Coleção pessoal de xfbriml

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As revoluções são a locomotiva da história.

A história da sociedade até os nossos dias é a história da luta de classes.

E se temos de falar de coisas sagradas, só o descontentamento que o homem experimenta de si próprio e a sua vontade de melhorar me são sagradas.

A ciência é a inteligência do mundo; a arte, o seu coração.

O talento desenvolve-se no amor que pomos no que fazemos. Talvez até a essência da arte seja o amor pelo que se faz, o amor pelo próprio trabalho.

Quando o trabalho é um prazer, a vida é bela! Mas quando nos é imposto, a vida é uma escravatura.

Do amor para com a mulher, nasceu tudo o que há de mais belo no mundo.

Aquele que luta com monstros deve acautelar-se para não tornar-se também um monstro. Quando se olha muito tempo para um abismo, o abismo olha para você.

O livro é um mestre que fala, mas que não responde.

Onde não há igualdade, a amizade não perdura.

Deve-se temer mais o amor de uma mulher do que o ódio de um homem.

Não existem métodos fáceis para resolver problemas difíceis.

O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete.

Falar muito de si mesmo pode ser um jeito de esconder aquilo que realmente é.

O que não provoca minha morte faz com que eu fique mais forte.

A tradição é a personalidade dos imbecis.

As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras.

JOSÉ

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
Você que é sem nome,
que zomba dos outros,
Você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio, - e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais!
José, e agora?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse,
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja do galope,
você marcha, José!
José, para onde?

A natureza fez o homem feliz e bom, mas a sociedade deprava-o e torna-o miserável.

Uma vida não questionada não merece ser vivida.