
Concha
Lá longe não se sabe onde
A ideia pega salga e sopra
Vem rolando o manto azul
Num vai e vem e alguém
num barco pesca
Passa e deixa
Segue o manto que banha tudo
Sobe e baixa
Cheio de peixes lá no fundo
Olha o tanto que dá pra escutar
Será concha será letra será
O uuuuuh do vento
E o sentimento na areia
Sai no banho não sai não sai a palavra mar
Vem o manto banhado tudo
E o som no último verso a quebrar
Leonardo Mesquita
Um poema
Não tem tamanho
Não ocupa espaço
Porém fica no olhar
Uma folha de papel molhada pode apagar
Ajuda dá opinião
Mexe na emoção
É uma arma carregada de balas intelectuais
Dessas tantas perdidas na poeira das prateleiras...
Já foi o melhor amigo de gerações
É o melhor amigo da educação
Ele alegra o homem com imaginação
Não morde e quando morde
é palavra no contexto exato
Deixando alguém mais esperto
Ele tem o que nele não cabe
É apenas uma chave
Junta as pistas de um fato
É os cisnes dos patos
Pro alfabeto não passa nem perto do patinho feito
Para as letras ele tem o charme
Se é um poema não me fala de algo alheio
Ele é eu no meio...
Leonardo Mesquita
Letras são formiguinhas elas carregam palavras pro poema armazenando uma cena, elas cortam pra atenção pra poesia pra força que tem uma palavra
garregando todo um contexto.
Essas operárias levam o olhar curioso
palavras adentro na imaginação do sujeito num poema profundo desse jeito
todo isso ocorrendo na galáxia da voz atenta e o peso da cena leve leve
tais operárias tiram de letra.
Conseguir palavras pro poema contendo
a imagem de engrenagem e o calor da imaginação gastando inspiração seguindo
tranquilo sabendo que palavras chegam ao destino que quer a linguagem e que o poeta
é alguém que ganha, da linguagem, o mesmo que ganha o apaixonado de carteirinha pela arte de pensar a vida juntando o que não se gasta, mas se memoriza aumentando
o efeito espanto que causa o aquecimento
da criatividade, pelo consumo de ideias saudáveis, da exploração consciente da linguagem palavras voltem às mesas das famílias e a arte volte a ser arte.
Leonardo Mesquita
Letras desequietam palavras atraindo o olhar para algo...
Encontrada como em borboletas
cores, pouso, delicadeza e muito mais
Palavras são pétalas de uma frase
na natureza da linguagem
Letras me inquietam; palavras me atrai
tirando uma pétala da palavra poema
põem inquieta
como é as borboletas — o olhar vai
de frase em frase...
Somando beleza a leitura
palavras dão calor à paisagem
Letras são raios de quem sente
encontrada em três letras
sol inquieta
Em três pétalas tem poesia
a arte de contemplar
Leonardo Mesquita
Rio
Os olhos do leitor são dois barcos remados pela língua na imaginação do autor. Cada palavra lida o impulsiona no vocabulário possibilitando-o a experiências fantásticas (com a profundidade) de duas palavras pegas do dicionário. E molha-las na correnteza da poesia: ao sol da imaginação — faz a alegria brilha no texto gerando emoção. E abordo dos dois barcos o leitor capricha no remo rumo a novos vocábulos frases acima.
O poeta é o craque da caneta
Ele dribla com as palavras o tédio, o mais do mesmo e o vício de linguagem
Ele encontra no peito o que alguém sentia desse jeito...
Domina a palavra descomplicando a interpretação colocando na ponta da língua o sabor da imaginação
O poeta dribla com facilidade frases sem jogo de cintura...
Esse tipo de craque não passa a bola pra amargura porque tem o tempo certo da palavra na situação
Ele tem o coração no outro ele é irmão de ação...
Ele grita EU junto com o próximo... O poeta costuma levantar razão
No campo da vida a gramática é sempre amiga
No papel as letras do poeta vibra
Costura a jogada e CHUTA sem chance pro BRANCO e grita que frase que frase
Junto com a imagem que fica...
No primeiro verso se folheia um dia de sol
No segundo a leitura de um dia de sol
No terceiro o som da folha de papel
No quarto as letras do poema no céu
No quinto a boca que declama
No punho a mente clara do poeta
No dia a dia nas frestas coisas
incríveis como letras
como estás
A palavra e a pessoa
A pessoa acompanhada divide a atenção
A palavra acompanhado soma a imaginação
Sim e sim juntas formam maioria e vão
A palavra e a pessoa chegam
a pessoa fala e a palavra
olha o coração
Fala e olhar se pegam no depois
E o coração tagarela não deixa o lugar
Sim e sim comemoram a votação
Palavras eleitas pra poesia
e nelas o olhar
Pessoas se pondo a pensar
A urna do poema aberta
Sim e sim o mesmo olhar
A palavra precisa sentir
Organizar
A palavra precisa colorir
Desvendar
A palavra precisa de mim
Brindar
A palavra precisa da boca
Falar
A palavra precisa de outra
Completar
A palavra precisa da mente
Olhar
A palavra precisa de gente
Levar
A palavra precisa urgente
Frasear
A palavra precisa da letra
Guardar
A palavra precisa e a caneta
Usar
A palavra precisa e a borboleta
Pousar
A palavra precisa voar
Inquietar
A palavra precisa e a maçaneta
Entrar
A palavra precisa da tinta
Pensar
A palavra precisa do homem
Continuar
A palavra precisa do ouvido
Ser
A palavra precisa da mão
Ageitar
A palavra precisa do som
Entender
A palavra precisa saber
Ceder
A palavra precisa escrever
Você
A palavra precisa da cena
Pausar
No primeiro verso se folheia um dia de sol
No segundo a leitura de um dia de sol
No terceiro o som da folha de papel
No quarto as letras do poema no céu
No quinto a boca que declama
No punho a mente clara do poeta
No dia a dia nas frestas coisas
incríveis como letras
como estás
O poeta é o craque da caneta
Ele dribla com as palavras o tédio, o mais do mesmo e o vício de linguagem
Ele encontra no peito o que alguém sentia desse jeito...
