Coleção pessoal de RegianePinheiro

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⁠Para um homem chegar a altura do mulherão que você se tornou, ele terá que usar um salto muito alto na alma.


Re Pinheiro

⁠No intervalo de uma decepção e outra vamos aprendendo que: Há fases em nossas vidas em que os relacionamentos, os tais encontros amorosos são mais uma afronta a capacidade de discernimento que a verdadeira oportunidade da alegria em compartilhar sentimentos e emoções. Uma sucessão desenfreada de desilusões, decepções que muitas vezes nos bloqueia a real visão dos fatos, nos causando uma certa descrença na possibilidade de viver uma experiência benefica e construtiva.

Re Pinheiro


Eu e você.

....


Nada mais.


Em algum lugar do passado você ficou.
Não sei ao certo contar o tempo, porque o tempo de certa forma parou no exato instante em que sai de um sonho.
Tudo parecia tão real, paredes, janelas, a tela na sala, vários Ades de Pêssego na geladeira e o afago de estar em seus braços.
Num instante o sonho acabou e começou então um pesadelo que era constante foram dias que se transformaram em noites, dormir ou acordar não existia um porque, porque o pesadelo era real.
A vida foi embora, projetos que nunca saíram de um coração, uma Lua de Mel dentro de um quarto sozinha na escuridão de uma escravidão.
Não houve um Cruzeiro, mas tive uma katana traspassada em minhas memórias, quis esquecer o inesquecível, tentei odiar, para acabar, mas quanto mais lutei mais fui percebendo que o amor não se mata.
Quando olhamos para a miserável condição de nossos sentimentos sentimos a potência da destruição de ser apenas aquela que teve que ir embora, pois o amor era tanto que procurei pensar que minha existência não o faria feliz, desisti de mim, aniquilei todos meus anseios e simplesmente parti.
Subi num ônibus deixando tudo o que amava, mas o amor não saiu de minha essência.
Talvez em algum lugar do futuro eu consiga te arrancar de minhas entranhas, talvez em alguma esquina eu caia e bata a cabeça e quando acordar eu não tenha mais você em minha caixa de memórias.
Viver a teu lado foi o meu maior sonho, nunca mais estar a seu lado foi minha ruína.
Para um anjo em algum lugar do passado.
De alguém de um presente ausente.

Re Pinheiro

⁠Dias tristes
Coração apertado, ando meio de saco cheio do mundo, das pessoas, dos sorrisos plastificados.
Nem a vontade de falar com amigos me surge em mente.
Fiz da solidão nestes últimos dias, minha melhor companhia.
Conversei com minhas insanidades, fiz um resumo das vitórias e derrotas e reconheço quantas falhas cometi.
Hoje duvido até da existência do amor.
Consigo compartilhar um link, uma mensagem, mas não sei mais como e que é compartilhar de verdade os sentimentos, os afetos.
Gosto de pessoas que estão distantes e quero distância de muitas pessoas que estão perto.

⁠Autenticidade

Ter autenticidade, é ter a certeza que a sua convicção não irá se abalar pelas críticas, pelos olhares distorcidos e frases sussurradas de pessoas que pela pobreza espiritual não conseguem enxergar que cada um possui seu próprio brilho.
A única diferença é que uns conseguem transformar este brilho numa força de iluminar tão potente que se quiser tem a capacidade de clarear o mundo, e o melhor de tudo sua luz não se apaga nem mesmo quando seu corpo descansa, sua luz se resplandece por anos anos séculos, milênios ou pela eternidade.

Beijos
Re Pinheiro

⁠Há certas partes de mim que não estão se conversando.

Re Pinheiro

⁠Assumir fraquezas é amaneira mais nobre de demonstrar forças.

Re Pinheiro

⁠Perder

Quando a dor de perder se torna insuportável, acabamos nos perdendo, encontrar discernimento em meio a dor é uma tentativa inútil, porque a razão não impera diante da emoção, somos sim animais racionais, mas vos digo que nos considero como animais emocionais, somos movidos por emoção, sentimentos.
E a ausência de quem amamos nos torna frágeis, porque compreender que a saudade será nossa companhia, saber que não adianta querer aquele abraço pois ele nunca mais lhe será dado, o colo e a sensação de quietude da alma que foram levadas nos faz refletir que o tempo é cruel e para os egoístas, os covardes e incrédulos deixo aqui uma reflexão.
Quantas oportunidades foram dadas de dar um abraço, de estar presente, de se fazer presente mesmo ausente, quantas vezes foram ditas palavras indevidas, que ferem e magoam ao invés de serem francos e não terem vergonha de assumir o que havia no coração?
É fácil criticar, julgar, e fugir!
Difícil é ser capaz de parar tudo e ir ao encontro de quem está à espera.
Hoje completou um ano que perdi alguém que me fez ser o melhor que sou hoje, e eu assumo a minha covardia me impediu de dizer nos olhos o quanto a amava, não que eu não dizia todas vezes que a via, mas existe um momento chamado " AGORA " que muitos ignoram e esperam a melhor oportunidade para fazer o que se deve ser feito!
Se naquele 18 de Junho de 2016 eu tivesse feito o que eu senti em meu coração de fazer, tenho certeza que não teria mudado a história, mas teria hoje uma estória diferente.
Não são as 24h que fazem o dia, são os minutos, os segundos as frações de instantes únicos.
Por isso não existe o momento oportuno, mas as oportunidades que Deus nos concede a cada suspiro.
Re Pinheiro

⁠Há coisas que simplesmente não consigo dizer, travam a garganta, mas como eu amaria se você percebesse sem eu se quer tentar dizer.

