Concreto
O ego como corpo mental concreto pensa conforme solicitado e combinado, com base no conhecimento trivial experimental da lógica comum, do homem social... O homem enquanto corpo mental abstrato, atua na área superior da mente conectado à uma sabedoria "desconhecida", e um discernimento lúcido... A conexão entre Ego inferior e Eu superior, é ponte de passagem para uma nova dimensão de consciência, um novo espectro de vida, um novo mundo... Mesmo que idéias como essas não correspondam aos fatos, o tempo não pára e a construção está sendo feita, porque o homem não pode deter-se.
Não se junta pedaços do amor. Ao menor tropeço ele se desprendera novamente...
Amor é concreto! Não se solta facilmente!
Modernismo
Perto da fenda da Terra
Longos blocos de concreto
Enfileirados ao lado das hastes finas
E de blocos pequenos
Onde antes havia vida pura
Há agora ali na beira da terra
Insegurança, perversidade
Bondade, ódio, amor e morte
Pronto para serem lavados da terra
Mãe, leve-nos todos!
Lave os blocos com a sua correnteza!
Todos eles!
Os pequenos grandes finos e grossos!
E todo o mau que os habita
Não está na hora de acabarmos
Com tudo isso?
Talvez uma pedra de fogo caia do céu
E numa só jogada
Acabe tirando do mundo inteiro
O véu de Ísis que nos sufoca !
Tudo cheira mal,
quero o cheiro das árvores aos milhares!
O concreto me mata aos poucos
Sinto falta da energia
Dos pequenos
Mecânicos, dançarinos, cantores
Que chegam aos céus
Que andam sobre quatro patas
Sobre duas
Ou rastejam
Eles não conseguem entender
Por que quem habita os blocos
São tão perversos
Matam por prazer
Machucam por prazer
Destroem por prazer
Não entendem por que quem, habita os blocos
são tão confusos..
Todos precisamos partir
O projeto está encaminhando mal.
Flua água, invada tudo!
Rompa o chão!
Venham pedras do céu
Lave toda essa sujeira!
Lave e deixe que não sobre
Nem ruínas nem sinais!
De que os habitantes dos blocos
Sequer existiram aqui!
Deixemos lugar
Para uma raça inteligente habitar ...
A humanidade cansa a todos!
O concreto me causa náusea
Quero o silêncio!
Apenas som dos pássaros e outros animais
Calem a boca humanidade!
Não aguento mais sua presença!
Sim sou humano também!
Mãe me leve embora junto!
Passa a correnteza sobre mim!
Lava me!
Tirem essa camada grossa
De sujeira sobre minha pele!
Arranca tudo!
Que não sobre mais nada!
Nada!
Leve tudo embora!
Que bom se eu acabasse hoje
Flutuando sobre sua água
Sabendo que o projeto foi
Desfeito
Não demos certo!
Somos cegos nos apalpando
Para achar uma saída
Que é tão perversa...
Mas todos se acham santos!
Possuem o cartel da salvação!
Do caminho correto!
Do bom senso!
Pai ajude a mãe a acabar com isso!
De uma vez só!
Sem mais dor!
Sem mais concreto sem mais sofrimento!
Acham que eu sou pessimista?
Não quero pensar em nada disso!
Eu queria era ser como os que
Não ligam ou não se importam
Tem outro jeito?
Não quero achar que a humanidade deu errado!
Não quero achar que não temos
Um meio de nos arrumar
Sim!
Eu Trouxe mais uma alma para cá
Uma Lagrima intocada por toda essa desgraça!
Não, meus Pais... Precisa haver outro jeito!
Talvez com as suas vozes possa haver outro jeito!
No meio do lodo as flores podem boiar!
Toquem as nossas almas!
Soprem a trompa!
Faça-nos tremer!
Mas precisa ser algo que
Não nos faça esquecer!
Nos queimem de dentro pra fora!
Carbonizando o demônio que habita dentro de nós
Carbonizem-nos!
Ah! Agonizo!
Eu preciso ser esperançoso
Para a lágrima que vem chegando!
Ela ainda não sabe disso tudo!
De toda essa sujeira!
Me façam ser um bom ator senhores!
