Coleção pessoal de tonho_do_hiscon
então o som daquela voz ficou na aurora, imaginando o ressoar e a inebriedade, o peito em colera o aperto na imaginacao do sentir
A rotina, vilã vaidosa da preguiça,
mostra-se altiva enquanto cobra, uma a uma,
as cercas do esforço que erguemos
no terreno do querer.
Vertiginoso ele se apresenta
malha do tempo, que trepida e se estende.
Imbatível chega, feito vento de pressa,
e eu, tolo e sedento, passo.
Não vejo o instante que pulsa,
a pedrinha sutil no caminho da longevidade.
Tropico, desperto, e compreendo:
o eterno não mora no longe,
mas na pedra pequena que insiste em me lembrar
que ainda há chão sob os meus pés.
“Na Honra Vivente”
Firmado, sonoro, inconfundível,
a voz que me habita fala
não em vão, mas em honra vivente.
Sou o ser feito no grito,
varão de verbo e de lida,
moldado em ferro e razão,
nas obrigações que me sustentam.
Cada palavra é testemunha,
cada silêncio, um juramento.
E sigo não por glória,
mas pelo peso sagrado
de manter-me de pé
onde tantos se curvaram.
No embuste dançar labial, anciã a escutar e por vezes sorrir outras chorar, o estampe vestido de notícia.
