Coleção pessoal de Sargentoduarte

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A muralha imponente, de pedra e altivez,
Que o mundo enxergava em sua solidez.
Um sorriso sereno, um olhar a brilhar,
Ninguém via a guerra travada no lugar.
Pois dentro do forte, que a todos guardava,
Havia um silêncio onde nada restava.
Apenas ruínas, o eco de uma dor,
De um mundo que em cacos perdeu sua cor.
Por fora, um rochedo a enfrentar o mar,
Por dentro, a areia que o tempo vai levar.

*Se foram*


Um segredo teu
Que me escapa sem se revelar,
E dentro de mim, só o eco
Das lembranças de um te amar.
A chuva lá fora ainda cai,
E o tempo, sem saber, me diz
Se em tua memória, meu nome
Ainda tem suas raízes.
Os dias, eles se foram,
E eu, perdido, sigo sem teu chão.
Palavras ao vento, um lamento,
Tão longe da tua mão.
Tanto tempo, e a alma ainda
Tenta te esquecer sem conseguir.
Em pedaços, me desfaço
Tentando as respostas, em ti.
Os dias se foram,
A chuva continua a me envolver,
Deixo chover, então...
Enquanto sigo, ainda, sem você.

O Eco do seu Olhar
Eu ainda sinto o gosto daquelas tardes,
o vento no teu cabelo, a risada que vinha sem aviso.
Nossos caminhos se cruzaram por um instante,
mas você seguiu em frente,
e eu fiquei parado no mesmo lugar.
Não era só paixão,
era uma canção que eu ouvia só de olhar pra você.
E eu me entreguei a essa melodia,
com o coração aberto, sem ensaio.
Você era o sol no meu céu,
e eu era só um espectador,
assistindo de longe a sua luz.
Eu era um porto seguro,
e você, uma embarcação que não parava em lugar nenhum.
Hoje, quando me pego distraído,
meu pensamento ainda te busca.
O tempo passou, as estações mudaram,
e a vida seguiu seu curso.
Mas a imagem do seu rosto
ainda é a paisagem mais nítida
na minha memória.
E o que mais me dói não é a falta do seu amor,
mas a certeza de que mesmo com o passar dos anos,
a minha alma ainda está lá, parada,
naquele instante em que o meu amor
e a sua indiferença se encontraram.

Memórias Online
O feed me traz você de volta,
uma foto sua, um post sobre nada.
Não sei se a gente existe ainda
ou se é só um fantasma na tela.
Naquele tempo, eu era um emoji de coração,
você, um visto azul, sem reação.
Eu te mandava mil directs,
você só visualizava, sem contexto.
Lembro de cada detalhe, cada playlist que criamos juntos,
mas só eu cantava a letra.
Você era tipo um filtro do Instagram,
bonita de ver, mas sem profundidade, sem essência.
Hoje, meu celular não vibra mais com seu nome,
minhas notificações estão em paz.
Mas de vez em quando, no meio do nada,
sua memória me dá um lag.
O tempo passou, o Wi-Fi desconectou,
mas o cache do meu coração ainda guarda você.
Ainda lembro do amor que dei de graça,
e da sua falta de megabytes para retribuir.
É, o amor era 5G pra mim,
mas para você, 2G, só uma conexão lenta.
E o pior de tudo é que mesmo em 2050,
se o mundo acabar, eu ainda vou lembrar
do sorriso que você não me deu,
e de todos os "eu te amo"
que eu só mandei para o vácuo.

Sua luz, distante e pura, em meu céu,
Um farol que guia meu silêncio, meu véu.
Não ousarei chegar perto, nem tocar seu chão,
Pois a beleza que admiro não é para minha mão.
Você sorri, e o mundo inteiro se ilumina,
Em meu peito, uma flor que não se inclina.
Sou apenas uma sombra, na esquina da vida,
Amando uma estrela que nunca será atingida.
Eu a vejo passar, e o tempo para,
Seu perfume, a brisa suave que me abraça.
E em cada olhar que não é para mim,
Planto um amor que nunca terá um fim.
Não desejo a posse, não quero ser seu par,
Apenas a sorte de, de longe, poder amar.
Você é a poesia que nunca escreverei,
O sonho bonito que sempre sonharei.

