Coleção pessoal de saraschneider

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Olhos verdes...
Alma vazia...
Toda alegria
Torna-se tristeza um dia.

Como poderia agradecer
por tudo o que você me fez,
se não tenho como fazer esquecer
as coisas do teu pasado que te atormentam?

Coisas a dizer eu tinha... Mas como muitas lembranças e esperanças, elas se perderam no tempo, do qual foi levado como o vento... Mas sempre existe uma brisa, nem que seja...

Neste dia nada comum
infelizmente escrevo
por motivos imensos
dos quais não me deixam dormir
e nem chorar pacientemente sozinha
a espera da repentina solução para eles.

Tento escrever, mas ela não deixa.
Sempre me ofusca com sua presença.
Solidão maldita!
Saia daqui, e não me persiga!

Nuvens passam
Pensamentos voam
Pôr-do-Sol assassinado
Que sangra pelas mãos
Daqueles que o buscam
Para matar o que os
aflige por dentro...

Sol brilhante,
nuvens escuras.
vento na janela...
Algo me diz que esse dia
Está para melhorar ainda...

Sem querer, me distraio com o vento
brincando com os galhos da árvore
que vejo através da janela,
e ele me diz:
"Vem... brinca comigo! Porque eu não tenho pressa."

E então, nós dois de mãos dadas
fomos passear, pelas terras da longa estrada.
Da qual não tinhamos hora para voltar
e nem com o que nos preocupar.

Mas logo tivemos que retornar,
para a realidade, então enfrentar.
Mas quando aqui chegamos,
descpbro que estava tudo a melhorar,
E que não precisávamos nos preocupar
com aquilo que tinhamos acabado de deixar.
Pois descobrimos que a felicidade
tinha caminhado ao nosso lado
o tempo todo.

Menina da Alma

Nunca pensei que encontraria
uma menina como ela.
Musicista, atleta e amiga...
Até poesia surge dela!

Não existe menina como ela
Se está triste ou alegre,
bagunceira ou quieta.
Ninguém reclama de estar na companhia dela.

Moça bem educada,
E também adotada...
Até nisso, nós parecemos clonadas.

Mas ninguém sabe ainda
Se os clones são verdadeiros,
Ou se a alma é infinita....

Para minha amiga e clone Lívia.

A Mùsica... Com Melody!

A música existe dentro de cada um,
Mesmo não se vendo.
Há pessoas que dizem que não,
Mas mal sabem elas, que ao simplesmente
Ouvir a batida de seu coração,
Estão ouvindo uma Melody muito bem ritmada.
Assim como muitas outras coisa
Simples do dia-a-dia,
A nossa vida é rodeada por música.
As vezes quando estamos sozinhos e tristes.
Conseguimos ouvir a canção da alma.
Já quando estamos no meio de alegres amigos,
Parecemos ouvir uma grande escola de samba.
As vezes ouvimos, ou até cantamos
Canções melancólicas, românticas ou alegres,
Enquanto tomamos banho.
E outras vezes acabamos até dançando no meio da rua
Ao ouvirmos uma Melody contagiante,
Que nos faz sentior alegria e vontade de dançar.
Nossa vida é cheia de Melody,
Até mesmo quando achamos que ela está longe.
Mas são nesses momentos em que,
Bem, bem no fundinho ouvimos uma voz cantando:
Melody, Melody, Melody...
E então nos alegramos,
Pois sabemos que sempre haverá uma
Melody dentro de nós!

Para minha antiga amiga Melody.

Soneto de Algum Lugar

Pôr-do-Sol se aproxima,
E mais uma noite não tarda a chegar.
Uma brisa gelada entra pela janela
Para meus pensamentos levar.

Levar para um lugar
Onde todos nós podemos ir.
Com uma ajudinha da imaginação
Então vamos partir.

Partir para um lugar
Onde todos podemos sonhar,
E então esses sonhos realizar.

Então vamos sem demora,
Que o trem da felicidade
Nos espera na aurora.

Espelho Poético

Como posso me achar,
Se não estou perdida?
...
Como pude me enganar
Com uma mentira?
...
Achei que era simples viver.
Mas hoje percebi,
Que não basta apenas seguir.
É preciso sentir.

Achei que seria feliz
Se simplesmente entendesse
O que o mundo me diz.

