Coleção pessoal de renasbarreto

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A cada momento vejo
a causa pausada da vida,
prefiro paraquedas
a colete salva-vidas.

Me dê um Tom,
pra eu cantar com Elis.
Tudo aquilo que não fiz
e fiquei a desejar.

Pedaço de lua me foi dado
para que eu, como num fado
o outro pedaço encontrar.

Saudade é casa caiada.
Cheiro de vó
Café e pão

Saudade é febre
Chá de alho
Terço na mão

Saudade é fraqueza
Rosto molhado
Carta no chão.

Dos pingos
em sons constantes
Sinto a ânsia de captar sinfonias.
De tanto ser noite, amanheci meio dia.

Das coisas não obsoletas
Um prendedor de roupas
Preso ao varal de letras.

Se os meus risos
Não desfazem em dores,
é porque de amores
a vida vive a calhar.

Hoje eu nasci
Pus a minha melhor roupa
Enchi o bolso de sonhos
E sem horas vãs
Colhi poesia.

Quero alegorias distintas
para as noites sem teto
sou móbile de estrelas
Apaixonado pelo ar.'

Acendi um incenso
com cheiro de mar
sou de olhar o mundo.

Se encheu de flores
pra entrar no labirinto do drama.

Decifrou a trama:
nenhuma flor vira ferro-velho

Se enchendo de estrelas
A lua se fez cesto
E ao catar o vento
Beijou o ar.

Sou sentinela acesa,
pra noites bem serenas.

No fluir de singelos sonhos...
Viagens longas em barcos curtos.

A alegria caiu de marte,
e eu, tal qual um mártir
Cá estou a aparar.

"As botas de muitos caminhos
herdaram o meu estradar
eu vou pela rota dos sonhos...'