Domina a palavra descomplicando a interpretação colocando na ponta da língua o sabor da imaginação
O poeta dribla com facilidade frases sem jogo de cintura...
Esse tipo de craque não passa a bola pra amargura porque tem o tempo certo da palavra na situação
Ele tem o coração no outro ele é irmão de ação...
Ele grita EU junto com o próximo... O poeta costuma levantar razão
No campo da vida a gramática é sempre amiga
No papel as letras do poeta vibra
Costura a jogada e CHUTA sem chance pro BRANCO e grita que frase que frase
Junto com a imagem que fica...
É preciso plantar o primeiro verso
Regá-lo com a mágica do segundo
Expondo-o ao ritmo do terceiro
Escrever o quarto rompendo o solo
Ao ritmo da mágica que penetra
O solo recebe palavras poéticas
Fortalecendo o tronco que bebe
Do truque de esperar desenvolver
A autoria que do cultivo de pensar
Vai regando de verso a verso
Sabendo o que dizer nessa de plantar
Floresce a conclusão e o perfume
Do estilo pega palavras travesso
Como fruto dessa lida e come
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Letras são formiguinhas elas carregam palavras pro poema armazenando uma cena, elas cortam pra atenção pra poesia pra força que tem uma palavra
garregando todo um contexto.
Essas operárias levam o olhar curioso
palavras adentro na imaginação do sujeito num poema profundo desse jeito
todo isso ocorrendo na galáxia da voz atenta e o peso da cena leve leve
tais operárias tiram de letra.
O poeta é o craque da caneta
Ele dribla com as palavras o tédio, o mais do mesmo e o vício de linguagem
Ele encontra no peito o que alguém sentia desse jeito...
Domina a palavra descomplicando a interpretação colocando na ponta da língua o sabor da imaginação
O poeta dribla com facilidade frases sem jogo de cintura...
Esse tipo de craque não passa a bola pra amargura porque tem o tempo certo da palavra na situação
Ele tem o coração no outro ele é irmão de ação...
Ele grita EU junto com o próximo... O poeta costuma levantar razão
No campo da vida a gramática é sempre amiga
No papel as letras do poeta vibra
Costura a jogada e CHUTA sem chance pro BRANCO e grita que frase que frase
Junto com a imagem que fica...
Mude uma palavra de um poema alheio
Cultivando-a em versos próprio
Ponha-a para tomar olhares
Regue-a compartilhado
Quando olhares neles pousares
Leve pelo açúcar que há
Levará na orelha
Versos
Mude palavras
Cultivando...
Salve a poesia incendiando o pensar
Esse grito queimando
Pede iluminar
Cultivar palavras
Para educar
E não arrancar do
Coração a moral da história
Vai xandão salva a Amazônia
Plant/ e boca é tigela e açaí
(Leonardo Mesquita)
A esquerda vive da caça às palavras
As caça dos mais favorecidos com suborno e dos menos com promessas.
Tá na Bíblia que o coração do tolo não foge das armas da esquerda e assim
o seu coração não pode falar contra
ela. Padres e pastores na mira dessa
caçadora astuta: ai se disserta.
Vai o coração se inclinar para qual
lado se a direita não tá na tv, não tá na família, nem na música mais tocada, na manchete não é encontrada,
não tá no governo, "tá na
igreja que é o lugar dela?". Vai a boca falar o que. Vai falar o que o governo manda pagar ou esperar.
Pelas palavras o homem sonha
Pelas palavras é possível alcançar
Pelas palavras se deixa pra lá
Pelas palavras se chora
Pelas palavras alguém encontra.
Pelas palavras volta-se a sorrir
Pelas palavras lembramos
Pelas palavras não julgo
Pelas palavras vou a tantos lugares
Pelas palavras fui lembrado
Pelas palavras formou opinião
Pelas palavras se pegou na passado
Pelas palavras chegou ao destino
Pelas palavras levou a mais
Pelas palavras não voltou a trás
Pelas palavras pensou bem
Pelas palavras foi necessário
Pelas palavras matou a charada
Pelas palavras entregou tudo
Pelas palavras fossou a barra
Pelas palavras tá bem quisto
Pelas palavras precisa desabafar
Pelas palavras esperava mais
Pelas palavras comprou a ideia
Pelas palavras não vai
Pelas palavras está tranquilo
Pelas palavras prestou atenção
Pelas palavras olhou...
Pelas palavras se ouve o que a boca cala
Nave vai ao espaço
Versos vêm, assim,
De
co
la
mos
Mente
Mente
Mente
De
co
ra
mos