Coleção pessoal de roma_benassi
Quais foram as últimas palavras ditas por Jesus Cristo, antes de subir ao céu
De acordo com os relatos bíblicos do Novo Testamento, as últimas palavras de Jesus antes de sua ascensão variam ligeiramente dependendo do Evangelho ou do livro consultado (Lucas ou Atos dos Apóstolos).
Aqui estão as passagens principais:
1. Atos dos Apóstolos (O relato mais detalhado)
Em Atos 1:8, Jesus define a missão final dos seus discípulos antes de ser elevado aos céus:
"Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra."
2. Evangelho de Lucas
No encerramento do Evangelho de Lucas (24:48-49), Jesus reforça a promessa do Espírito Santo:
"Vós sois testemunhas destas coisas. Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder."
(Logo após dizer isso, o texto narra que Ele os levou até Betânia e, enquanto os abençoava, foi elevado ao céu).
3. Evangelho de Mateus (A Grande Comissão)
Embora Mateus não descreva o momento físico da subida ao céu como Lucas, ele termina com as palavras finais de Jesus aos discípulos no monte na Galileia:
"Portanto, ide, ensinai todas as nações... ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos."
Essas últimas palavras focam em três pontos centrais:
* Capacitação: A promessa da vinda do Espírito Santo.
* Missão: A ordem de espalhar a mensagem por todo o mundo.
* Presença: A garantia de que, embora fisicamente ausente, Ele estaria espiritualmente com os seguidores.
Embora todos os relatos concordem que Jesus deixou instruções finais e retornou ao Pai, os autores do Novo Testamento enfatizam detalhes diferentes dependendo do público para o qual escreveram.
Aqui está o detalhamento das diferenças e focos de cada relato:
1. Lucas vs. Atos (O mesmo autor, dois focos)
Curiosamente, os dois relatos mais detalhados sobre a Ascensão foram escritos pela mesma pessoa (Lucas), mas em momentos diferentes da sua narrativa:
No Evangelho de Lucas: A ênfase é litúrgica e sacerdotal. Jesus é descrito abençoando os discípulos com as mãos erguidas (como um sacerdote). A Ascensão acontece no mesmo dia da Ressurreição, partindo de Betânia.
Em Atos dos Apóstolos: A ênfase é histórica e missionária. Aqui, Lucas esclarece que Jesus passou 40 dias com os discípulos antes de subir. O local é especificado como o Monte das Oliveiras. O foco está no "ide" e na espera pelo Espírito Santo.
2. Marcos (O resumo teológico)
O final do Evangelho de Marcos (16:19) é muito direto e foca na entronização:
"Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à direita de Deus."
Diferente de Lucas, Marcos não se preocupa tanto com o "como" aconteceu, mas sim com o "onde" Jesus foi parar: no lugar de autoridade máxima (à direita de Deus).
3. Mateus e João (A ausência do evento físico)
Um detalhe que surpreende muitos leitores é que dois dos quatro Evangelhos não narram o momento da subida física de Jesus aos céus:
Mateus: Termina no topo de uma montanha na Galileia com a "Grande Comissão". O foco de Mateus é a presença contínua de Jesus ("Estou convosco todos os dias"). Para Mateus, a autoridade de Jesus na Terra é o ponto final.
João: Termina com uma conversa íntima entre Jesus e Pedro à beira-mar e uma nota sobre a autoria do livro. João foca na vida eterna e no relacionamento pessoal, deixando a Ascensão como algo implícito que Ele já havia mencionado durante a Ceia.
O relato de Atos menciona que, após Jesus subir, dois anjos apareceram para os discípulos "parados olhando para o céu" e disseram que Ele voltaria da mesma forma que subiu.
A diferença entre o Humilde, o Arrogante e o Hipócrita.
