Coleção pessoal de sacurahy
“O espírito do homem é como um rio que procura o mar. Represem-no e aumentarão a sua força. Não responsabilizem o homem pelas suas explosões devastadoras! Condenem antes a força da vida! O espírito que nos anima pode assumir as mais diversas formas: tornar-nos semelhantes a anjos, a demônios ou a bestas. A cada um a sua escolha. Nada barra o caminho ao homem para além das fantasmagorias dos seus medos. O mundo é a nossa casa, mas teremos ainda que a ocupar; a mulher que amamos está à nossa espera, mas não sabemos onde encontrá-la; o atalho que buscamos está sob os nossos pés, mas não o reconhecemos. Quer sejamos deste mundo por muito ou pouco tempo, os poderes por explorar são ilimitados.”
(O Mundo do sexo)
No fundo de cada coração congelado, há uma ou duas gotas de amor... Apenas o bastante para alimentar os pássaros
As viagens mais incríveis fazem-se às vezes sem se sair do mesmo lugar. No espaço de alguns minutos, certos indivíduos vivem aquilo que um mortal comum levaria toda a sua vida a viver.
Isso é uma verdade incontestável, pois tanto Henry Miller quanto Rimbaud foram dois seres incompreendidos no seu tempo e desprezados por a sociedade, mas acabaram por tornarem se imortais por aqueles que em vida nunca os compreenderam. A vida de artista é mesmo assim, nem as próprias mães chegam a entender seus próprios filhos, quanto mais à própria sociedade. Vivemos como na corda bamba e tudo o que dizemos parece absurdo. As nossas palavras ou jeito de vivermos nunca se encaixa com os padrões desta ou daquela sociedade.
"Bom, para começo de conversa", comecei, ainda lhe apresentando um sorriso ameno e tranqüilizador, "você é um canalha e sabe disso. Tem medo de alguma coisa, ainda não sei do quê, mas vamos chegar lá. Comigo, você faz de conta que é simplório, um joão-ninguém, mas de si para si tem-se na conta de muito esperto, de importante, de durão. Não tem medo de coisa alguma, não é mesmo? Tudo conversa fiada, e você sabe muito bem. Vive cheio de medo. Diz que agüenta. Agüenta o quê? Um murro no queixo? Claro que agüenta, com uma cara de concreto feito a sua. Mas será que agüenta a verdade?".
O homem que confessa os seus pecados, os seus crimes ou os seus erros nunca é o mesmo que os cometeu.
Tudo aquilo que não podemos incluir dentro da moldura estreita de nossa compreensão, nós rejeitamos.
Um gênio à procura de emprego: eis aí uma das visões mais tristes deste mundo. Não se encaixa em lugar nenhum, ninguém o quer. É desajustado, diz o mundo.
Trame, planeje, calcule, postule, o quanto quiser. Sempre existirão surpresas à sua frente. Conte com isso!