Coleção pessoal de reneevenancio

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Para um cara simples como eu, arroz com feijão é uma grande vitória.

Passo meus dias me perguntando: "E se nós fôssemos governados por pessoas solidárias, ao invés de sermos governados por pessoas sórdidas e egoístas?"

Na vida, às vezes a gente tem que se arriscar, se reinventar através de uma dolorosa metamorfose, cortar na própria carne, sangrar, mas se libertar de dores ainda maiores que vêm nos torturando em conta gotas através dos dias com a nossa conivência e omissão.

É isso que venho fazendo comigo. Venho me transformando radicalmente em mim mesmo, porém, mais feliz, sem pesos nos ombros, e sem a mínima aptidão de fazer coisas contra a minha vontade ou conviver com pessoas que me sugam e não me acrescentam.

E nessa saga de mudança, vem sendo inevitável começar perdendo pra ganhar depois. Porque ganhar de virada é muito mais gostoso. Porque o mal sempre vem como hospedeiro do bem. Porque certas moléstias só são curáveis através da extirpação de partes importantes de nós mesmos. Porque pra ser feliz, quase sempre é necessário fazer sacrifícios. Porque toda cicatrização é precedida por uma ferida aberta.

MM... Hoje em dia, tudo se tornou descartável: computadores, eletrodomésticos, amores.

Quebrou? Joga fora.

Todas as vezes em que eu for embora, farei questão que as pessoas fiquem com o que há de melhor em mim.

Às vezes eu olho para alguns seres humanos e não neles vejo humanidade alguma.

Essa nossa falsa democracia escraviza sem dificuldade a consciência do nosso povo desprovido de uma educação esclarecedora e cidadã. Esse "faz de conta" político que ilude a massa desorganizada, apática e cega, alimenta a corrupção, a impunidade e a violência brutal disseminada nas ruas e lares em suas infinitas formas. A perversa e infindável oligarquia brasileira enriquece com a ignorância de seus vassalos atordoados e iludidos. Uma ótima maneira de impedir que um povo historicamente alijado do seu sagrado direito à educação e ao autoconhecimento, é enfraquecendo-o a partir dos bancos escolares, minando suas possibilidades de abrir suas mentes e questionar o porquê de tanta injustiça contra a maioria, e de tanta riqueza para a minoria. Um povo mal educado não consegue enxergar o verdadeiro caráter de seus governantes, assim como não consegue reconhecer o oportunismo cruel e permissivo de seus asseclas e lacaios do poder. Tudo que um senhor feudal não quer é ver seus escravos questionando direitos e liberdades.

Poema com cem palavras.

"Babel em festa, ninguém se entende
Toda língua
O que sabe quer anunciar
Blasfemamos na brisa
Gritos, suspiros
A palavra "tempo" revela tudo que passa
E o que nunca há de se esperar.

Ora!
O que dizer
Se não sei o que dizem tantas linguagens?
Quantas palavras definirão a água
Ou o verbo amar, se vou morrer?
Nem sei ao menos combinar as rimas
Mas escalando em versos desastrados
Alcanço a torre incompreensível de todo meu ser.

Quero falar aos ouvidos do mundo
E, por detrás das portas
Ouvir conversas sussurradas.

Adormeço num colchão de letras
E amanheço cem palavras".

A maldade, a intolerância e a incompreensão, aos poucos, vêm tomando o lugar da fé. Às vezes penso que o mundo em que vivemos é o túmulo do amor.

Somos um povo que rasteja diante do olhar soberbo dos poderosos.

A soberba, a ganância e a vaidade daqueles que julgam ter cadeiras cativas no céu à destra de Deus, mas na verdade agem como emissários de Lúcifer em sua vida terrena, provoca um contrassenso espiritual muito difícil de digerir e de aceitar como verdade. A fé dos fracos e dos incrédulos se dissipa ainda mais diante do comportamento intolerante, dúbio e mercenário dos falsos homens de Deus.

As mulheres são seres superiores por natureza. A humanidade existe pelo incrível avanço na escala evolutiva que proporcionou às mulheres uma capacidade incrível de gerar vida pensante, de dar amor sem medida e de ensinar lições de como sobreviver nessa selva densa do acaso.

O preconceito se transformou numa violência tão corriqueira no seio da sociedade em que vivemos, que muitas pessoas nem sequer percebem que discriminam ou que são discriminadas; que ferem ou que são feridas; que humilham ou que são humilhadas. Tudo virou banal, inclusive a vida.

Não me pergunte o que devemos fazer para realizar um sonho, porque eu não sei. Só sei que é possível.

Eu já fiz muita coisa contra a minha vontade, mas fiz tudo por amor.

Olhe os meus olhos atentamente
E conte uma por uma
Cada lágrima alvissareira
Que molha o meu sorriso cansado

Eu ando tranquilo e preocupado
Às vezes cantando, às vezes calado
Me alternando entre dias e noites
Me desencontrando em sentimentos ambíguos
Hoje eu sou um amigo evitando uma guerra
Amanhã serei uma guerra querendo inimigos

E é assim que a minha alma faz
Brinca de gato e rato e outros animais
Ascende e apaga, tal um vaga-lume na madrugada
Intermitente e insistente
Estrela cadente brilhando na chegada

E no intervalo entre a luz e a escuridão
O meu coração se expande até onde o mundo alcança
Batendo sempre alheio à minha vontade
Sempre escapando da minha mão
Sempre na iminência de morrer de saudade
De arritmia ou de soledade
Desde o dia em que você me disse não

A fúria do meu silêncio e do meu desprezo abalam as estruturas dos castelos onde vivem os meus inimigos e faz tremer o chão onde os meus desafetos caminham.

Os urubus do poder tratam o povo como carniça.

A filosofia política praticada pela imensa maioria dos políticos que conhecemos é baseada na soberba pessoal, na perversidade omissiva que fomenta a desgraça das comunidades e no egoísmo de homens e mulheres escolhidos democraticamente para trair a confiança do povo.

Na imensa maioria dos políticos brasileiros jamais conseguiremos enxergar grandeza do espírito humano, e os poucos que ainda carregam a honra em seus atos, tendem a ser aniquilados.

É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, mas também é fundamental que a gente saiba se dar amor.