Coleção pessoal de terreza_lima

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Soneto da Flor e do Adeus*

Minha bela flor, te foste ao céu levada,
Pois o Deus da Palestina assim quis,
Na serenidade te fizeste nuvem dourada,
Talvez na luz que a aurora conduz.

Em um canto rouco, ecoou teu chamado,
Há três dias sonhei tua revelação,
Dizias que eu era teu porto sagrado,
Tua libertação, tua eterna canção.

Mas em teu canto, a verdade se mostrou:
A rede na varanda vazia ficou,
Partiste sem que eu te visse ir além.

Somos passageiros do tempo, é certo,
Nesta viagem tudo finda, deserto,
E eu, alma dorida, fico aqui, sem você.

Tú voaste além das nuvens, ao infinito,
Eu, raiz no chão, guardo o meu lamento,
Querido anjo, viveras em meu coração.


( Memória )

⁠Soneto: A Íris Pura.

Tens a graça no olhar, sinfonia funda,
De um cálice rubro, lírio em esplendor,
Na voz silenciosa e pura, sem rumor,
Qual floresta que o verde abundância inunda.

Da pureza de sua face, que me inunda,
Onde recebo os braços do amor,
Sentimentos que jorram, sem dor,
Qual púrpura lagoa que me aprofunda.

Da Íris finda, sensível como a rosa,
Que na pedra nasceu, forte e divina,
Expressão de beleza tão gloriosa.

Em teu ser, a canção que me acalina,
A perfeição da forma venturosa,
A alma que em meu peito se abarracina.


Ao Coração Do Oceanos, Meu Filho. Deixo-te meus Poemas.

30.06.2025

⁠Oceano da Vida.

A vida é troca, é fluxo, é mar,
mas não se doa o infinito
a quem só sabe contar
gotas no vazio.

Por que mergulhar em águas rasas,
se tua voz é profundeza?
Não te perdas em ondas falsas,
Guarda teu sal na pureza.

Cultiva a terra que te entende,
regando raízes firmes,
Quem te escuta, te compreende,
e não te reduz a murmúrios banais.

Há quem venha com o oceano,
e em teu copo não te afogas,
Esse sim, é irmão,
esse merece tuas delicadezas.



Vilanela: Lírio Frontera.

Lírio Frontera, com suas cores vibrantes,
Leva-me em fluidos aos Alpes, tão leves,
Em leve aroma perfumado, refletindo instantes.

Como almas que em ti pousam, dançantes,
Teus risos, em meu peito, velhas chaves,
Lírio Frontera, com suas cores vibrantes.

Nunca finda meu amor, são só desafiantes,
Teus sorrisos iluminam caminhos breves,
Em leve aroma perfumado, refletindo instantes.

Por entre flores, entre sonhos, viajantes,
Seus sons na brisa trazem desejos leves,
Lírio Frontera, com suas cores vibrantes.

A cada dia, eu me lanço sem instantes,
A vida é um quadro que você escreve,
Em leve aroma perfumado, refletindo instantes.

E se voltas a mim, num abraço, constantes,
A beleza que encontras, em mim não se atreve.
Lírio Frontera, com suas cores vibrantes,
Em leve aroma perfumado, refletindo instantes.

⁠Soneto da Alma


E, por fim, a alma fez-me entender,
Que em cada verso o sopro se fez lei,
Qual brisa mansa que em ti me encontrei,
E o riso meu, constante, a florescer.

Floresceu a tarde, em névoa a entardecer,
Na fria calma, o corpo a desejar
O aquecer terno que se faz do olhar,
No teu abraço que me faz viver.

Entrego o tempo, em melodia e luz,
Ao ritmo calmo que me fez saber,
Que a vida em ti, só em ti, me seduz.

E as tuas mãos, que vêm me aquecer,
São o refúgio, a paz que me conduz,
Num campo eterno de puro bem-querer.



Soneto da Brisa e o Destino

A brisa que murmura,
em seu velado véu,
Traz sons de um passado que o tempo não desfez.
No vasto azul do sonho,
a buscar o teu céu,
Minha alma, em doce anseio, na canção se refaz.

A cada flor que nasce,
no orvalho matinal,
Um verso se revela,
num canto que me traz
A essência mais pura
do amor primordial,
Que em cada gesto aflora
e me inunda de paz.

