimento. O nome disso é MANSPLAINING, termo inspirado pela americana Rebecca Solnit.
E é isso, gente!
Eu preciso terminar aqui, porque – que bom! – a minha amada está me chamando e estou ansioso para ouvir tudo o que ela tem a me dizer.
Sem interromper, aprendendo a me calar. Abrir a boca então? Só para amar!

Inserida por ProfessorLuisAlberto

⁠SERÁ QUE SÓ VC NÃO VÊ?
No livro Ensaio sobre a cegueira, escrito pelo português José Saramago, uma pandemia aflige o mundo. De repente, todos perdem a visão. Sofrem uma cegueira branca. No começo, parecia que as pessoas iriam se ajudar, ser solidárias, melhores. No entanto, os problemas da sociedade logo ressurgem e são potencializados, já que ninguém “enxerga” a mudança necessária para o bem coletivo. Com essa cegueira moral, o instinto de sobrevivência prevalece, sobrepuja a razão, o ódio subjuga sentimentos altruístas. Impera o egoísmo, enfim.
A palavra instinto nunca foi tão presente na contemporaneidade.
Analogamente à obra literária, vivemos também uma pandemia, só que da Covid-19 em franca mutação. Quando ela começou muitos gestos maravilhosos aconteceram. Alguns foram divulgados nas mídias sociais. As pessoas pareciam que aprenderiam alguma lição sobre fraternidade e comunhão. Todo dia, às 18h, um vizinho ancião tocava a Ave Maria em sua flauta doce, da sacada da janela. Ao término, todos os vizinhos aplaudiam de suas janelas.
Até então não havia vacina, nós éramos a cura.
Com o tempo, a cegueira moral se abateu sobre muitos. Indivíduos sem máscara. Outros em aglomerações. Uns tantos negando a pandemia. Outrem oferecendo pseudofármacos. Dois médicos, renomados, minimizavam a gravidade do patógeno e vieram a óbito por causa dele. E tudo isso envolto em informações, contrainformações, falsas informações. Enfim, uma cegueira moral despencou sobre nós. A nossa cegueira branca.
Mas aí chegou a vacina. De vários grupos científicos. A britânica Oxford-AstraZeneca, a estadunidense Moderna, a germano-estadunidense Pfizer BioNTech, a russa Gamaleya Sputnik V, a sino-brasileira CoronaVac. Infelizmente, o imunizador – não importa qual – poderá a longo prazo reduzir os efeitos dessa silenciosa e sufocante enfermidade viral, contudo a corrupção humana ainda levará tempo longínquo para ser publicizada como a mais letal e senecta doença entre os humanos.
Autoridades que deveriam dar o exemplo nesse momento tão triste da história do homo sapiens furam a fila do imunizante para se beneficiarem, como se fossem capitães de um navio a fugir no primeiro bote salva-vidas. No nordeste brasileiro, os prefeitos de Antas(BA), Candiba(BA), Itabi(SE), Guaribas(PI) adotaram a máxima: “Farinha pouca, meu CoronaVac primeiro”. Além deles, há vários... filhos e filhas de sicrano, queridinhos de beltrano, os amores de fulano.
Eis que o norte do Brasil se asfixia e tenta clamar por socorro. Na Bíblia, há o livro de Salmos cujo capítulo 42, no versículo 7, traz a mensagem “Abyssus abyssum invocat”, ou seja, um abismo chama o outro. No norte do país, os estados do Amazonas (Falta de oxigênio em Manaus), Amapá (apagão e colapso dos hospitais) e Rondônia (falta de leitos e médicos) mostram o extremo a que podem chegar as más gestões e desvios de verba em solo pátrio.
Enquanto isso, na fantástica terra do leite condensado, o mandatário da nação vai a uma churrascaria na companhia da matilha política, além de artistas, como Naiara Azevedo, Amado Batista e Sorocaba. De mórbida praxe, ao final, o mascarado presidente sem máscara deleita-se em selfies e aglomerações contagiantes...
No livro Ensaio sobre cegueira, aos poucos, a cegueira branca se foi. Abriu-se uma perspectiva de o mundo ser um lugar melhor, no qual as pessoas agora percebam que quando enxergavam eram cegas de amor. E, como se o universo ou Deus, permitisse uma segunda chance, o homem então mais racional poderia compreender finalmente a relevância das emoções, principalmente aquelas que nos fazem querer abraçar o outro em qualquer sentido benevolente da palavra.
O Brasil anseia por um final tal qual o da ficção. Todavia, na catarata dos sonhos, está tudo branco ainda, ainda está tudo escuro, então.