Preciso saber fingir que tudo
É maravilhoso!
Ou transformem-me em um verdadeiro esperançoso!
Transformem-me em otimista!
O Senhores possuem esse poder!
Façam-me tremer!
Mostrem-me que minha desesperança faz parte da minha burrice!
E que tudo já fazia parte do seus planos,
E que tudo está no entendimento dos Senhores!
Ah como sou pequeno!
Perdoem-me a minha audácia
Em questionar a energia infinita
Do universo.
O mau que habita os blocos grandes e pequenos
ao lado das hastes de ferro
Não é nada perante os seus planos,
um piscar de olhos?
Confio em vós.
Senhores.
Nada na vida é tão concreto quanto a vida e a morte. AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
Socorro, quero minha mãe, um útero quentinho, um colo com leite morno....... quero a parteira que ajudou a me parir. Não dá? Ok, fico com a poltroninha de cimento mesmo, a vida é assim. Eu amei a dita cuja, na sua rigidez pareceu-me confortável.... OS dias estão tão, tão, tão inomináveis..... que, gente, é assim: vou jogar umas almofadas fofas, uma manta colorida e dizer que uma poltrona de concreto é o supra-sumo (se tem hifem ou não? Caramba, o que é um hifem diante da concretude de tudo!) do sonho de consumo. Vou sentar e ficar com a boca escancarada e cheia de dentes esperando a morte chegar.....
De acordo com as minhas realizações, um novo passo se fixa ao solo da experiência, e algo concreto se forma assegurando-me que sempre valeu a pena. Ainda ontem a Dúvida, hoje Certeza de que nada acontece por acaso. Em um Simples olhar, e com uma simples história algo se concretiza com muito significado. Não sei se houve reciprocidade. Talvez seja pouco demais pra quem merece muito, muito mais. Não sei se por fragilidade humana ou efeitos daquilo que não conseguimos explicar, só sei que nos desliga da realidade alguns segundos, e consegue desconcertar e tornar confuso o que antes era o mais Racional. Dizia o Poeta: _ “O verso tem reverso para que possa ser verso, o perto tem distância para que possa ser perto, o de graça tem seu preço para que possa ser de graça, o problema tem que ter uma solução pra que possa ser problema.” Da mesma maneira afirmo: O INESPERADO aconteceu pra que eu pudesse entender que não era INESPERADO. O Futuro me reserva surpresas positivas e negativas, positivas quando conseguem me motivam a escrever e deixam marcado no subconsciente dos meus sentimentos. Negativas quando não tive tempo o suficiente pra demonstrar nem a metade do quanto experiências podem me fazer crescer, o importante é acordar, olhar o Sol, Sentir a Brisa Provinda das árvores e poder dizer, valeu, vale e sempre valerá a pena.
Não há amor que cresça sem convivência. Se houver amor mas o convívio jã não for concreto, um dia ele há de acabar.
O livre e concreto. O nada se mistura com a quieteza do absurdo. O suar do esplendor ao vivente da luz ao seu olhar.
A felicidade adulta é imaginária, é o imaginar, o que vai vir, o que poderá ser concreto, o entrar e sair de vários caminhos para chegar a quaisquer outros que tragam sucesso. E por mais contentes que possamos vir a estar, sempre falta alguma coisa, nunca estamos completos. Sempre falta aquele quê, nos perdemos confiantes que vamos nos encontrar logo mais. E nunca haverá algo mais se já não estiver presente conosco.
Prefiro ficar com esse mundo abstrato das pessoas, mas no dia que eu quiser algo concreto compro um tijolo.
"Corra de mim"
Ouça o som que vem do silêncio do abismo mais profundo e concreto de um coração que simplesmente amou...
Simples e abstrato como os retratos de tal Picasso do qual teve que morrer para ser reconhecido;
Veja a escuridão causada pela solidão e a proeza singela de um sentimento cruel e rústico do fundo de alguém que simplesmente parou.
Dessa vez não, dessa vez não!
Procure e chute qualquer coração, mas deixe-me aqui na solidão.
Abandone-me, largue-me, estrangule-me.
Mas não machuque outro coração.
Imploro...
Não machuque outro coração.
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