Coleção pessoal de salomao_sousa_1

Encontrados 14 pensamentos na coleção de salomao_sousa_1

⁠eu que não arranjei flores
tipo assim os jardins da Babilônia

⁠quem tem um rego
terá de ter água
dar-te a água
e chávenas de prata

⁠O sol irá desistir da suspensão no horizonte?
O cachorrinho que festejou
a entrada do guerreiro
não poderá rosnar eternamente.
Em que momento apodrecerão
os alimentos postos sobre a mesa?
Há sempre outro questionamento
no imaginário de quem lê,
de quem atua, não desiste da batalha.

⁠Escrevemos e lemos para organizar novos arranjos para as palavras, onde surgem novos significados, novas propostas de relações sociais, onde os indivíduos, as comunidade e as nacionalidades passam a se conhecer, a se respeitar e a enriquecer. A leitura é um gesto solitário, mas acumula no indivíduo a compreensão dos espaços que deseja ocupar. A manifestação de argumentos agregadores estimula a concórdia e a sobrevivência da liberdade.

Se não me permito ser amadp,
s⁠erei um ser estéril, espiga abandonada no monturo,
que vai apodrecer sem ser servida num banquete.
O que se deixa ser amado,
doura-se com conhecimento,
destreza, humor e habilidades.
Amanhece com ousadia, alegria e coragem
para criar riqueza e ordem.

⁠A ruindade é a janela aberta para as moscas.

⁠Não desista jamais de se manter uma pessoa racional. O autoritário quer convencê-lo a ser mais um partidário de um líder e não de um governo que trabalhe para todos, pelos interesses comuns da sociedade. A racionalidade intimida a estupidez, pois desconstrói a mentira. Ainda que o autoritário o agrida, não desista. O autoritário, na falta de argumentos, vitupera, desespera, mostra os caninos.

⁠Ser livre significa estar junto na tomada de decisões e no usufruto dos direitos. Se não estamos juntos, não somos mais livres, mas objetos aprisionados na própria depressão. Ser livre é poder realizar junto, mas estamos abrindo mão da liberdade, passando a ser vítimas, pois entregamos ao poder, sem discussão, a capacidade de decidir nossos destinos, e acabamos sem direitos. O poder passa a gerar benefícios só para os dirigentes e para os donos do capital que os mantém.

⁠Pensar sempre em arranjos de beleza, em arranjos que impeçam a violência, em arranjos que não sejam só arroubos de dinheiro. Ajudar a desmontar a roda da subserviência. Se tiver de gritar, gritar não porque tem riqueza ou poder, mas porque tem oferta de harmonia, gritar porque deseja contribuir com verdades que ajudam o mundo a ser duradouro e possamos conviver felizes com nossas divergências e diferenças.

⁠A cada dia, descubra com novas informações, que aquilo que se aprende tem novas camadas a serem agregadas para ser uma verdade responsável, que vai contribuir para uma comunidade melhor, um país onde impere a harmonia e o orgulho de a ele pertencer. Uma verdade não é definitiva. É o processo de conhecimento que vai tornando a verdade capaz de contribuir para que o homem viva melhor no mundo.

⁠A índole que se manifesta pelo xingamento e pela ameaça mantém intrínsecas características com o autoritarismo (fascismo), com ele se confundindo e mantendo identidade. Os pais geram os futuros homens brutos ao emprestarem seus filhos para exposição nos braços da figura autoritária. Com essa aprendizagem, o brasileiro xinga o cachorro, o retrovisor que não funciona, a porta emperrada, a vaca geniosa. Xinga no trânsito, xinga o vizinho e o morador de rua. Se não encontra um palavrão, chuta a porta emperrada. O chute ou o murro são extensões dos palavrões. Como não encontra formas de diálogo, busca a arma escondida e prega fogo no oponente. O repertório de palavrões, com essa prática, se tornou incomensurável e cresce a cada dia. E são tantas as palavras carinhosas que podem substituí-las. Poderíamos usá-las com mais frequência para que as crianças possam ser formadas com mansidão e sejam bons cidadãos, pois os futuros políticos precisam negociar de forma harmoniosa para que os resultados da administração sejam de enriquecimento da nacionalidade. As palavras afetuosas amainam a raiva, o furor e o ódio, abrem caminhos para extirpar a violência.

Se somos todos idênticos nos desejos, as mãos não podem sair sujas de sangue do abraço.

⁠Se omito as minhas argumentações, outras vozes irão impor suas vontades de poder. A pluralidade de vozes cria a harmonia, desde que a civilidade e razoabilidade não sejam ofendidas. Em outros países, em outras cidades, em outras casas, as pessoas são idênticas a nós.

⁠Não atrapalhe a alegria!