O humilde caminha em silêncio interior. Ele sabe quem é, mas não precisa anunciar. Reconhece seus dons sem se apegar a eles e reconhece suas limitações sem se envergonhar. Sua força nasce da consciência de que tudo o que possui conhecimento, virtude, conquistas é empréstimo da vida. Por isso, aprende com todos, escuta com atenção e cresce sem esmagar ninguém. A humildade não é diminuição de si, mas justa medida do próprio lugar no mundo.
O arrogante, ao contrário, precisa ser visto. Ele se apoia na comparação constante, pois só se sente alguém quando se coloca acima do outro. Seu discurso é alto, mas sua escuta é rasa. Por trás da postura inflada, há quase sempre um medo profundo: o de ser comum, o de ser questionado, o de ser desmascarado. A arrogância é uma armadura pesada, forjada para esconder inseguranças que não querem ser tocadas.
Já o hipócrita é mais sutil e, por isso, mais perigoso. Ele não se coloca necessariamente acima, nem abaixo ele se disfarça. Usa máscaras morais, espirituais ou intelectuais conforme a conveniência. Diz o que não vive, ensina o que não pratica e cobra do outro o que não exige de si. O hipócrita não busca a verdade, mas a aparência da verdade. Seu maior engano é acreditar que pode enganar a própria consciência indefinidamente.
O humilde transforma; o arrogante afasta; o hipócrita confunde.
O humilde ilumina sem ferir os olhos; o arrogante cega; o hipócrita cria sombras.
Enquanto o humilde se corrige, o arrogante se justifica e o hipócrita se esconde.
No fim, a vida revela a todos. O humilde é reconhecido pelo fruto de suas ações. O arrogante é confrontado pelas próprias quedas. E o hipócrita é desmascarado pelo tempo, que não respeita máscaras.
A verdadeira grandeza não está em parecer, nem em dominar, mas em ser com verdade, coerência e coração desperto.
"Quando você puder fechar os olhos e, através da medicação, expandir sua consciência até sentir o universo inteiro como seu próprio corpo, então, Cristo terá nascido em seu interior."
O texto aponta para uma experiência que ultrapassa crenças formais e alcança o núcleo da consciência humana. “Fechar os olhos” simboliza o abandono das formas habituais de percepção, nas quais o mundo é visto como algo externo, fragmentado e separado do eu. É um gesto filosófico de recolhimento, onde a verdade deixa de ser buscada fora e passa a ser reconhecida no interior do próprio ser.
A “meditação” surge como um caminho de dissolução das fronteiras ilusórias do ego. Ao aquietar a mente, o indivíduo percebe que a identidade pessoal não é um ponto fixo, mas um campo aberto de presença. Nesse estado, o universo deixa de ser um objeto observado e passa a ser vivido como continuidade do próprio existir. O corpo já não termina na pele; ele se estende no espaço, no tempo e na vida que pulsa em tudo.
Sentir o universo como o próprio corpo é uma ruptura com a lógica da separação. Onde antes havia um “eu” isolado, surge uma consciência que reconhece a interdependência de todas as coisas. Essa percepção transforma o modo de existir: o outro não é mais um estranho, a natureza não é um recurso, e o sofrimento alheio não é algo distante. Tudo participa de uma mesma realidade viva.
O nascimento de Cristo, nesse contexto, não se refere a um evento histórico, mas ao despertar do princípio da unidade, do amor consciente e da inteligência espiritual no interior do ser humano. Cristo representa a consciência que reconhece a presença do divino em tudo o que existe e age a partir dessa percepção. É o logos encarnado na experiência interior, não como crença, mas como estado de ser.
Quando essa consciência desperta, a vida cotidiana se torna o verdadeiro campo espiritual. Cada gesto carrega sentido, cada escolha revela alinhamento ou afastamento dessa unidade percebida. A transformação não é externa nem espetacular; ela acontece no modo como se olha, se pensa e se vive.
Assim, o texto convida a uma revolução silenciosa: a passagem da fragmentação para a totalidade, do medo para a comunhão, da ignorância de si para o reconhecimento de que o infinito não está distante, mas se revela no mais íntimo da consciência desperta.
