Coleção pessoal de WalyssonLima

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⁠Insensato a coração





Toda humanidade exala a falta de insensatez
Ah, humano coração que faltou, e nem se fez
A imensa solidão, não fico gritante e um pouco falante
A humanidade hoje, paga pelos tempos antigos
Por um mal que não faz...

Mas quais, carrega no próprio sangue o pecado e o perdão
Vê se olha nos olhos, e me diz com coragem
E ou será que não....

Vê a lua brilhar, o dia inteiro até acabar
A noite, vê o sol encantar meus poemas cantar
Até o dia nascer em luz novamente, te amar, te amar, te amar
Hoje, troquei o dia à noite só pra mudar o necessário
Que morro-me a lhe observar.

⁠Tênue Amor

Ah, tênue amor...
Se de amor, só eu senti
É amor,
Lhe deu a flor do jardim,
Que colhi pra pra mim
Mas dei a ti.

Voltes, amiga, colega, companheira.
A lida é passageira,
Mas não há de passar assim —
Nem cá, nem em mim.

Vai... jogue tudo ao ar, amor.
Não me esqueça, por favor,
Ao se deitar na cama.

A cama, amor, é colchão,
Quebra o coração
E me faz viver...

Ao Amanhecer




Ah, novamente ao meu quarto escuro,
Mais uma noite em que me culpo
Por não ter um bom coração.

Ah, que sofro eu...
Já se esqueceu
Que meu amor morreu?

Vem aqui em casa,
Abre suas asas,
Pra me acolher.

Ensina-me a compor poesias,
E guia-me nas vias da desilusão.
Vai... seguindo, vem,
Vai mais além que meu coração.

Pode seguir a rua direto,
Mas, não — não vá reto,
Pra não me encontrar.

Podes, menina, cantar para mim
As vanguardas do meu jardim,
Que eu fiz — diz — pra você...
Ao amanhecer.

Tristeza




⁠Ah, se a tristeza me olhaste
E de novo cativaste, sem sequer pediste adeus
Ah, meu amor, os olhos meus
Juro por Deus, que a insensatez deixaste

Quais a rosa que se puseste, e que novamente foste
A encontrar o novo amor que abraçaste...
A rosa clara como és, lindamente contida
Do amor do peito meu, que conquistaste

Ah, meu amor, juro por Deus
Que nenhum momento meu
Há-de novo acontecer como deixaste

Vem, seguindo e eu encerraste
Encenando essa semana
Que de novo me enganaste
Sem sequer pediste adeus

⁠Beira-mar (Poema-canção)






Ah, sofrido beira-mar,
Quem vem sem o eu
Pra amar, se faz o desfaz sem reluz.

Ah, pare de queimar
O meu amor pra me desligar.
Vem do aomirante andar,
Sobre as águas, largar...

Ah, sofrido beira-mar,
Vem de novo me achar,
Pra poder lhe esquecer.

Vai, seguindo aomigrante,
E a lua minguante,
De tanto aguardar...
Você.

Impossível lhe esquecer,
Por mais que tento,
Não dar pra tentar.
Vem, noite brilhante,
Que passou no instante
De cada amor...

Parapararaparaapararararapara
Parapararaparaapararararapara


---

Vem, balançar na minha rede,
Que me mata de sede;
E que é lua minguante,
Dá de ver todo o mundo de cá.

Volta, meu amor, me amar...
Quase todo dia, estou a esperar
Mudes minutos pra mim,
Notas que sou assim,
Pra não ficar.

Amor, ao balançar-me contigo,
Contudo dispostas
A me separar... voltes amiga, colega —
Amiga, poeta, poesia que está no meu coração,
O que falta: a noção do tempo
Que estou sem você...

⁠Se soubesses como és linda
Se soubesses como és linda,
Como é vida, meu amor,
Não andaste, não negaste
Nem faltaste ao meu calor.

Sem você, meu amor,
Minha vida há de ter fim,
Minha linda, minha estrela,
Que de mim se fez um sim.