E o coração, pulsando
na espera que me invade,
Desenha em teu sorriso
um eterno querer.
A solidão se esvai, finda a velha saudade.

Pois em teus olhos vejo
o sentido do ser,
A luz que me ilumina
em toda a adversidade,
O porto que me acolhe
e me faz florescer.




A tarde cai serena, o sol já se despede,
E a sombra longa esvoa sobre o chão que pisei.
Em cada brisa fria que a alma, triste, sente,
Um pensamento aflora que o tempo não desfez.

Meu Primeiro Amor

Meu primeiro amor era como o mar,
Seu abraço, onda a me levar,
Cheio de energia, doce a me envolver,
Com cheiro de maçã, eu queria viver.

⁠Em terras d'alma,
onde a saudade impera,
Nos meus sonhos, idos
alma tua, me revela.

És sol, em dias sem a
luz do luar,
Fulgor que me guia,
no ermo da noite,
Estrela que a senda
desvia.

⁠Minha Casa Abraço Assim!

Um jardim de paz e de cor,
Onde a alma pode repousar
Em cada canto, um poema,
Em cada olhar, um beijo.

A casa dos meus sonhos,
É onde mora o meu desejo.

Soneto da Noite Prateada

No silêncio da noite, a lua emana,
Seu véu de prata sobre a terra em pranto,
Enquanto as sombras , leve se esvai,
E o vento canta um canto leve e santo.

Estrelas tecem luz em teia fina,
Joias que adornam o manto do luar,
E a alma, que de saudade se ilumina,
Busca o abrigo onde possa descansar.

Em cada verso, um segredo suspira,
Sol de um tempo que já não voltou;
A dor se esvai, a paz no peito inspira.

E o coração, enfim, se redime,
Que a noite guarde este amor que não se apaga,
E a luz da lua cure a alma que estraçalha.⁠

⁠Em Terra e Fado: A Canção de Nero


Em tempos idos, sob a égide de Nero,
Quando a lira soava em tom pagão,
Buscas as estrelas, anseio sincero,
Mas o campo recusa astuta oração.

Ouve a vida em suas melodias,
Um varão que os tempos ousam cruzar,
Em genealogias, fadadas agonias,
Na terra estéril que não quis brotar.

Lagedo e pedregulhos, solo ingrato,
Onde a semente em vão se demorou,
Mas quem deixa a raiz, findo o seu fato.

Morre e o legado de paz deixou,
Assim, soa a voz, num fado ancestral,
Que a tudo vence, em tom imortal.

⁠☞ Um Haikai Tanka☜

☞ Me Encanta ☜


sonho com você,
recitas para mim, amor,
poema na voz.
sua fala me envolve,
grande amor que acalma.

.

so.nho com vo.cê,
re.ci.tas pa.ra mim, a.mor,
po.e.ma na voz .
su.a fa.la me en.vol.ve,
gran.de a.mor que a.cal.ma.


Tereza Lima

⁠Tua voz, uma brisa que acaricia a alma,
e o silêncio entre nós, um abraço eterno.

⁠Somos dois caminhantes na melodia do infinito,
meu amor, em ti, o universo se faz poesia.

⁠Amor.

Nos teus olhos, o céu se desenha em tons de luar,
cada olhar, um verso que o tempo não apaga.

⁠Deus, minha fé é meu labor, guia-me pelo vale dos céus, e protejas meu maior amor, meu filho amado.

⁠Um dia meu coração cessará suas batidas,
não vertas lágrimas, não te apagues em luto,
Será apenas o fim de um ciclo, um suspiro,
e eu, enfim, desprendida, voarei no infinito.

Mas, levarei seu olhar, sua doçura,
Seu amor inocente, o meu maior tesouro,
Todo meu infinito, por quem lutei e vivi, pora ti.

Minhas asas rasgarão o céu no silêncio,
libertas, leves, sem amarras ou temores,
Neste instante, serei pássaro, sereno, livre,
e a paz será meu único e eterno fulgor.

A ti, meu tesourinho!

⁠você é brisa,
perfume das flores,
luz que me guia.

⁠Ontem, Hoje e Amanhã.

Ontem, no vulto de um doce olhar,
teu sorriso, um sol a iluminar,
hoje, nas sombras da saudade,
te levo comigo, em cada caminhada..