Coleção pessoal de rhony124

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Todo verdadeiro poder sempre é apolítico.

É o leitor instruído que pode ser engambelado. Toda a nossa dificuldade vêm com os outros. Quando você conheceu um operário que acredita nos jornais? Ele parte do pressuposto de que todos eles são propaganda política e passa direto pelos artigos principais. Ele compra o jornal para ver os resultados do futebol e os pequenos parágrafos sobre garotas que caem de janelas e cadáveres encontrados em apartamentos. Ele é nosso problema. Precisamos refazer seu condicionamento. Mas o público instruído, as pessoas que leem as revistas semanais de elite, não precisa novo condicionamento. Estes já estão como têm de ser. Acreditam em qualquer coisa.

Eu não tenho nenhuma opinião a respeito de nenhum assunto neste mundo. Eu narro os fatos e indicio as implicações. Se todos nos permitíssemos menos opiniões, haveria menos tolice falada e impressa neste mundo.

Não há como escapar. Se fosse uma rejeição virginal ao macho, ele aceitaria. Há criaturas que conseguem se desviar do macho e avançar para encontrar algo muito mais masculino, mais à frente, diante do qual precisarão se render de modo ainda mais profundo.
Mas seu problema tem sido o orgulho. Você se sente ofendida pelo masculino em si: a coisa possessiva, invasora, ruidosa... o leão de ouro, o touro barbudo... que arrebenta sebes e destroça seu pequeno reino metódico. Ao macho você poderia ter escapado, pois ele existe somente no nível biológico. Mas ao masculino nenhum de nós pode escapar. O que está acima e para além de todas as coisas é tão masculino que todos nós somos femininos em comparação.

Acompanhar a partida de alguém é sempre tolice. Não dá nem uma boa alegria nem uma boa tristeza.

Se o sistema solar veio a existir devido a uma colisão acidental, então, o aparecimento da vida orgânica neste planeta também foi acidental, e toda a evolução do homem foi acidental também. Se este é o caso, todos os nossos pensamentos presentes são meros acidentes - acidentes criados pelo movimento dos átomos. E isto é válido tanto para os pensamentos dos materialistas e astrônomos como para qualquer outra pessoa. Mas, se os seus pensamentos - isto é, do materialista e do astrônomo - são meramente produtos acidentais, por que deveríamos crer que eles são verdadeiros? Eu não vejo razão para crer que um acidente possa dar explicação correta do porquê de todos os demais acidentes.

Um prazer atinge sua plenitude somente quando é relembrado. Você fala como se o prazer fosse uma coisa, e a lembrança, outra. Tudo é uma coisa só. O que você chama de lembrança é a última parte do prazer, como os últimos versos são as últimas partes do poema. Quando você e eu nos conhecermos, o encontro terminou bem rápido: não foi nada. Agora, ele está crescendo à medida que nos lembramos dele. Mesmo assim, sabemos muito pouco a respeito dele. O que ele vier a ser quando eu me lembrar dele na hora da minha morte, o que ele operar em mim em todos os meus dias até aquela hora... esse é o verdadeiro encontro. O outro é só o início. Você diz que há poetas no seu mundo. Eles não lhes ensinam isso?
O verso mais esplêndido atinge seu completo esplendor somente por intermédio de todos os versos que o acompanham. Se você voltasse a ele, haveria de considerá-lo menos esplêndido do que imaginava. Você o mataria.
Essa tentação de repetir coisas, como se a vida fosse um filme que pudesse ser desenrolado mais de uma vez ou mesmo que pudesse retroceder... será que essa não era possivelmente a raiz de todo o mal? Não: é claro que o amor ao dinheiro era chamado desse modo. Mas o dinheiro em si — talvez ele fosse valorizado principalmente como uma defesa contra o acaso, uma segurança para ser capaz de ter coisas novamente, um meio para deter o desenrolar do filme.