Com o Tempo eu Vou te Amando
Eu nunca fui de desistir fácil.
Na verdade eu insisto e insisto muito quando realmente quero e acredito seja lá o que for.
Dependendo do caso eu insisto, confio, espero, tento entender, dou uma chance, duas, três, dez, procuro, perdoo, quebro a cara quantas vezes for necessário.
Mas isso não é ser besta não. Também não é que eu goste de tortura ou seja indecisa e insegura. Existe um motivo tudo isso.
É que eu gosto de olhar para trás, pras coisas que deixei, e não me sentir presa a nenhuma delas. Ter a certeza de que tudo que havia de ser feito, foi feito e que pra frente é sempre o caminho mais certo.
Eu amo muito,mas para o tempo do coração, por sorte ou não; ainda não existe controle de velocidade. No mais, é só escusa do medo; para continuar mergulhado no letárgico inconscientemente.
Houve um tempo que o relógio parou; tudo parou.
Houve um tempo que a bomba pulsou; pulsou como nunca antes.
Vez por outra, nesse tempo, o ponteiro dos segundos girava em sentido anti-horário como se fosse o ponteiro das horas.
Odiava! Queria execrar o tempo.
Aos poucos, tudo fez sentido. O ponteiro dos segundos começou a acompanhar o movimento do sol.
Não sabia qual energia foi usada neste tempo, neste relógio. De uma coisa eu sabia: me surpreendeu!
Hoje, volto a viver esta energia. Intransponível. Incrível. Vejo-me no tempo. No relógio. Vivo a estação que um dia pensei não viver mais. Reencontro-a. Porém, perco-me.
Onde estarás? Outrora, encontrar-se-ia no relógio, no esguicho de sentimentos pulsionados pela bomba propulsora. Esse tempo, perdeu-se no horizonte com as luzes do sol em um lindo poente. E o nascente está aí para provar que ele pode renascer e trazer a à tona tudo de volta...
Cadê tu? Encontro-te no horizonte, nesta estação, no ponteiro do segundo que novamente começou a funcionar. Está girando em sentido anti-horário. Mais uma vez, só para variar.
Prometo que desta vez será diferente. Sim. Será diferente. Você não só virará poema como também não será só mais uma linda e única estação.
Serei o tempo. O relógio. O ponteiro dos segundos. Simplesmente, serei. A energia que transcendeu. A estação que floresceu. O grito que emudeceu. O sentimento que nunca morreu. Serei eu.
Estar só não é lá uma das coisas mais ruins. É talvez uma oportunidade, uma chance de se amar mais. Isso mesmo, amar a pessoa que você construiu todo esse tempo, amar tudo aquilo que você sabe que tem, e sabe que é.
Eu não tenho mais tempo
Eu não tenho mais
Eu não tenho
Eu não
Eu
Eu?
Sem tempo não há pensamentos
Sem pensamentos não há eu
Afinal, quem sou eu?
Valéria Centenaro ©
Eu paro,
Penso comigo e com o tempo,
Respiro o aroma daquele momento.
Olhos fechados, coração ao vento.
Comece uma jornada para encontrar o seu eu.
Comece a andar.
Até o tempo está procurando sua existência.
@renata.correa.125
Olhei pela minha janela e vi,
Levava os cabelos compridos molhados.
Um andar compassado e rápido, ritmado ao som da música que trazia no walkman pelos seus fones.
Aquela música devia ser com um ritmo alucinante pela forma que os cabelos pendiam de um lado para o outro naquele andar acelerado.
Tem o ar de quem não saber, nos seus jeans rasgados, nas botas de salto.
Não lhe vi o rosto, mas parecia arrogante, no seu andar e jeito de ser.
Parecia que o seu olhar não cruzava com o de ninguém a subir a avenida.
Quase a virar, onde os meus olhos deixariam de a ver, parou. Debrucei-me mais um pouco para ver a que se devia aquela paragem súbita. Uma criança tivera caído.
Subitamente aquela adolescente que parecia desalmada estava de joelhos a passar o seu lenço numa ferida no joelho do asfalto.
Os fones pendiam no seu pescoço e falava a sorrir num tom tranquilizador, assim parecia.
A criança levantou-se e sorriu, ela fez-lhe uma festa pelos seus caracóis.
Seguiram ambos os seus caminhos, a criança continuou a correr com o seu lenço amarrado no joelho, enquanto a sua sombra desaparecia na curva no mesmo passo compassado e ar despreocupado, assim parecia, assim parece.
Abri a janela e vi a distância que trinta anos trouxeram.
Uma imensidade de lenços e de sorrisos no coração que nem todos vêm e que não se faz questão disso.
Num ar despreocupado, de coração cheio, onde ainda teima que o mundo tem espaço para ouvir sua voz.
Levava os cabelos compridos e molhados, ainda os levo até hoje.
Tudo na vida tem seu tempo,
Mas parado muitas vezes perdemos o tempo,
E por dizer nos que não tem mais tempo,
Dormiu no tempo errado e perdeu o tempo,
Buscando acalento a tempos,
Esperando por tempos,
me perdi não tendo mais tempo,
E dormi no acalento que o tempo me trouxe a tempos,
e eu não tinha entendido a importância do tempo,
Só o entendi quando não o tinha mais.
Esqueci como é ser criança,
Problemas...Pesos...Responsabilidades.
Aprendi a encarar essa realidade.
É difícil ser o que me tornei,
Não o "eu" oculto,
Mas o "eu" adulto.
Esquecemos dos sorrisos que dávamos,
O nosso ego nos cegou.
Se quer notamos quem estar ao nosso lado.
Perdemos a inocência,
Movido por desejos carnais e matérias, apenas...
Aos poucos vamos caindo igual Atenas.
O que antes acordávamos
Para brincar com os vizinhos da rua,
Hoje acordamos para servir uma rotina sem vontade nenhuma.
Graças a Deus nós temos memória. Quando a pessoa perde a memória ela perde uma parte de si mesmo. Porque ela está perdendo uma parte da história.
Tempo iniludível,
Vai irrefreável,
Dentro dele,
Está eu,
No compasso sempiterno,
Mortiço e quase apagado,
Sou uma diminuta pausa,
Um perdurável silêncio,
Se eu pudesse voltar no tempo
Eu faria tudo diferente
Se eu pudesse voltar no tempo
Várias coisa que eu me arrependo
Se eu pudesse voltar no tempo
Eu me avisaria da maldade que eu não tinha e hoje eu sei
Se eu pudesse voltar no tempo
Com certeza eu não trombaria com nenhum de vocês
Todas as escolhas que eu fiz, tanta coisa errada que eu fiz
Tanta presepada que eu quis, vivo sendo o meu juiz
Pra quê que eu fui meter meu nariz?
Se eu pudesse eu voltava atrás e mudava tudo que eu sei que não convém
Agora eu finjo que sempre tá tudo bem
Mas nem sempre tá tudo bem
Tem dia que eu não tô bem
Mas no final das contas sempre tem que tá tudo bem
Eu não tenho medo de tempo ruim. Nunca tive medo de trovão, raio e relâmpago. Chuva e vento forte, onda grande, a força da água quebrando na pedra, maré alta, bandeira vermelha, nada disso me intimida. Eu não tenho medo de tempestades.
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