Minha solidão não tem nada haver com presença ou ausência de pessoas. Detesto quem me rouba a solidão sem, em troca, oferecer verdadeira companhia.
Texto de Friedrich Nietzsche
A solidão, no pensamento que atravessa essa frase, não é carência, mas território interior. Ela não nasce da ausência de pessoas, e sim da ausência de sentido. Estar só, nesse horizonte, é estar em contato consigo mesmo; estar acompanhado, sem verdadeira presença, pode ser uma forma mais profunda de abandono. Nietzsche aponta para uma solidão qualitativa, não quantitativa.
Quando ele afirma que detesta quem lhe rouba a solidão, revela que a solidão é um bem precioso, quase sagrado. Trata-se do espaço onde o indivíduo pensa sem concessões, cria sem aplausos e se confronta com suas próprias alturas e abismos. Roubar a solidão é invadir esse espaço com superficialidade, ruído e expectativas vazias. É ocupar o tempo e o corpo sem tocar a alma.
A “verdadeira companhia” não se mede pela proximidade física nem pela frequência da convivência, mas pela capacidade de presença real. É aquela que não distrai do essencial, mas aprofunda; que não exige máscaras, mas permite silêncio; que não dilui a individualidade, mas a respeita. Poucos são capazes dessa companhia, porque ela exige maturidade interior e coragem de permanecer diante do outro sem se esconder.
Nesse sentido, a solidão nietzschiana não é isolamento social, mas fidelidade a si mesmo. É a condição necessária para o surgimento do pensamento autêntico e da vida criadora. O espírito que busca elevar-se precisa, em certos momentos, afastar-se da multidão não por desprezo, mas por necessidade de escuta interior. Quem não suporta a própria solidão dificilmente suportará a profundidade do outro.
A crítica de Nietzsche, portanto, não é contra as pessoas, mas contra as relações vazias. Ele denuncia a convivência que preenche o espaço, mas esvazia o sentido; que fala muito, mas não comunica; que ocupa, mas não acompanha. Essas presenças são mais solitárias do que o silêncio.
Por fim, o texto nos convida a rever nossa relação com o estar só e com o estar junto. Talvez a verdadeira questão não seja evitar a solidão, mas aprender a habitá-la. E, a partir dela, escolher companhias que não nos afastem de nós mesmos, mas que caminhem ao nosso lado sem nos roubar o que temos de mais íntimo: a integridade do nosso ser.
A afirmação de que a vida não é uma sucessão de acasos, mas uma construção deliberada, nos convida a enfrentar uma das questões centrais da filosofia:atensão entre o destino e a autonomia.
Ao dizer que a vida é construída, abandonamos a postura de espectadores passivos da nossa própria existência. Sob a ótica doExistencialismo, como proposto por Jean-Paul Sartre, "a existência precede a essência". Isso significa que não nascemos com um roteiro pronto; somos o resultado das nossas escolhas. Cada atitude plantada hoje é um tijolo na fundação do nosso "eu" de amanhã. Não somos o que as circunstâncias fazem de nós, mas o que fazemos com o que as circunstâncias nos oferecem.
A metáfora do plantio remete àLei da Causalidade. No campo da ética, isso significa que nossas ações não desaparecem no passado; elas se transformam em ambiente. Se plantamos agressividade, o mundo ao nosso redor torna-se hostil. Se plantamos "luz" aqui entendida como consciência, empatia e integridade, estamos, na verdade, moldando a percepção que teremos da realidade futura. A "consequência" não é um castigo ou prêmio externo, mas o desdobramento natural da semente que escolhemos cultivar.
"Plante luz, pois é essa mesma que vai iluminar seu caminho." Esta frase encerra uma sabedoria profunda:nós só enxergamos no mundo aquilo que carregamos dentro de nós.Se a nossa atitude é de obscuridade (egoísmo, ressentimento, ignorância), caminharemos no escuro, tropeçando em obstáculos que nós mesmos criamos.