Inserida por ProfessorLuisAlberto

⁠O QUE CEROL DE NÓS?
Eu, menino, mirinzinho ainda, voinha me levou para conhecer o Rio de Janeiro.
A gente ficou no bairro de Duque de Caxias, na casa de uma amiga dela, D. Arcanja, que aliás fazia jus ao nome (e sobre quem no futuro contarei algo).
Ocorre que fiquei na frente da casa vendo os meninos empinarem arraias naquela rua de barro.
De repente, um monte de carioquinha veio correndo em minha direção, e - súbito - uma pipa caiu no meu colo.
Tentaram tomar de mim. Aí segurei a arraia com cara de medo e gritei:
- Oxe, oxe, oxe, oxe! Nada! É minha!!!
Aí um deles falou:
- Vc é baiano?
- Sou!
- Oi! Eu sou Arimam!
- Luís.
- A gente vai te liberar, baiano, mas vc vai ter que empinar essa arraia!
Nos dias seguintes, fiquei vendo os meninos temperando a linha - o cerol - para a batalha aérea que aconteceria no dia outro.
Era fascinante ver a algazarra mitológica que a gurizada empolgada fazia. E, quando uma linha era cortada, pequenos troianos fluminenses corriam para ver quem pegava o prêmio. Uma espécie de alegre agressividade coloria o evento... Rsrsrs
Eu não tinha linha nem aprendi a receita do tal cerol. Mal sabia empinar, a não ser o meu nariz, como blefe de valentia (rsrsrs). Então, numa atitude criativa e desesperada (às vezes o desespero é um start para a criatividade...), fui catando um monte de resto de linha velha que via pelo caminho, fui remendando uma na outra e fiz o meu carretel "frankenstein".
Na véspera do retorno à minha Bahia, fiz a arraia ganhar o espaço com as linhas de bagaço.
Arimam já era o meu melhor amigo e me orientava no combate espacial.
- Vai, baiano! Vai, baiano! Puxa! Solta! Vai!!!
Os outros davam risada, pois entendiam que linha remendada, velha, usada, desgastada não garante nada.
Eles entenderam errado...
Consegui cortar a arraia dos meninos da outra rua!
Fui carregado como herói da meninada!
No dia seguinte, a despedida... Ia chover, mas Arimam desenhou um sol no meio da rua de barro... As nuvens respeitaram a majestade solar...
Todos fizeram uma vaquinha e compraram geladinho com broa de milho. Foi uma das melhores festas da minha vida.
Voltei à minha Bahia com a minha voinha.
Isso aconteceu há 39 anos...
Hj não mais menino, lembro essa história e percebo que minha vida é um carretel de linhas remendadas cuja arraia ainda está no céu...
Ainda está no céu...
Sobre o que virá depois?
Não sei mais nada.
A única certeza é que, embora forte e imprevisível, chegará a hora em que a linha será cortada...
E eu correrei em alguma rua do infinito da memória com a meninada.
Obrigado, Arimam!

Inserida por ProfessorLuisAlberto

⁠SIGA E SEJA SEGUIDO
(ou: tá aí o segredo da vida)
Siga
Persiga
Consiga
Mas entenda o que as palavras dizem:
Siga.
Não pare.
Persiga.
O prefixo “per-“ significa “mais”. Siga mais ainda.
Consiga.
O prefixo “con” significa “junto”. Não dá para seguir sozinho.
Exercite o que as palavras dizem!
Consiga
Persiga
Siga

