Coleção pessoal de wiliam_oliveira

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⁠Chuvas são lágrimas caindo do céu na Terra por nossa falta de amor. É o choro divino desaguando lamento dos olhos do Criador.

⁠- VAI PASSAR!
Foi o que minha esposa disse depois que recolhi as roupas no varal.

⁠Fui na psicóloga para tentar me encontrar. Quando lá cheguei, ninguém sabia onde ela estava. Agora, além de procurar por mim, estou tentando encontrar a psicóloga.

⁠Fica decretado que a partir de hoje será obrigatória a abertura do que esteve fechado nos últimos anos. Assim, todo ser humano deverá abrir as janelas, o sorriso, os braços, o coração e a mente. (wiliam de oliveira)

⁠A pandemia vai muito além da pandemia. Muito mais que uma doença que se alastrou por todos os continentes, ela trouxe à tona, para a superfície, muitas das nossas “doenças” que há tempos vêm contaminando a humanidade. Veio expurgar o que existe de luz e de sombra em cada um de nós. Ela é a nossa “febre” demonstrando que o organismo social está com comorbidades e que embora o oxigênio exista, indistintamente, para todos, milhões de seres estão com dificuldades de respirar, sufocados pela miséria e por injustiças sociais de toda a espécie. Chegou para testar, colocar à prova, todos os nossos valores: a solidariedade, a paciência, a empatia, a esperança, a fé, a honestidade, o respeito, a tolerância, o otimismo, a persistência, a compreensão, a responsabilidade, a sensibilidade, o senso de humor, a resiliência e tantos outros. Por isso, está tão difícil para todos nós, porque nossos princípios são baseados na vaidade, madrinha de tantos equívocos. Assim, é como se uma pessoa fosse habituada a cantar sozinha durante dezenas de anos, a música que ela mesmo escolhia, e, de repente, ter que, compulsoriamente, cantar em um coral, onde a sua voz é apenas mais um naipe junto a tantos outros, além de ser obrigada a entoar canções que não fazem parte do seu repertório. Por isso, está tão destoante o período que vivemos e estamos desafinando tanto. Mas, espera um pouco, a vacina está chegando e ela nos livrará da Covid. Sim, estamos todos torcendo para que isso aconteça o mais rápido possível. Contudo, pode ser que as nossas outras “doenças” continuem a se alastrar e a contaminar todo o nosso corpo social. Dessa maneira, estaremos imunes à Covid, mas, verdadeiramente, permaneceremos doentes. (wiliam de oliveira)

Feliz Ano Velho

Primeiro dia de 2020. Ano Novo. Vida Nova.
Levanto e vejo sobre a mesa da sala, contas de luz, água, boletos diversos. Acho que tenho boleto até do Boletta (casa de vitaminas próxima ao Mercado Municipal ). Me recordo que antigamente existia o carteiro, agora existe o conteiro. Ao preparar um café, deixo a xícara cair e ela se reparte no chão. Ao abaixar para recolher os cacos, minha coluna lembra que ela existe. Em cima da cômoda (que palavrinha mais antiga), remédios me consultam sobre os incômodos do mundo.
Saio para o quintal e vejo cocôs do cachorro que terei que recolher. Fica para mais tarde. Resolvo ir me espreguiçar na rua e um carro passa com o som na maior das alturas tocando aquela música de “sofrência sertaneja” ... (Por que será que o “amor sertanejo” nunca dá certo?)
Em cima da grama, dorme uma garrafa vazia de champagne. O réveillon deixou rastros. Jogue o lixo no lixo. Dou uma olhadinha no whatsapp. Dezenas de vídeos, carinhas, textos...desejando “Feliz Ano Novo”. Agradeço a todos em minha mente, mas sei que não vou ter tempo (talvez paciência) pra responder. Feliz Ano Novo pra todo mundo !!! Toca o celular. Um parente pergunta como foi a passagem de ano e nem bem respondo e ele deita a falar sobre a política atual e pergunta: o que acho? Eu ainda nem achei nada, até porque não estou procurando, e ele despeja os problemas financeiros, econômicos, sociais, psicológicos, morais, sexuais que todos nós brasileiros, segundo previsões astrológicas, meteorológicas e fisiológicas, teremos que enfrentar. Brasil, ame ou deixe-o. Desligo o celular, minha cabeça tá cheia e resolvo esvazia-la refletindo que o mais importante é o verdadeiro amor. “É o amor, que mexe com minha cabeça, me deixando assim”. Ah, essa música sertaneja e suas sofrências! O Ano Novo começou...