Produzida, na calçada,
Me esperando na jornada.
Teu pai não permitiu,
Mas teu peito decidiu
Que eu, simples e sem véu,
Não convinha ser teu céu.

Meu amor, se cuida,
Enquanto canto sozinho.
Meu amor, não terá
O que não cabe no caminho.

Cantas, cantas, minha vida,
Minha flor do meu jardim.
Diz agora, canta e vibra,
Diz pra mim que sim.

Como encantas, minhas tantas
Poesias que escrevi,
Imaginando nossas vidas
Juntas... por aí.

⁠Ah, voltou a madrugada
E de novo a estrada
De uma nova canção

Ah, senti saudades
Chorei de fases
Que nem conheci

Ah, Jobim que compôs
O tom que se foi
Mas que sempre vai

Ah, solidão no meu peito
Que se desfaz num defeito
Que se deu por se dar

Ah, meu Deus, por que foi tão
Grosso o laço da solidão
Que em meu coração se desfaz

Ah, se eu soubesse agora
Como tudo lá fora
Brilha claro como o sol

Ah, se a lua estivesse pronta a me dizer
Que o passado...

Ah, sou jovem aprendiz
Poeta que diz
Versos sem amor

Ah, eu falava de amor
E você... só se for

Ah, mas a poesia acaba
E de novo se inicia
Pra tardar meu coração

Voltas antes, como dizia
Todo mal que me fazia
Me diria... com perdão.

Ah, de que se serve a vida?
Se de tudo o que querias era imensa paixão.

⁠Fogueira de São João

Ah, fogueira de São João,
Por que tumultuou meu coração
Com cinzas que partiram…
Vai, seguindo nessa luz,
Todo amor que me conduz
Nesse céu azul sem cor.

Pra quê falar de amor
Nessas noites que não passam,
Nas promessas que se foram?

Ah, que tristeza se eu tivesse
Uma amiga, uma peste,
Pra me fazer amar?

Vem, segue-me avante,
E me mande que cante —
Por favor, não precisa pedir.

Vai, sem mim agora, e olhe lá fora:
Será que a fogueira apagou?

Ah, fogueira de São João,
Por que tumultuou meu coração
Com cinzas que se partiram…
Vai, seguindo nessa luz,
Todo amor que eu compus
Nestes papéis sem cor.
Vai, e vê se não reluz
Cada cor que não seduz
Nesse novo amor...

Fogueira de São João,
Partiu meu coração…
Clareia a lua — que está tão só —
E me devolve o chão.

Carta a um Amigo



⁠Ah, meu amigo, se eu te dissesse
Nessas boas, nessas preces,
O amor que eu perdi…
Ah, que solidão me bate,
Cada vez que passei aos bares,
Sem sequer dizer por quê.

Ah, que tristezas vêm nas rezas,
Nas vertes, nas sentirezas,
Que passaram sem me ver…

Ah, meu amigo, por que choras?
Se hoje não é hora,
Nem o dia pra sofrer.
Vê o dia como é lindo —
O tempo vem sorrindo,
Sem pedir pra reviver.

Ah, chora agora, meu amigo,
Mas vê que estás comigo,
E não com um qualquer.
Ela já não te quer — então conversas comigo —
E afoga-te nos bares,
E nos pares que mandei.

Estou longe, meu amigo,
Queria estar contigo…
Mas agora não poderei.
Viajei, a trabalho,
Pra longe e no atalho —
Mas no fundo, não viajei.

Sente a solidão que sinto,
Analisa com carinho:
Toda vez que compus,
Havia um pouco de mim contigo,
Num abraço, num vizinho,
Ou num pranto que reluz.

Chorei mesmo, meu amigo,
E embora não esteja certo
De uma união enfim,
Ela sempre vem e chama,
Pede cama, pede drama —
Mas eu nego, pois em mim,

Vejo o sol da esperança
Como a fé de uma criança,
Que renasce por te ver.

