Coleção pessoal de Valter_Martins
"A pior mentira não é a que ela me contou, é a que eu quis acreditar."
— Valter Martins / Santo da Favela
"Às vezes, o amor pelos filhos é a única algema que mantém o pai no cárcere do casamento."
— Valter Martins / Santo da Favela, o Poeta da Rua
"O pior vício não é a bebida ou a droga, é se viciar em quem te destrói."
— Valter Martins / Santo da Favela, o Poeta da Rua
Na cama, ela sussurrava amor; na rua, cuspia veneno me embriagou de promessas e acordei com ressaca de solidão.”
ela fingia amor, eu queimava cigarros pra disfarçar a dor ela fingia amor, eu queimava cigarros pra disfarçar a dor.”
“Entre o amor e a traição, existe um gole de cachaça e uma mentira mal contada.”
— Valter Martins / Santo da Favela
“Do álcool e das drogas que experimentei, amar foi a mais destrutiva.”
— Valter Martins / Santo da Favela Poesia Marginal
“Os bordéis as prostitutas, as esquinas me mostraram que o amor de aluguel é mais sincero que o amor prometido.”
— Valter Martins / Santo da Favela Poeta das Ruas
“A garrafa me entende, o cigarro me acalma, e a solidão me respeita.”
— Valter Martins / Santo da Favela
“Ela me deu um beijo de despedida que até hoje arde como veneno.”
— Valter Martins / Santo da Favela
✍🏽 Poema: “Na Ilusão Desse Poema Transformei Lágrimas em Sangue”
Na ilusão desse poema,
Transformei lágrimas em sangue,
Escrevi com a ponta do peito aberto,
Rasguei promessas,
Engoli silêncios,
E deixei que a dor rimasse por mim.
Cada verso é uma ferida que não cicatriza,
Cada estrofe, um gole amargo de solidão,
Mas mesmo assim escrevo,
Porque se eu não sangrar no papel,
Eu transbordo nas ruas.
— Valter Martins / Santo da Favela
📖 Prefácio do Livro
Eu nunca quis escrever um livro.
Essas páginas surgiram porque eu não tinha mais onde gritar.
Enquanto uns escrevem pra vender sonhos, eu escrevo pra não enlouquecer.
Cada crônica, cada verso, cada frase cuspida aqui, foi arrancada no tapa pela vida.
Não espere encontrar heróis nessas linhas.
Eu não sou um deles.
Sou só mais um filho da favela, que aprendeu cedo que abraços apertados escondem punhais,
e que o amor, quando não mata, vicia.
Esse livro não é pra quem quer se sentir bem.
É pra quem tem coragem de encarar a própria hipocrisia no espelho.
Se você chegou até aqui, bem-vindo ao caos.
Não prometo redenção, mas te garanto que a verdade aqui não tem maquiagem.
Assinado,
Valter Martins / Santo da Favela
“Gosto?”
por Santo da Favela
"Você não gosta de pessoas",
ela disse,
me olhando como quem tenta decifrar um defeito antigo.
"Eu só gosto do que não me prende",
eu disse,
"gosto do calor que não promete,
do toque que não tenta virar destino."
E no silêncio que veio depois,
percebi que ela entendia:
não era falta de amor —
era excesso de cicatriz.
— Valter Martins / Santo da Favela Poesia Marginal o Poeta das Ruas
“Falo do que não vivo”
✍️ Valter Martins / Santo da Favela, o Poeta da Rua
Em meus poemas,
falo de cigarros que nunca acendi,
mas sinto a fumaça deles
entrando na alma.
Falo de bebidas que não bebo,
mas conheço o gosto amargo
de quem tenta afogar o que sente
no fundo de um copo imaginário.
Falo de lágrimas que não caem,
porque já chorei demais por dentro —
lá onde ninguém enxerga,
mas tudo dói.
Falo de amor,
mesmo sem saber amar,
porque o amor é isso:
tentar entender o fogo
sem nunca ter tocado a chama.
Escrevo pra não morrer calado,
pra dar nome ao vazio,
pra fazer das palavras
o abrigo que o mundo me negou.
E talvez seja isso o que me salva —
mentir em versos
pra dizer a mais pura verdade.
“Dinheiro é como sexo —
só vira urgência quando falta.
E quando falta, o mundo encolhe, os sonhos desbotam,
a vida perde o cheiro de amanhã.
Mas quando sobra,
a gente percebe que continua buscando algo
que ele nunca veio entregar:
descanso pra alma.”
Eu grito por dentro,
mas por fora finjo paz.
Carrego pesos que ninguém vê,
cicatrizes que ninguém desfaz.
Eu tento ser forte,
mas algo sempre me puxa pro chão.
É a guerra silenciosa
travada dentro da minha própria mão.
E quando a dor volta,
ela fala mais alto que a razão.
Mas eu sigo — quebrado, sim —
porém vivo,
com a alma sangrando na palma da mão.
— Valter Martins / Santo da Favela
No fim, o amor mente pra não machucar,
o ódio fala a verdade pra ferir,
e a vida…
a vida é só essa rua sem saída
onde cada grão de areia
vira poesia,
cada facada vira verso,
e cada lágrima vira sangue
“Você tem coragem de admitir que gosta da
forma como eu te desestabilizo… ou prefere
fingir que ainda resiste?”
“Eu não prometo amor, prometo intensidade.
O amor você inventa depois para justificar o
que sente por mim.”