Em meio aos cacos de um amor desfeito,
Meu peito sangra, dor que não tem fim.
O eco do seu nome no meu leito,
Lembra o vazio que restou em mim.
"Eu usei este artifício para ocultar a dor,"
Disse o tolo que um dia te perdeu.
No riso forçado, um falso esplendor,
Enquanto a alma em prantos se dissolveu.
As noites longas, sem o seu calor,
São tela escura onde a saudade pinta.
E em cada lágrima, um grito de pavor,
Pois sem você, a vida não é mais tinta.

⁠Não é mais a febre que nos consome,
aquela urgência dos primeiros dias,
o fogo que ardia sem pedir licença.
Não, o que temos agora é mais profundo,
uma raiz que se espalhou pela terra da alma,
invisível aos olhos apressados,
mas forte, nutrindo a vida que construímos juntos.

É o silêncio cúmplice no fim do dia,
o toque suave que acalma a tempestade interna,
o olhar que reconhece a história escrita em nossas peles.
É saber que a paixão, aquela faísca inicial,
transformou-se em brasa constante,
um calor que não queima, mas aquece,
que ilumina os cantos escuros do medo e da dúvida.

Atravessamos desertos e oceanos,
não ilesos, mas inteiros,
porque nossa mão não soltou a outra.
As marcas do tempo são testemunhas
de um amor que escolheu ficar,
que aprendeu a dançar na chuva
e a encontrar beleza na imperfeição.

Este amor não grita aos quatro ventos,
ele sussurra na calma do cotidiano,
na certeza serena de um porto seguro.
É a força tranquila que nos sustenta,
o fio invisível e inquebrável
que tece nossos dias, um após o outro,
numa tapeçaria de afeto e respeito.
Um amor que respira, que vive,
para além da chama fugaz,
eterno em sua essência duradoura.

"Você não apenas marcou minha vida, você a incendiou. Não foi sua chegada que deixou cicatrizes, mas sim sua partida—abrupta, cruel, definitiva. Você saiu como um vendaval, levando consigo tudo o que eu era, tudo o que eu sonhava, deixando apenas este vazio insuportável onde antes existia amor."

⁠Você partiu sem despedida,
feito vento a mudar de estação.
Deixou em mim terra ferida,
um deserto no coração.

Reaprendi a caminhar sozinho,
sem pegadas para seguir.
Ergui muralhas no caminho,
pra ninguém mais invadir.

⁠O homem à sua frente, mergulhado na música de um passado que não volta, já não é seu pai.
É uma sombra do que foi, alguém que o tempo esculpiu em silêncio e esquecimento.
E você, parado ali, percebe que o tempo não apenas passou — ele levou tudo com ele.

⁠Aqueles que possuem abundância frequentemente expressam insatisfação não por verdadeira carência, mas como um mecanismo psicológico de compensação, reforçando a memória das dificuldades passadas e mantendo uma conexão contínua com a escassez anteriormente vivida. Esse comportamento pode ser entendido como um viés cognitivo no qual a percepção da privação anterior molda a experiência presente, levando a uma constante busca por validação e reconhecimento da superação.

"A vida segue, mas meu amor por você permanece estático. Tento me convencer de que tudo isso foi um sonho, mas as cicatrizes da nossa história são reais. A cada tentativa de seguir em frente, sou puxado de volta para o passado. A felicidade que você encontrou me deixa feliz por você, mas também me faz questionar o meu próprio valor. Será que nunca mais vou conseguir amar alguém como te amei?"

Eu diria que nem tudo passa.

"Em meu coração, um jardim abandonado, onde as flores que um dia floresceram por você, agora murcham sob a sombra da saudade. A cada passo que dou, sinto o eco dos nossos risos, me lembrando de um tempo que parecia eterno. A dor da ausência é um fardo que carrego comigo, um peso que me impede de seguir em frente. Ver você feliz com outro é como assistir ao pôr do sol mais lindo, sabendo que a noite está por vir."
questionar o meu próprio valor. Será que nunca mais vou conseguir amar alguém como te amei?"

⁠Direta intensa

"O tempo passou, mas a dor não. Continuo preso a você, em cada canto da minha alma. A lembrança do seu sorriso ainda me acalma, mas também me tortura. A cada novo dia, a esperança de te ter de volta se renova, mas a realidade me joga de volta à tristeza. Ver você feliz com outro me parte ao meio, mesmo que eu saiba que não tenho o direito de te impedir. A verdade é que nunca te esqueci e nunca vou esquecer. Meu amor por você é uma ferida aberta que nunca cicatriza."

Sempre.

