Coleção pessoal de vanessa_melo_estanislau
A maioria das pessoas se agarra — a laços, a rotinas, a “histórias bonitas que já não cabem”.
Eu não. Eu olho pro que sinto, encosto o ouvido na minha própria alma e, se ela disser “já não pulsa”, eu solto. Mesmo tremendo.
Liderança não é cargo, não é crachá. É clareza. É entrega. É presença. Tem gente que ocupa mesa. Eu sou a mesa que se ocupa.
— Eles sempre perguntam… “Por quê?”
— Como se houvesse uma lógica ética por trás daquilo que move o topo. Como se tudo precisasse de justificativa.
— Mas vou te contar um segredo que a maioria não suporta ouvir:
— Porque eu posso.
— E se eu posso, eu faço.
— Não é sobre justiça. Nem sobre necessidade. É sobre potência. Sobre deixar claro que eu não preciso da permissão de ninguém para existir onde ninguém quer que eu exista.
— Eles querem respostas morais, mas o jogo não é moral. O jogo é mental. E quem tem o domínio da narrativa… tem o mundo inteiro ajoelhado pedindo explicações. Enquanto isso, eu avanço.
— Porque o poder real não pede. O poder real ocupa. Silenciosamente. Inegociavelmente.
— E quando eles finalmente entendem, já estão dentro da minha estrutura… jogando pelas minhas regras.
— E você ainda me pergunta… “Por quê?”
— Porque eu sou o sistema. Porra.
O encanto do predador
Caçada final
Na Oceania, o perigo não era só a censura — era a reprogramação do pensamento por meio da linguagem controlada. A novilíngua (Newspeak) não proibia palavras diretamente — ela apagava conceitos inteiros. Se você não tem a palavra, você não pensa. Se você não pensa, você obedece.
E o que acontece nas redes sociais hoje?
Uma regulamentação mal desenhada pode:
Reduzir o discurso crítico à categoria de “discurso de ódio”.
Tornar a ironia, a sátira e a denúncia em “desinformação”.
Apagar nuances, sufocar complexidades, banir ambiguidades — ou seja, matar o pensamento profundo.
A Ministra fala em proteger a honra.
Mas pergunto: e quem protege o direito ao conflito de ideias? Ao incômodo da crítica? À liberdade de nomear o opressor?
“Liberdade é a liberdade de dizer que dois mais dois são quatro.”
(1984, George Orwell)
Quando a honra vira desculpa e a "proteção" se torna censura seletiva, a verdade é o próximo crime. Estão regulamentando a linguagem como quem afia uma lâmina — e chamam isso de justiça. Oceania não chegou: estamos votando nela. A pergunta já não é se vão nos calar, mas quem vai restar para ouvir.
Em 1984, a Oceânia governava com guerra perpétua, manipulação da linguagem e amor forçado ao Grande Irmão.
Hoje, fazem o mesmo — mas com hashtags, algoritmos e tribunais da ‘honra’.
O problema nunca foi Elon Musk.
O problema é alguém tentar abrir as grades da gaiola digital.
A compra do Twitter foi um míssil contra o Ministério da Verdade, e agora, eles querem vingança.