Conforto da Morte da Avo da Namorada
Uma porção de palavras,
mal lavradas
e sem métrica
formam uma festa
de significados no papel,
pois rimar céu com mel
é muito fácil,
mas fazer um desabafo
dispensa até mesmo
a lua sem véu!!!
Envelhecem as estações e as pessoas,
mas as lembranças conservam
as mesmas faces do que se foi.
Uma criança, um adolescente,
uma amizade inconsequente,
uma outra vida que já não é minha,
um outro tempo, com outros dias,
com outros rostos
e que já passou...
A janela aberta permite a vista
do resquício do que fora uma manhã.
O tempo descansa e sossega
o dia que o sol entrega
à uma outra noite sem cor.
A vida já não é tão viva...
Os sonhos mais parecem prantos...
Tanta gente e tanta reza...
Tantas vozes e tantas preces...
Quando o que falta é só um pouco
de mais humor...
O tempo marca nos rostos
o preço pago pela vida,
até que chegue o dia
que o tempo, por fim,
acaba...
Quando o dia dá bom dia ao tempo, o vento muda seu rumo, o horizonte pequeno abarca um oceano, o sol nasce sem medo e o suspiro do silêncio é a melodia dos passos...
Numa noite escura
a fogueira é testemunha
do lamento da viola.
E o fogo crepita
e a viola chora
o quão quente é a paixão.
Mas o dia chega
e a lembrança
da noite anterior
não passou de ilusão
que a pinga
a voar a mente
sempre deixa...
A vida é mórbida
para quem não tem
o antídoto para a dor
que é viver.
Sofrer?
Não é bem isso...
Está mais para lamento
existencial...
Afinal, estamos
aqui, no mundo,
para quê?
As peças de muitos
esquecidas aos poucos
formaram a vida
que hoje sou eu.
O jogo de alguns
é o lamento de tantos.
A morte pra uns
é a vida dos outros.
Infinitamente
os mesmos passos
se repetem
no futuro.
O menino de hoje
mal sabe, mas
sua história
é só um esboço
do que algum outro
já foi.
Ninguém é totalmente imune
à própria loucura
e quem o diz se engana,
posto que a pseudo sanidade
é vaidade profana que corrompe,
mas a demência revela
o prazer de viver até
os últimos instantes de cada idade.
Não é a singeleza do momento,
mas a intenção sincera do autor
imortalizada nas preces,
de um outro tempo,
quando viver era mais simples.
Algumas faces escondem, alguns sorrisos disfarçam, mas nenhuma mascara oculta alguem de si mesmo, pois o inconsciente sempre faz surgir lembranças e historias e em algum momento o teto do teatro tem que desabar
Ninguém me conhece tanto a ponto de saber o que exatamente me machuca. E ando me machucando com coisas que nem a mim pertence. Sempre fui o tipo de pessoa que encara tudo com um sorriso no rosto, mas que acaba chorando antes de dormir, porque é na hora em que recosto minha cabeça sobre o travesseiro, que acabo entendo a intensão por trás de cada palavra,por traz de cada atitude, as pessoas as vezes são tão ruins,por que enganar,trair,magoar,sempre se fazendo de amigos siceros, não é verdade?
Até mesmo sem querer, elas nos ferem.por que as vezes nos colocamosno lugar da outra pessoa que esta sendo ,traida enganada.e se respeitamos o livre arbritrio temos que nos calar. e isso dói na alma!
Pra não chorar, eu fico de mau-humor, e quando isso não resolve, eu desabo, nada melhor do que chorar dentro do quarto, sem ninguém para ver a dor que escorre pelos meus olhos,
a vida é tão simples,tão linda,pra que e porque trair e magoar?
ninguém é obrigado a viver junto,se não gosta mais,
se não quer mais, libera a area tem quem quer!
porque uns acham que eles tem direito a tudo,e o outra não tem direto a nada?
uns quer passar a vida pulando de ganho em ganho,e quer que os outros se mantenha em cativeiros por eles
direitos iguais benhê...quer ter liberdade? ser feliz?
o outro também quer ok?
ainda bem que eu tenho vc!
Perturbação
Eis que se abriu a primeira cortina
Nada vi naquele palco
Fiquei a espera e observando
O velho tecido que não sacudia.
Eis que se abriu a outra cortina
E nada vi naquele palco
Escutava a música de fundo
Inalando o mofo que ali envolvia.
Eis que se abriu a terceira cortina
Nada vi naquele palco
Um zum zum zum acontecia na plateia,
Reduzi-me a ler o encarte da peça de teatro.
Eis que se abriu a última cortina
Novamente, nada vi naquele palco,
Agora havia um silêncio aterrorizante
Mas era esta, a peça no teatro.
Pano de fundo
Saltei da tristeza à alegria
Qual foi a magia?
Foi o meu blefe à cilada.
Resgatei a variável
Do modelo, já descartada.
Foi no aguçar do pensamento
Que reformulei todo o problema
Com interações complexas do esquema
Simulei a resposta mais convicta
De não mais dar o próximo passo.
Deixei o estratagema intacto
Devolvi sutilmente o drama ao íntimo
Do infeliz criador do artifício,
Ficando por inteiro enredado.
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