⁠Hoje sonhei com você,
e como sempre, você estava majestosamente linda,
um encanto de sonho, uma visão quase infinda,
teus olhos brilhavam como o mar ao amanhecer,
e eu, sem saber ao certo, queria me perder.

No silêncio do sonho, sentia teu perfume,
a leveza do toque, o calor que resume
um abraço que aquece o corpo e a alma,
e em meio à saudade, eu encontrava calma.

As palavras não ditas dançavam no ar,
como folhas ao vento, livres a pairar.
Teu sorriso era luz que a noite rompia,
e o tempo parava ao som da tua melodia.

E ao despertar, a doce lembrança persiste,
do sonho que é breve, mas na mente persiste.
Hoje sonhei com você, e, ao te rever,
sou grato ao sonho que me trouxe você.

⁠Poema: Adeus e Esperança
Em cada canto, teu reflexo
Em cada canto, teu reflexo a bailar,
Em cada brisa, teu cheiro a me embalar.
Mas a doença, cruel e implacável,
Nos separa, amor, em um adeus inacabável.
Nosso refúgio, onde a felicidade reinou,
Agora ecoa um silêncio profundo e embargado.
Em cada esquina, uma lembrança que nos envolveu,
Em cada beijo, um sonho que se desvaneceu.
Minha amada, em ti encontrei meu porto seguro,
Minha razão de viver, meu eterno tesouro.
Mas a vida, injusta, nos coloca à prova,
E a dor me consome, como um rio em desova.
Que encontres um novo amor, tão puro e intenso,
Que te faça sorrir e te tire da tristeza.
Que a vida te presenteie com uma nova canção,
E que a felicidade te envolva, em cada estação.
Eu te amarei por toda a eternidade,
E em meu coração, teu nome estará gravado.
Que Deus te abençoe e te proteja, minha amada,
E que a vida te traga tudo aquilo que desejas.

⁠Para sempre teu
Em cada amanhecer, teu nome em meu pensar,
Um mantra a ecoar, um amor a florescer.
Com o passar dos dias, a chama só cresce,
Em teu olhar, meu universo, em ti, minha paz.
Nosso amor, um jardim que a cada estação,
Se renova em beleza, em pura emoção.
As raízes se entrelaçam, profundas e fortes,
Um elo indissolúvel, em meio às tempestades e mortes.
Sem ti, a vida seria um livro sem letras,
Um céu sem estrelas, um mar sem certezas.
Em cada batida do meu coração, teu nome,
Um eco eterno, em minha canção.
Juntos, construímos um castelo de sonhos,
Onde a felicidade reside em nossos olhares, em nossos sorrisos.
E mesmo com o tempo, nosso amor se eterniza,
Pois em ti, encontrei a minha metade, a minha vida.

⁠Poema: Corpos estranhos
Em corações que se tocaram, uma ferida cruel,
Onde a esperança floresceu, agora só há dor cruel.
Em versos de amor, um lamento profundo,
Um grito silencioso, um amor que se afogou.
Tentativas em vão, um castelo de areia,
Construído em sonhos, agora desfeito pela maré.
Na friend zone, um corpo estranho a vagar,
Buscando um calor que nunca mais encontrará.
A alma, um barco à deriva, em um mar de solidão,
Afogando-se em memórias, em um coração em decomposição.
A esperança, uma estrela que se apagou no céu,
Deixando apenas a escuridão, a saudade e o cruel.
Mas em meio à dor, a vida segue seu curso,
E a esperança, um fio de luz, ainda pode ressurgir.
A cura, um tempo que lentamente avança,
E a fé, um abrigo onde a alma pode descansar.

Meu amor, quando eu me for,
o mundo seguirá seu curso,
sem notar a falta que farei,
sem sentir o vazio do meu adeus.

As pessoas sorrirão,
alegres em sua indiferença,
enquanto eu, na escuridão,
carregarei a saudade de cada instante.

Mas terei a lembrança,
tão doce e dolorosa,
de que um dia estive ao seu lado,
e nesses breves momentos,
fui feliz, muito feliz...
mesmo sabendo que a felicidade
é apenas uma sombra que se esvai.

⁠Sob o manto das estrelas no céu a brilhar,
Ela pergunta, com doçura no olhar,
"Se desejos fossem reais, o que pedirias?"
E ele, com amor que nunca se desvia,
Responde suave, de coração pleno,
"Meu desejo, querida, é simples e sereno:
Viver ao teu lado, por toda a eternidade,
Porque em teus braços encontrei a felicidade."