Coleção pessoal de robscheuer
"Quem disse que é preciso ser bom em apenas uma coisa?
O sucesso não pertence apenas aos especialistas. Ele também sorri para os versáteis."
"O sucesso que você conquista será sempre um espelho doloroso para aqueles que escolheram ficar na zona de conforto. Eles não podem aceitar o que você se tornou, porque isso os obriga a admitir o que nunca tentaram ser."
A intolerância religiosa é o eco de uma mente que se recusa a ouvir a humanidade no outro, trocando a fé pela cegueira e a convivência pela violência.
O problema não é o dinheiro.
É o roteiro oculto que ainda dita o quanto você pode, o quanto você vale, o quanto você se permite receber.
Não é a falta de dinheiro que te trava, mas a história que você contou para si mesmo sobre como lidar com ele.
Ao falarmos sobre terapia holística, para quem vive o resultado, nenhuma prova externa é mais forte que a própria experiência.
A cultura do espetáculo, humilhação e eliminação transformou-se em um palco coletivo para a catarse das sombras humanas.
A sombra coletiva, camuflada de moralidade, encontra no tribunal digital uma forma segura de extravasar pulsões que não foram elaboradas internamente.
O que está por trás desse mecanismo é o desejo de não olhar para dentro, ignorância da própria sombra.
A destruição ambiental que se alastra pelo planeta não é apenas um problema técnico ou político — é, antes de tudo, um sintoma psíquico.
A forma como tratamos a Terra reflete, com precisão simbólica, a forma como tratamos nossa própria natureza interior.
Ganância é a institucionalização da virtude do discurso de crescimento infinito, mesmo que esse crescimento custe a devastação dos recursos naturais, a precarização da vida e a alienação dos afetos.
Não há tirania que se estabeleça sem o apoio inconsciente dos governados; não há opressão que sobreviva sem a passividade conivente dos que preferem não ver.
Numa cultura que confunde exposição com autenticidade, a verdadeira coragem pode estar em cuidar da própria dor fora dos palcos. Porque há algo sagrado em respeitar o tempo da alma. E porque, no fim, não é a intensidade da ferida que nos transforma, mas o que escolhemos fazer com ela — quando as luzes se apagam, e somos apenas nós, frente à verdade de quem somos.
O Véu de Lete
Antes do alvorecer, fui tudo.
Rei e réptil, mãe e mártir,
ferro e flor.
Fui punhal e promessa,
fui incêndio e oração.
Mas ao nascer, bebi do rio.
E esqueci.
O nome da lâmina que me cortou.
O rosto da alma que me amou.
Os juramentos murmurados entre dentes
na última noite de outra vida.
Tudo se perdeu.
Como areia entre os dedos do tempo.
E no silêncio do não saber,
floresceu o saber maior.
Não o saber das lembranças,
mas o saber do instinto,
da escolha que pulsa sem porquê,
do medo que avisa, da paixão que chama,
do erro que retorna como mestre.
Esquecer foi meu pacto.
Minha chance de ser novo
sem me ferir do antigo.
Pois se eu lembrasse…
ah, se eu lembrasse!
Perdoar seria impossível.
E amar, um risco repetido.
Cada gesto se tornaria prisão.
Cada encontro, um julgamento.
Mas neste esquecimento sagrado,
a alma dança.
Livre de correntes de glória ou culpa,
ela ousa errar de novo.
E ao errar, aprende —
não com a mente, mas com a essência.
No final, quando o corpo dormir
e o véu se erguer,
voltarei à margem do rio.
E saberei.
Mas por ora, bendito seja o esquecimento.
Ele é o ventre onde renasço.
É o chão fértil do esquecimento
que guarda a semente da eterna sabedoria.
A fundamentação que infere pelo enriquecimento ilícito a indenização por dano moral à parte menos favorecida nas relações de consumo é uma distorção principiológica que perpetua a injustiça e estimula o descumprimento das leis e normas consumeristas.