Coleção pessoal de te_f88

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Tão perdida, tão sozinha ultimamente, parece que vive dando voltas em um único círculo, de tal forma que já nem o reconhece. Mesmo com curvas e rotas permanentemente iguais, se perde porque nem sabe mais onde quer chegar.


Vivemos nos perguntando se existe mesmo algum lugar reservado para nós neste imenso e vazio mundo, um lugar de conforto que suporte pacientemente nosso atraso humano, um lugar que só nossa essência possa preencher por completo.


Mas a verdade é que o mundo não nos deve nada. Sendo assim, não devemos nada a ele também. A única pessoa a quem estaremos em dívida até morrer somos nós mesmos.


Não é meu propósito estar aqui, mesmo assim permaneço. O medo do desconhecido se esconde no anseio de fugir, de cruzar as fronteiras uma única vez. Não há o que se justificar; é normal querermos ir para longe de toda essa bagunça, é necessário descansar os pés depois de uma longa caminhada sem resultado algum.


Mas se sentir que o lugar está tirando de você a sua essência, mesmo que por um segundo. não volte a pôr os pés lá.
Prometa isso a si mesma. Proteja tua alma e mente, porque eles serão seu único lugar de conforto nos momentos turbulentos. Eles suportarão pacientemente seus erros humanos e a ajudarão a corrigi-los.

Odeio sentir.
Não se faz mais como peso, me considerando já morta mentalmente, mas então, por que ainda dói? Então, por que ainda incomoda?
De fato, não consigo fugir da vida e suas surpresas. Que ironia sentir tudo isso novamente despencando sobre mim em forma de culpa, fracasso, perda de tempo. De que me adianta correr e correr, apenas para despertar de mais um sonho.
Quando vou poder ir além?
Como me fazes te amar e te odiar ao mesmo tempo?
Vida, tu me limitas à morte, o maior segredo jamais desvendado e revelado entre todo o ser vivente. No entanto, me proporcionas paixão infinita pelas inúmeras e belíssimas coisas que só tu podes fazer. Como podem as palavras "paixão" e "limite" coexistir, juntas em uma só escrita, e ainda, escrita minha!?
Resumindo: vida.
Odeio limites, mas tu me fazes vê-los pela primeira vez não como ameaças ou desafios, e sim como um lembrete: de que, se ainda falta olhar, talvez até mesmo procurar.
A verdade que minha mente se recusa a ouvir, é que sempre haverá algo que vale a pena viver para ver.