Coleção pessoal de Shalimar

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Domingo chuvoso

Acordo triste
De novo você invadiu meus sonhos.
Seu rosto aparecia`as vezes sorrindo,
outras com a expressão contraída.
Reflexo da nossa história.

Tento mudar meus pensamentos,
desviar a atenção...
Fecho os olhos.

Lá esta você outra vez!
Vou ficar acordada,
Desisti de dormir,
não quero mais te ver.

"Contradição"

Você...

O meu choro mais sofrido,
e meu sorriso mais alegre !

O melhor e o pior em tudo.

Não quero nunca mais te ver,
mas quero envelhecer ao seu lado.

Te odeio,
mas te amo.

Te maltrato,
depois te beijo.

Vai embora para sempre !
Some da minha vida!

Mas volta logo....

"Meus filhos"

Amor que troca de lugar,
Eu cuido deles, e eles de mim.
Erro e acerto.
Não sigo fórmulas
de como ser mãe...

Seus olhares sempre atentos!
Me escondo,
mas eles me acham...
Sabem quem eu sou.

Acho que ensino eles a ser gente.
Eles me mostram que já são!
E ser gente de verdade,
as vezes parte o coração.
Não tem jeito.

Cada um de sua forma ...

Thiago,
Tuas broncas me fazem refletir,
me acho uma boba diante de ti !

Luana,
teu abraço já é tudo que preciso.

Amo vocês.

"Girassol"

Amarelo,
que agita,
que alegra,
que não apaga,
que me lembra você...

Mundo que gira e não para.
Como girou minha cabeça,
na procura do teu sorriso!

Buscando sua loucura,
nos girassóis de Van Gogh,
continuo sem entender...
Como pôde nossa flor morrer?

Sós talvez ficamos nós,
quando paramos de ver o sol
que brilhava só pra gente.

Pode ser que um dia deixemos de nos falar.
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.

Pode ser que um dia o tempo passe.
Mas, se a amizade permanecer,
Um do outro se há-de lembrar.

Pode ser que um dia nos afastemos.
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.

Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.

Pode ser que um dia tudo acabe.
Mas, com a amizade, construiremos tudo novamente,
cada vez de forma diferente.
Sendo único e inesquecível cada momento
que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.

Loucos e Santos

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que normalidade é uma ilusão imbecil e estéril.

No final, não nos lembraremos das palavras dos nossos inimigos, mas do silêncio dos nossos amigos.

Se sou amado,
quanto mais amado
mais correspondo ao amor.

Se sou esquecido,
devo esquecer também,
Pois amor é feito espelho:
tem que ter reflexo.

Saudade é amar um passado que ainda não passou,
É recusar um presente que nos machuca,
É não ver o futuro que nos convida...

Leias as cartas que mandei, os e-mails que você armazenou, os livros que escrevi só para que você olhasse para mim. Eles também não são grande coisa, mas são seus.

Depois de você, todas tinham o mesmo defeito: nenhuma delas era você. Nunca nenhuma delas será você.

Se você estivesse aqui, arrumaria um quarto pra tua mãe, fingiria que gosto dela e ainda acreditaria nos elogios.