Coragem eu Venci Omundo

Sim, e eu com isso ?
Se não gosta do meu sorriso
Se não gosta do meu andar
Sim, e eu com isso ?
Se minha roupa não te agrada
Se meus sapatos te incomoda
Sim, e eu com isso ?
Se não suporta meus cabelos
Se acha que falo alto
Sim, eu com isso ?
Se não gosta do que falo
Se não gosta da minha pele
Se acha que sou gorda
Sim, eu com isso ?
Se me chama de maluca
Se meu olhar te espanta
Se me acha oferecida
Se me quer bem longe
Se mais longe bem me quer.
Sim, e eu com isso ?

Sim, e dai se eu chorar tua falta...teu abandono ?
Sim, e dai se quando me procurar talvez teu tempo tenha se esgotado, ultrapassado...pois é, há limites para a paciência. Que me perdoe o amor, mas nada é para sempre !

E eu visualizei as estrela, atravessei o mar
Senti poemas em beijos, arrepiei
Fui ao rio em ondas quando tua boca toquei
Dancei nas águas, corri no ar.
Tudo aconteceu em segundos
Momentos eternizei.
Me entreguei de ponta, me joguei de cabeça
Me dei em versos, me abri em flores
Reguei plantas e poesias
Fiz versos em canto, esqueci dores.

Eu quero rosas com espinhos
Eu quero flores pra beijar.
Quero tudo que houver de bom
O mais deixa rolar
Lá vem eu na passarela
Descalça, sem compromisso
Sambando na gafieira
Rolando em céus e mar
Lá vem eu
Toda louca, destrambelhada
Malucando, dançando
No ar !

E ai eu me pergunto,
Quem será
Que me canta poesias,
Quem
Será homem ou mulher ?
Poemas faço em dois segundos
Até parece alguém no meu ouvido
Vez em quando estranho
É muito mar de poesias
Muita chuva de rosas.

Eu não quero que o tempo
Carregue meus momentos
Apague memórias,
Eu não quero que o tempo leve
Tardes,
Não quero que o tempo me faça esquecer
Palavras
Músicas, silêncios.
Que deixe vazia a minha alma.
Não quero que o tempo
Roube meus sonhos.
Não quero cura,
Se o tempo cura tudo
Que não cure minhas lembranças !
Nem minhas saudades !

Se eu te roubar cheiros não se zangue. É que meu coração é jardim precisando de flor.

Eu vi uma rosa, roubei
Eu vi um peixe, nadei.
Eu vi um pássaro, voei
Eu vi o mar, naufraguei
Eu vi as ondas, viajei
E u vi um barco, pulei
Eu vi estrelas, cantei
Eu vi teu riso, dancei !

Pisco pra mim,
Tento me ganhar !
Lá vem eu
Na passarela da vida
Sambo no pé
Lá vem eu, se entregando
No batuque,
Batucada
Sambando na balada
Dançando
Gingado quente,
Caindo na avenida,
Passos pra frente
De lado, pra trás.
Vez em quando girando
Na gíria
Batucando.
Pandeiro, maneiro
Moleca
Menina marota
Danço, balanço...
Chamego
Que mexe
Mexido gostoso
Lá vem eu
Me segura se não eu caio.

E eu com esse teu riso grosso
Não perco tempo
Não viajo em risos amargos
Falsos,
Não me ganha risos frios
Não me leva
Quem não sabe sorri.

Rio e flores...mar e eu. Saudades juntas em águas cristalinas !

Que eu não me perca sem planos
que eu não me ache perdida.

Eu vivo o ontem e o agora: o depois a gente vê !

Eu bebo tuas palavras
Canto teu sorriso,
Como tua voz.
Tudo em mim vem de você !

Eu sou pássaro em voos de sonhos.

Hoje eu vi um pássaro
conversei com ele,
fiz um pedido:
pedi teus olhos na mina boca
agradeci, com beijos e flores.

O mundo que vivo
tem mil aquários
tem jardins,
se eu naufragar,
entre flores e peixes
Adormeço.

Pobres de espíritos
mendigos de poder !
Nessa festa eu não entro,
para mim esses meios
não justificam os fins !

Eu danço nas cores dos pensamentos, sambo na parede das saudades e decolo em viagens no meu eu.

E se eu disser adeus que seja por segundos
segundos sem teus olhos são suficientes
para perturbar meus sentidos, sangrar minha alma.
Que sejam só segundos e só, porque a saudade é faca
que corta e apunhala minha mente.