Ah, chora agora, meu amigo,
Mas lembra: estás comigo,
E não com uma mulher.
Ela já não te quer — esquece —
E afoga-te nos bares,
E nos pares que mandei.

Ah, que composição bonita,
Essa tal é minha vida,
Que despista o meu amor.
Hoje estou longe, meu amigo,
Mas, embora, eu te ligo —
Você não entendeu…

Ah, que bom estar contigo,
Cada canto, cada abrigo,
Cada livro que compus.

⁠"Dê ao mundo uma verdade que lhe convém, e ele fará dela o alicerce de mil mentiras honradas."

Soneto da doce melancolia




⁠Quando, felizmente, ponho minha cabeça em meu colchão,
Hei de lembrar de novo do porquê da minha solidão.
Lembrarei-me de um amor passado,
Que ainda pode ser encontrado no fundo do meu coração.

E quando as versáteis dores vierem dizer:
“Doce o amor e a companhia que não hei de ter...”
Ah, força que me cumprimenta sempre à noite
E volta pela manhã, sempre tão cedo.

E à tarde, à madrugada, sempre acendo
Uma vela pra distanciar pensamentos péssimos.
Pois, a mim mesmo, não entendo
O porquê de certas pessoas darem tiros a esmo.

Mas creio que o sideral é algo fatorial a dois
E que muda sempre que passa do depois.
Pois o que falta em mim, eu não busco sozinho.

⁠Soneto do dia que partes





De repente, o canto que cantaste antes
Encantas, cada vez mais, meu coração
Me sinto, cada vez mais, perdido em relação
Mas voltas sempre que peço que cantes

Fizeste-me de risos, compunhas à conde
Escravavas-me em poesias mortas
Cada vez um pouco mais longe
Vias no espelho, sempre com rosas

Admito-me que as belezas são tristezas inacabadas
E que, ao salientar-te, buscam sempre a mesma
Pois elas não são mesmo as mesmas
E que tal, mudes-me sempre que puderes

Viste-lhe de tantos poemas impressos à mão
Faço-te rainha hoje, do meu imenso coração

Composui agros




⁠Compus a campos de jardim
Dentro da sua falta
Ah, solidão, imensidão
Que sempre me maltrata

Venha a mim, não tenha medo
Mude todo o enredo, ofereça seu amor
E tudo sempre vem
Que o breve dia, de cada estante,
Seja uma pirâmide

Que, com lápis, dá de pintar
Todo e todo instante
Mude a constante dessa solidão
E me obrigue a amar
Veja, cantando, minha composição
E me ensine a falar

Não sei de amor, não sei dizer
O que aconteceu? Veja tudo ao redor
E o que diz a mim? Sou o alicerce que já fui
Mas não sou seu amor

Você me disse:
“Ah, solidão tem que maltratar
Teu coração.” Disse-me que eu ia vagar
Sozinho, condenado à morte
Disse cantando, com todo o ódio
Que eu chorei nos cantos

Mas fiquei rindo, todo sorrindo
Quase chorei o dia todo
Vi e balancei o rodo
Quando caí de cabeça no chão
No chão

Heus Amor

⁠Por que fui não ser eu, como antes?
Por que mudaste tanto, amor?
Me entreguei de corpo e alma
E de brinde ganhei horror

Vê se esquece meu nome
Vê se morre pra mim
Eu já estou tão triste
Não me machuque assim

Veja nos meus olhos
A imensa melancolia
Veja no fundo dos castanhos meus
E mude sua vida

Volte a voltar, mude ao mudar
Ensine a ensinar, e nada mudará
Vem, segue o meu querer
Vieste a me esquecer?
Vieres sempre a andar a rua,
Ao meio-dia, na sua

Nunca olho a lua
Pois me lembro de você
Nunca vejo o seu brilho
Por que não me concedes me esquecer?

⁠Carta para quem for me ceifar



Esta carta sempre ficará aqui.
Não sei bem o que está por vir —
Nem no porvir, nem no abrir do dia.
O tempo não pára, nem mesmo pra tomar água.