Inserida por ProfessorLuisAlberto

⁠OSARTA PARA VIVER MELHOR!
As crianças de Liechtenstein (um dos países mais prósperos do mundo) aprendem desde cedo a importância do tempo na organização de suas vidas. Embora as aulas comecem às 8h, elas já estão na escola às 7h para ajudar no que for preciso.
Os índios Tikuna que habitam a floresta amazônica não fazem uso do relógio, mas da observação do céu. Eles realizam algumas tarefas à noite, mas já estão juntos quando o sol dá os primeiros sinais do poente.
Jeff Bezos (dono da Amazon e atual homem mais rico do mundo) sempre chegou a uma reunião 30 minutos antes como se chegasse no horário exato desse evento. Isso lhe dava um tremendo alívio. “Better to be ahead than delay, isn't it?” (É melhor adiantar do que atrasar, não é verdade?).
Todo concurseiro deve chegar ao local de prova com uma ótima antecedência por conta dos possíveis imprevistos. (Isso vale para o ENEM também!). Imagine a pessoa pagar um curso preparatório, perder noites e fins de semana se matando de estudar e na hora “H” perder a prova...
O mesmo proceder serve para o trabalho voluntário. Quando um voluntário se atrasa, ele põe em risco toda uma missão que levou meses sendo organizada. Seus minutos ou horas de atraso são os dispositivos que podem implodir meses de organização de um fazer voluntário que deve começar pela doação de tempo.
O nome dessa preocupação e responsabilidade com o outro, mensuradas pelo tempo, tem um nome:
OSARTA!
Pratique OSARTA na sua vida. Planeje-se. O planejamento não garante a ação, mas aumenta as chances de realização. Siga, à risca, os horários e dias que você mesmo aceitou ou a que se condicionou. Não adie seus compromissos se puder esforçar-se em cumpri-los.
Você se sentirá mais leve e mais produtivo praticando OSARTA!
OSARTA é ATRASO ao contrário...

Inserida por ProfessorLuisAlberto

⁠MOVER.COM.BR
Comover-se com o outro sem se mover com ele é o paradoxo da atualidade.
Essa semana foi engraçada. Devo compartilhar com vcs mesmo sabendo da possível reprovação a cuja falácia estarei exposto.
Em um grupo do Whatsapp, mais de seis vídeos com mensagem de amor ao próximo foram postados, e a maioria elogiava e discorria sobre a importância da solidariedade. Vendo tantos corações dispostos, aproveitei e postei um card sobre uma campanha para ajudar o povo mais carente do Sertão. Pasmem! Ninguém comentou nada.
Vcs entenderam?
As pessoas se COMOVEM, mas não se MOVEM COM.
Só entre os anos de 2010 e 2017, 25 igrejas foram abertas por dia no Brasil num total de 67.951 novos registros. Quem disse isso? São dados da Receita Federal.
Falar de Deus comove, mas muitos ainda não se MOVEM.
Até 2016, nosso país contava com 237 mil ONGs! Quem me contou não foi o vizinho, mas um tal de IBGE.
Onde estão os voluntários? Só se COMOVEM?
Eu observo se falar tanto de EMPATIA, ALTRUÍSMO, RESILIÊNCIA, SUPERAÇÃO, AMOR AO PRÓXIMO, SOLIDARIEDADE, mas parece tudo caviar, como na música:
"Vc sabe o que é caviar? Nunca vi, nem comi, eu só ouço falar..."
Queria que esses sentimentos a respeito de que tanto falam fossem tratados como o pão de Cristo...
Mesmo pouco, estaríamos verdadeiramente alimentados.
Comover e mover com. Porque aí está Deus. Pois aí habita a verdadeira humanidade.
Obrigado por ler até aqui.