Ao optar por atitudes luminosas, não estamos mudando apenas o futuro, mas alterando a nossa capacidade de navegar pelo presente. A luz que você planta hoje não ilumina apenas o destino final; ela clareia o próximo passo, permitindo que a jornada seja feita com clareza e propósito.
Se hoje você parasse para observar o jardim da sua vida, o que veria germinando? O acaso pode até trazer o vento e a chuva, mas é a sua mão que decide qual semente merece o solo da sua atenção. Construir-se é um ato de coragem diária. O que você escolhe plantar agora, enquanto lê estas palavras?
O sofrimento por questões externas.
Esta reflexão baseia-se noEstoicismo, especificamente nos ensinamentos do imperador romano Marco Aurélio. Abaixo, perspectivas filosóficas para aprofundar essa ideia:
O mundo externo é neutro; ele apenas "é". Um temporal não é "mau" por si só, ele apenas despeja água. O sofrimento surge quando rotulamos o evento como "terrível". Ao compreendermos que a dor não reside no objeto, mas na opinião que formamos sobre ele, retomamos a soberania sobre nossa mente. Se você mudar a narrativa interna, a realidade externa perde o poder de feri-lo.
A filosofia nos convida a separar o mundo em duas colunas: o que depende de nós e o que não depende. O comportamento alheio, o passado e as intempéries da sorte estão fora de nosso alcance. O que resta? Nosso julgamento. Sofrer por algo que não podemos mudar é um desperdício de energia vital. A verdadeira liberdade é a capacidade de olhar para o caos e decidir:"Isso não vai afetar a minha serenidade".
Existe um espaço dentro de cada indivíduo que é inviolável, a menos que nós mesmos abramos as portas. Quando você diz "isso me destruiu", você entregou as chaves da sua fortaleza a um evento externo. Praticar a suspensão do julgamento é fortalecer essas muralhas. Não se trata de frieza, mas de uma clareza radical: você não pode controlar o vento, mas pode ajustar as velas da sua interpretação.
Ao encontrar um obstáculo, em vez de dizer "Isso é um problema", tente dizer "Isso é um acontecimento". Observe como a carga emocional diminui quando você remove o adjetivo e mantém apenas o fato.
Há momentos na vida em que tudo parece árido: os afetos se retraem, as respostas não chegam e o silêncio pesa mais do que o ruído. Chamamos esses períodos de “deserto”, como se fossem castigos ou abandonos. No entanto, o deserto não é um lugar de morada, mas de travessia. Ele existe para ser atravessado, não para nos aprisionar.
No deserto, o supérfluo cai. O excesso se dissolve, as ilusões se queimam sob o sol inclemente, e resta apenas o essencial. É ali que aprendemos a escutar a própria consciência, a reconhecer limites, a perceber que a força não nasce do conforto, mas da necessidade de seguir adiante mesmo com poucos recursos. A escassez educa o olhar e afina o espírito.
Toda travessia transforma. Quem entra no deserto não sai o mesmo, porque o caminho ensina aquilo que a abundância não ensina: paciência, humildade e confiança. O deserto obriga a caminhar com atenção, passo a passo, lembrando que cada avanço, por menor que pareça, já é um sinal de vida e resistência.
Por isso, quando o sofrimento se fizer presente, não o tome como destino final. Ele é passagem, não residência. Permanecer no deserto é desistir do horizonte; atravessá-lo é afirmar que há um depois, que há terra fértil além da aridez. A fé, a esperança e a coragem são como bússolas silenciosas que apontam para a saída, mesmo quando os olhos ainda não a veem.
Assim, lembre-se: o deserto não define quem você é, apenas revela quem você pode se tornar. Ele não anuncia o fim, mas prepara o recomeço. Caminhe. O oásis existe, e a travessia, por mais dura que seja, sempre conduz a um novo amanhecer.