Componho sempre que posso, e informo:
Informo à morte que venha, mas fique.
Fique viva, ou viva. Mas não fique.
Peço que aprecie a grande mentira da vida.

Mas não me esconda a verdade crua,
Nem me ofereça curas
Que desperdiçam minha solidão —
Muito menos me venda suas almas.

Junte-se em grupos de ceifadores,
Analisem-me… e, se um dia vier partir,
Que devas me levar junto a ti, peço.
Peco. E talvez — eu nunca nego.

⁠Mostra a cor do amor pra mim
Pois só eu não vi
Pois eu menti
Vai, mostra tudo, enfim
Me admite agora, meu amor

Ah, flor do jardim, floresce sem saber
Até o entardecer do dia
Vem reparar, vem fazer meu peito entender
Que tudo é por causa dela

Vai, mostra minha paz
Que falta no meu peito
Vem logo, dá um jeito
Que todo brasileiro tem

Pelos céus, eu juro, amor
Que toda flor que houver, eu lhe darei
Pelo amor, não deixe ficar sem
Sem amor, por favor

Verdes


Hoje ela me sorri um sorriso,
Me chama de amigo,
E olha pra mim, parecendo um abrigo,
De tanto, de tanto... olhar pra mim.

Vê o sol nascer nos seus olhos verdes,
E quase esquece que já não acende
Aquele amor... que passou por passar.

Flor do jardim, cor de belo, em São Luís eu espero,
Aquele desejo, no breve desespero,
De tanto amar.

Ela é minha gata, minha preferida,
Ela me namora mais do que a minha vida.
Ela é mais do que posso dizer.

À noite, ela vê a lua,
Pois ela é sua,
Porque usa um brinco,
De tanto querer.

Ah, não vá embora...
Ah, espera lá fora...
Ah, não vou agora...
Quero andar, ver as águas jorrar...
Amor...

Coração perdido




⁠Fez morrer de febre o tenebroso e feliz amor.
Fiz-me dar tudo o que podia, pra tentar salvar...
Mas já era tarde, não havia nada além da dor.
Porém, um suspiro de contato fez-me refutar,
O pensamento — e assim, fez de novo andar.

E quando chegas em casa, se nota cansada,
E vai à cama deitar... vem, abraça-me e volta a me amar.
Percebi que você esqueceu o que aconteceu ao se deitar...
E novamente, o amor esqueceu da dor — e fez-se irradiar.

Quando anoiteceu, lembrou-se, ao meu lado,
Que morreu de dor... e que o tratamento era amor.
Esse indivíduo... chama-se meu coração perdido.

Ouço sempre que posso



Se eu ouvir tua voz, despreparado,
Me sinto até atropelado,
De tanto, tanto te amar.

Como pode ser algo tão belo,
Tua voz, doce e singelo,
Me faz querer cantar.

Quero correr pros teus lábios,
Nos teus cachos tão sagrados,
De tanto, tanto esperar.

E se encontrar algum defeito,
No teu corpo, no teu jeito,
Eu juro, vou detalhar.

Como pode haver tanto amor,
Transbordando em teu calor,
Na pele a se revelar.

Tua pele é lisa, é poesia,
Teu corpo me hipnotiza,
Teu andar me faz parar.

Teus olhos, que tanto persigo,
São desejo, são perigo,
De tanto te imaginar.

Você não nega que me ama,
Nem diz que a noite se derrama,
Quando eu começo a sonhar.

Amor, quanto tempo eu te peço,
Só um momento, só um acesso,
Pra te poder lembrar:

Que quanto mais longe eu estiver,
Mais eu só penso em você,
Meu peito só quer guardar...
Eternamente... o teu nome, o teu olhar.

⁠O poder não escolhe homens virtuosos — apenas os delimita, os molda ao seu uso, e os abandona quando se tornam inúteis. E é com esses homens, criados à imagem de sua conveniência, que o poder corrompe os alicerces do Estado e conduz as nações à ruína.