Inserida por ProfessorLuisAlberto

⁠VOU-ME EMBORA PRA ONDE?...
Quem você pensa que é, o que você tem e o que você representa no teatro da vida???
Schopenhauer foi um cara muito louco!
Esse filósofo alemão, altamente ateu e ético, em seu pessimismo filosófico, apesar dessa existência incrédula, introduziu o pensamento indiano e alguns conceitos de Buda acerca da questão metafísica.
Para Schopenhauer a vida humana se dividia em 3 condições básicas:
O que se é;
O que se tem;
O que se representa para os outros.
E aí está o grande fundamento da existência:
Neo não era Thomas A. Anderson. Mr. Anderson, portanto, era apenas uma representação social. E o que ele tinha? Um bom emprego como programador numa grande empresa de software e uma razoável condição social. E o que ele (achava que) era? NEO, um hacker no mundo digital. Mas, na verdade, nem isso ele era. Na verdade, embora tivesse uma intuição de que “há algo errado com o mundo”, ele era um indigente de si mesmo.
Essa realidade(?) muda quando ele conhece a Matrix e passa a viver em um outro plano que seria o real. Seria mesmo?
Quanta loucura não é, meus amigos?
A trilogia de Matrix talvez seja a coleção fílmica mais repleta de “apertação de mente” que você já viu.
Os criadores dessa obra-prima que eram irmãos e depois redefiniram suas identidades e agora são as irmãs Wachowski carregam uma bagagem intelectual fora do comum.
Passeiam por vários campos do saber e da cultura.
Neste texto, vou mostrar um monte de referência bíblica que, se não fossem as outras referências, Matrix seria um filme gospel...
Em Matrix 1:
- Thomas (nome representativo de Neo) é alusivo a Tomé, o apóstolo do “ver para crer”. - - Um cliente do então hacker Neo diz: “Você é meu Jesus Cristo pessoal”.
- Na nave Nabucodonosor há uma inscrição referente ao Evangelho de MARCOS, 3:11 (“Sempre que os espíritos imundos o viam, prostravam-se diante dele e gritavam: ‘Tu és o filho de Deus”).
- Fala-se de Zion, onde os humanos se escondem. Zion é o SIÃO, a cidade bíblica do rei Davi.
- O agente Smith quando tortura Morpheus leva-nos a crer que existiu um Jardim do Éden ao dizer: “Você sabia que a primeira Matrix foi criada para ser o mundo perfeito onde ninguém sofreria? Onde todos seriam felizes?”
- Neo morre em frente a uma porta com a numeração 303. Ao tirar o zero temos a idade em que Cristo foi executado, porém ressuscitou, assim como Neo. E isso logo depois de Trinity suplicar: “Oh, Jesus, não morra!”.
- Conforme a prece do Credo diz que Jesus “subiu aos céus”, o filme termina com Neo voando, subindo aos céus.
Que loucura, né?
Em Matrix Reloaded e Matrix Revolutions, tem muito mais!
Dica: em muitas placas de carro, há passagens bíblicas disfarçadas.
Por exemplo, em Reloaded, o agente Smith chega em um Audi com a placa IS5416. Ou seja: ISAÍAS, 54:16 (“Eis que eu criei o ferreiro, que assopra as brasas no fogo, e que produz a ferramenta para sua obra; também criei o assolador, para destruir”). Incrível! Pois fique sabendo, ainda, que Smith vem do inglês arcaico “Smithian” e significa “ferreiro, aquele que trabalha com metal”.
Já em Revolutions, o carro dirigido pelos gêmeos, loiros com cabelos rastafári, traz na placa a inscrição DE2852. Isto é: DEUTERONÔMIO 28:52 (“E te sitiará em todas as tuas portas, até que em toda a terra venham a cair os teus altos e fortes muros, em que confias, sim, te sitiará em todas as tuas portas, em toda a tua terra que o senhor teu Deus te deu.”)
Logo Zion seria destruída!
Que tal? Massa, né? Há várias formas de analisar Matrix: pela filosofia, pela história das guerras, pelas fábulas, pela revolução digital, pelo eurocentrismo...
Mas a pergunta que não quer calar é:
QUEM É VOCÊ? O QUE VOCÊ TEM? E O QUE VOCÊ REPRESENTA PARA A SOCIEDADE?...
(Para acabar o texto. Imagine a música de ação de Matrix e se transporte para fora da sua Matrix...)

Inserida por ProfessorLuisAlberto

⁠"Entendo que é melhor ter espiritualidade que religião. A primeira liberta, enquanto a segunda lhe prende, estabelece limites. A espiritualidade lhe leva à verdade, e para isso precisaríamos de várias religiões ao mesmo tempo. Ou como se explica a existência de tantas?"
(Refletindo reflexões)

Inserida por carlos_dourado