Coleção pessoal de tianefroes

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Livros e filmes foram feitos pra viver o que a vida não nos proporciona. E por vezes, quando leio, me conformo com isso.

E as vezes, mas só as vezes, tenho a impressão de que a vida é simples, sutil e até agradável. Um impressão que bem pouco perdura.

Eu: Detalhista, exigente e provida do dom de guardar tudo pra si mesma.

Eu juro, eu queria ser mais legal, mais amigável, menos sem sal, mas velhos hábitos não morrem. Ou morrem?

Pra sair de um labirinto, não basta apenas saber o caminho, precisas também, saber onde estás.

Ninguém sabe porque essa carência de chuva, talvez por sempre precisar-mos nos limpar das coisas que não nos agrada em nós mesmos.

E as vezes, não sei bem se os sonhos foram feitos para serem realizados, já que eles fazem muito mais sentido quando não o são. Um sonho nos dá força pra levantar depois de uma queda, pra continuar depois de uma decepção, o sonho é o alimento da esperança, é o motivo, é o meio e o começo, não necessariamente nessa ordem. O sonho realizado é o fim do ciclo, é quando você se enche de felicidade, agora não mais conjugada no passado ou futuro e então você aproveita tudo que aquele momento pode te proporcionar. Depois, ele se torna chato, repetitivo, e voltamos ao ponto de partida, voltamos ao momento em que tínhamos nossa vida sem cor, pois o que costumava ser colorido, ficou muito conhecido, e as cores, bom, umas escureceram tanto que ficaram negras e outra clarearam tanto que ficaram brancas. O preto e branco voltam, mais uma vez, sem vida, sem alegria, sem sorrisos, mas são neles que os sonhos nascem, o preto e branco é como o solo fértil, é onde a semente brota e os desejos surgem. E por mais que seja difícil acreditar: mesmo quando se tem tudo, ainda assim é possível sonhar, ou melhor, ainda assim é NECESSÁRIO sonhar... Afinal, sempre é. Uma vida sem sonhos, definitivamente, não é uma vida.

Procuro o amor. Dizem que ele se esconde por entre os caminhos da vida. Bem sei que ele foge de mim.

Só vejo e ando por caminhos iguais, que me levam sempre ao mesmo lugar: O começo. Não avisto nenhuma outra passagem que possa ser diferente das que eu já andei. Ainda não tenho asas pra poder voar por cima de tudo e descobrir outros caminhos que são a mim limitados por grandes muros. Será que um dia eu as terei? — Todos, um dia, criam asas, mas nem todas elas conseguem nos levar onde queremos. Uns chegam perto, mas suas asas não suportam e acabam lhes deixando frente ao último muro para o seu grande sonho. Então você para alí e se pergunta se não seria preferível nunca ter saido do ponto de partida a ter ficado as margens do seu maior desejo, e não poder tocá-lo. Alguns, bem sei, nem precisam de asas pra alcançar sonhos. Eles os têm ali, bem no final do seu caminho a pé, e então, tendo conquistado com facilidade, sem ter que esperar suas asas crescerem -sua tão sonhada liberdade-, deixa de ter sonhos, pois já os realizou sem esforço e não precisa voar, então, deixa de viver. O bom de tudo não é alcançar o objetivo, em si, mas sim ver a vista de lá de cima, fazer amigos que te ajudam a voar mais um pouco e lembrar deles todo o tempo, então terás sempre um motivo pra sorrir, mesmo do outro lado do muro.

Eu sou uma garota que chora pelos mesmos motivos que todos um dia choraram ou irão chorar: Amor, descrença, falta de esperança. Mas que tem dentro de si uma enorme vontade de viver, de pular e sorrir em um cenário radiante. Eu sempre tento ser forte, pois é isso que os fracos fazem. Sou, sem dúvidas, uma garota com grandes sonhos, que as vezes são diminuídos por ela mesma, para parecerem menos impossíveis, menos utópicos. Alguém que tem uma esperança que as vezes parece desaparecer, mas que mesmo pequena, continua ali, pulsando como um coração, brilhando como um ínfimo raio de sol no âmago do meu ser. — Inconstante poderia ser meu segundo nome —, e meu maior defeito. Quando estou feliz, logo fico triste e vice e versa, esses sentimentos totalmente opostos nunca perduram por muito tempo, variam constantemente e essa velocidade faz com que, muitas vezes, eu não sinta nada, e o nada, também é triste, o que me leva a ser sempre assim.

(Escrita ao som de You and me - Life House.)

Eu estava pensando, o tempo é um mocinho ou um bandido? Quando estou passando por algo ruim, eu sempre penso: "Isso vai passar. Tudo passa.". Então eu vejo, é, o tempo é algo bom. Mas quando olho as coisas que ele levou, que não voltarão mais, coisas boas! Quando eu olho a beleza de alguém desaparecer por causa do tempo, levando dela o semblante e a graça, eu vejo o bandido que existe por trás desse - muitas vezes - "herói". O tempo é bipolar. Ele faz bem, ele faz mal. Ele leva. Coisas boas e ruins, ele leva tudo! Nada fica, nada é eterno.

Os sonhos são um emaranhado de ilusões que existem apenas para dar vida a essa existência. Então boa noite e até amanhã, pois os sonhos me esperam e junto com ele o sentido -mesmo que ilusório- para tudo isso.

Prefiro digitar a escrever. O movimento da minha mão, ao escrever, não consegue acompanhar a velocidade dos meus pensamentos e idéias. Então, quando escrevo: rabisco, faço traços que significam palavras, pois preciso acompanhar os meus pensamentos para que eles não se percam na irredutível velocidade em que surgem. Quando posso, evito, digito.

Há algo em mim que eu não suporto: Escrevo bem, mas não sou capaz de criar nada sem um papel e um lápis. Não tenho o dom da persuasão por fala, mas bem sei, que a escrita me encanta.

Quando eu uso a minha tristeza para escrever frases, ela se torna menor a cada bela palavra que se forma. Mas ainda assim, não se esvai.

Descrente na vida, nos meus planos, nos meus sonhos, desejos. E sim! Sempre sofro por antecipação. Sofro antes, durante e depois.

Todos esperam por alguém que mudará sua vida. E esse é exatamente o problema: Todos esperam. Esperam por alguém que também espera.

A prática deveria ser tão fácil como a teoria. Seria tudo muito mais simples. Seria muito mais fácil ser feliz. Fácil como escrevê-lo.

Você diz: Como eu fui tola quando criança. Você pensa: Como eu era feliz com minha tolice e inocência.

Nunca mais brinquei com uma massa de modelar. Nem pintei a parede com a marca da minha mão melada de tinta. Nunca mais fui criança.