Coleção pessoal de UlissesFormiga

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O tempo é uma das qualidades da matéria

Me ausento dos outros
para ser um pouco mais
presente a mim mesmo
Eu preciso
Para ser preciso

Ser adulto é enrolar um 'plástico' bolha
em volta do adolescente que existe em você.

Não existem sinônimos.
Existem palavras parecidas.
Escritores desinteressados
Ou leitores distraídos.
Não existem gêmeos idênticos
Dias, abraços, beijos ou amores iguais.
Se não notou a diferença,
É porque não passou da superfície.

Confio em muitos,
menos em mim mesmo.
Por que?
Ora, porque me conheço

Muitas vezes a fonte diferencia
a notícia da fofoca,
o pensamento do escremento.

O que você não entende,
É que quanto mais me obriga ao silêncio,
Mais minha voz ganha sentido e razão.

E todos temos nossos limites,
Onde nossas forças não alcançam os princípios
E cedemos, desistimos, nos rendemos.
E as maiores vitórias são aquelas em que ultrapassamos esse limite
superamos nossas forças pra alcançar um objetivo, "O" objetivo.
Aquele em que ninguém mais acreditava, ninguém punha fé.
E esse momento é solitário, como um salto de um trampolim de 15 metros
Só você vai estar lá, só você vai acreditar, só você vai poder fazer
Então...
Faça.

Levantei hoje cedo e, aos poucos, fui me deparando com inúmeras verdades. Acordei minha filha, que imediatamente reclamou que estava com sono (verdade). Fiz a leite pra ela, a troquei, e ouvi dela que preferia ficar comigo, brincar era mais divertido (verdade). Falei que não podia, já que tinha que trabalhar (verdade). Peguei o carro, deixei ela na escola e, logo depois, tive que aturar um velhinho andando na esquerda "na velocidade máxima compatível com o local" - 40 km/h - (verdade). Depois de um breve passeio no comboio consegui fugir dele e, acreditem, por vinte minutos fiquei no trânsito e acabei ultrapassado por ele, ainda na "velocidade máxima compatível com o local" (verdade). Corri, cortei, pulei, voltei, contornei, gritei, e finalmente cheguei no trabalho correndo e... ninguém tinha chegado ainda... sou um tonto (verdade). Então é isso, pra conciliar um monte de verdades individuais, acabamos criando uma grande mentira chamada rotina.

Ninguém!
Na verdade ninguém me conhece
Ninguém sabe de meus planos,
Meus projetos, meus trabalhos, meus ensaios
Ninguém vê meus tombos, entende meus erros
Ninguém compreende meus equívocos ou minhas confusões
Ninguém sabe da minha vida
E por que se apressam a me julgar, supor e pressupor?
Vai entender essa gente, que nos impõe a vida dela
Seus valores, seus princípios, seus planos, suas conclusões
São suas, não minhas
Só aceite, respeite
Não estou te confrontando, te desafiando, te duvidando
Só sou outro, diferente, divergente
E da minha maneira incoerente
Mas minha. Só minha.

Quem era pedra
Virou vidraça
O que era presa
Agora laça
Quem reclamava
Que agora faça

Hoje não caibo em meu corpo
Minha pele amarra meu pescoço
Roubaram minhas palavras
Minha paz saiu a passeio

O perfume das rosas, no mais das vezes,
tenta disfarçar o fedor da traição.

Pseudo intelectuais são, invariavelmente, politicamente corretos

Humildade é a dissimulação do alter ego

Modéstia é a manifestação mais hipócrita do ego

Se você não está pronto pra ouvir umas verdades,
Esteja disposto a ficar feliz quando te contarem mentiras.

O sentido da vida?
Oras, o horário.

Meu sono a deriva nas marolas do dia
Nem o traveseiro como salva vidas

Ou você é burra ou é ingênua, ou os dois, tanto faz
O que você faz sem maldade machuca, sim, os outros
O que você faz sem intenção tem o mesmo efeito
"Ajo sem pensar", "não guardo mágoas",
"foi sem querer", "amanhã eu esqueço",
tudo isso é balela, porque quem bate esquece,
mas não quem apanha.
Não faça cara de santa,
não use essa voz fininha pra se defender.
Olhe para trás e veja o estrago que faz,
Olhe para a frente e veja o abismo que se aproxima.
E não reclame, esse caminho, mesmo "sem querer",
foi você quem escolheu.