Mas agora percebi,
Que o que mais importa
É o que existe em mim.

Existe uma coisa
Que nunca pensei encontrar.
Existe uma poesia em mim,
Da qual nunca tinha
Se quer, tentado imaginar.

Hoje vivo um pouco mais consciente
Com essa perspectiva que me diz:
Siga em frente, nesse caminho,
Que o espelho só quer te ver feliz.

Soneto Reluzente

Noite clara, em céu adornado de estrelas
A lua cheia, brilha em sua presença
Clareando meu caminho inseguro
Com um abraço breve no escuro.

Com uma luz que insiste em acordar
Uma esperança dentro de mim
De que nunca conheci,
Ou até mesmo ouvi falar.

Agora vejo em seus olhos,
Uma direção
Da qual poderá me guiar

E uma luz dentro de mim teima em se acender,
Mesmo sabendo que na escuridão
Poderá se apagar.

Verdes muros infinitos
Dos quais não se vergam ao chão.
A felicidade ali se depara
Com uma imensa escuridão.

Essa escuridão que com velocidade,
Insiste em aumentar.
Por isso me fecho,
E saio de mim...
Para que na luz, não possa me alcançar.

É como se o meu coração
Estivesse adormecido na escuridão...
Nele piscam feixes de luz,
Dos quais não me libertarão.

Curar minhas dores...
Eliminar minhas tristezas...
Vim apenas reencontrar a luz
Que em meus olhos ofusca,
Mas ainda não me conduz...

Se meus olhos mostrassem a minha alma, todos, ao me verem sorrir, chorariam comigo.

Sou companhia, mas posso ser solidão. Tranquilidade e inconstância, pedra e coração. Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, sarcasmo, preguiça e sono. Música alta e silêncio…

Transparências

Eu sou lúcida na minha loucura, permanente na minha inconstância, irrequieta na minha comodidade. Pinto a realidade com alguns sonhos, enxerto sonhos em cenas reais. Choro lágrimas de rir e quando choro pra valer não derramo uma lágrima.

Amo mais do que posso e, por medo, sempre menos do que sou capaz. Busco pelo prazer da paisagem e raramente pela alegre frustração da chegada. Quando me entrego, me atiro e quando recuo não volto. Mas não me leve a sério, sei que nada é definitivo. Nem eu ou o que penso que eu sou. Nem nós ou que a gente pensa que tem.

Prefiro as noites porque me nutrem na insônia, embora os dias me iluminem quando nasce o sol. Trabalho sem salário e não entendo de economizar. Nem energia. Me esbanjo até quando não devo e, vezes sem conta, devo mais do que ganho.

Não acredito em duendes, bruxas, fadas ou feitiços. Nem vou à missa. Mas faço simpatias, rezo pra algum anjo de plantão e mascaro minha fé no deus do otimismo. Quando é impossível, debocho. Quando é permitido, duvido.

Não bebo porque só me aceito sóbria, fumo pra enganar a ansiedade e não aposto em jogo de cartas marcadas. Não tomo café da manhã, não almoço, vivo de dieta e penso mais do que falo. E falo muito, geralmente no jantar. Nem sempre o que você quer saber. Eu sei.

Gosto de cara lavada – exceto por um traço preto no olhar – pés descalços, nutro uma estranha paixão por camisetas velhas e sinto falta de uma tattoo no lado esquerdo das costas. Mas há uma mulher em algum lugar em mim que usa caros perfumes, sedas importadas e brilho no olhar, quando se traveste em sedução.

Se você perceber qualquer tipo de constrangimento, não repare, eu não tenho pudores mas, não raro, sofro de timidez. E note bem: não sou agressiva, mas defensiva. Impaciente onde você vê ousadia. Falta de coragem onde você pensa que é sensatez.

Mas mesmo assim, sempre pinta um momento qualquer em que eu esqueço todos os conselhos e sigo por caminhos escuros. Estranhos desertos. E, ignorando todas as regras, todas as armadilhas dessa vida urbana, dessa violência cotidiana, se você me assalta, eu reajo.

A loucura é o sonho de uma única pessoa. A razão, é sem dúvida, a loucura de todos.

A pior das loucuras é, sem dúvida, pretender ser sensato num mundo de doidos.

Não faça perguntas e não te direi mentiras.