Re Pinheiro

ENTÃO ELA SIMPLESMENTE SUMIU.

E no silêncio houve a exclamação...

Sumiu!!!

Sumi porque minha mente desordenada não permite a constante sensação de que não serás meu, como ela sempre desejou, atordoada ela percebe que você mesmo carregando consigo a certeza que me amará eternamente, prossegue numa busca desorientada a procura de braços e abraços alheios. Isso me consome.
Sumi porque em meus lábios permaneciam com a dolorosa e ultrajante saudade de teus poucos beijos.
Sumi porque minha loucura tomou seu rumo, e a sanidade me ensinou um caminho.
Caminho que me levou para longe de ti, mas não distante o suficiente para conseguir suportar sua falta.
Então de uma vez por toda melhor sumir a permanecer pensando e fazendo besteira cada vez que me via diante de ti, não quero mais sentir aquela paralisia infame quando sinto teu perfume mesmo estando a tão distante.
Sumi porque me fartei de ver em ti indecisão, uma dose cavalar de incerteza e ousadia duvidar de um amor que era só teu.
Duvidou mesmo tendo a veraz certeza que lhe pertencia.
Eu era tua, apenas tua, percorri milênios a tua procura, cansou de me ver em tuas visões, cansou de me olhar em teus sonhos e mesmo já me conhecendo num passado latente, não me prendeu no seu presente.
Então porque deveria eu permanecer no vazio?
Porque habitar terras quais meus pés não poderiam tocar o chão?
Terras que onde minhas intenções e desejos não seriam fontes suficientes para tê-lo para todo o sempre.
Sinto pois você tendo de mim o meu melhor, não viu que tinhas o maior e mais denso esforço da paixão de uma mulher.
Assim sendo, decidi sumir.
Sumi porque você não teve coragem suficiente de lutar por mim, não teve coragem de sair deste seu mundo insólito e desafiar a VIDA face como ela verdadeiramente é.
Sumi porque não quero olhar nos teus olhos e saber que enxerguei o que meu coração quis enxergar, não o que eles realmente viram.
Detesto assumir que errei, mas neste instante alcanço apenas os ecos que entoam o som dos meus erros.
Você foi parte de um futuro que nunca aconteceu, um delírio sem fim que meus impulsos ainda teimam em querer me guiar.
Também detesto admitir que eu te perdi, sinto um seco nó querendo rasgar minhas entranhas, mas confesso mesmo sumindo, desaparecendo, você ainda me persegue em sonhos.
Eu sei que se coça querendo saber se ainda te amo, assumo que sim, mas te amar sem conseguir compreender com este seu ego maldito me causa fúria, então antes que esta fúria caminhe para uns dentes quebrados, um estomago apertado e um coração partido decidi sumir.

Observação: Os dentes quebrados seriam os teus... que isso fique bem claro... rs




Rê Pinheiro

Não há importância significativa se teus olhos não aprovam o que vêem.
O real e denso fundamento estão diante de meu espelho.

⁠A Dor
Você impregna meus pensamentos, agride minha paz e fere minha lucidez.
Sei que em algum canto deste meu insólito coração existe um lugar escondido, um canto vago nunca antes habitado que há de ser conquistado por outro que não seja você..
E não pense que me conhece, porque sobre mim de verdade tem por conhecimento apenas meu nome, e vagas lembranças de um passado remoto que surge constantemente para atormentá-lo em teus sonhos.
Mas se desejas mesmo saber um pouco de mim, lhe digo: “Sou quem te deseja como nenhuma outra desejou, te amo sim, e muito, em excesso, te amo em todos os tempos, com a mais pura emoção e sensibilidade deste verbo amar”
Te amo tanto que me atrevo a deixar de lado estes seus defeitos de fabricação...
Sei que sua meta é alcançar seus sonhos, mas o meu sonho é encontrar você e ser apenas sua.
Porém, nada bate nada deu certo.
Nem o nosso tempo tem o mesmo horário. Vivemos em mundos diferentes, realidades desiguais.
Você busca provar para o mundo o poder de sua determinação, a sua força da sua vontade.
E eu busco na vida a resposta para esta minha vontade.
Nada há sentido neste contraste absurdo se não a fatalidade de algo tão inexplicável quanto o amor.
Porque me apaixonar por você?
Porque amar você?
Porque querer tanto o seu bem?
Porque desejar tanto te ter por perto?
E poder cuidar de ti.
De onde vem esta preocupação?
Este carinho?
Jamais terei novamente seu colo.
Nunca ousou me seqüestrar.
Culpa sua se não sou sua.
Não tenho vocação para cinderela, bela adormecida, nunca fui princesinha de nada de ninguém.
Mas custava pegar aquele seu carro sujo e me arrancar do inferno de um altar?
De escolhas e de perdas é feita a nossa história.
E depois não há nada que se possa fazer a não ser carregar por um tempo um peso sufocante de impotência, o peso de não ter feito nada.
Você precisa entender uma coisa o tempo não se encarrega de matar desejos, apenas de substituir os personagens, mas você foi insubstituível.
Esse é o maior problema dos desejos, e o meu maior problema.
Queria sua mão segurando a minha e me levando para qualquer lugar.
Queria sua voz doce ao pé do meu ouvido dizendo eu te amo.
E acordar numa manhã com sua cara amassada e seu braço sobre meu corpo.
Disse não a todos, esperando apenas um simples "talvez" seu.
Não quero amores sem cores, que vivem apenas de aparências e falsas transparências.
Não quero brilhantes, não quero diamantes.
Queria a intensidade de uma aliança que dolorosamente foi arrancada de minhas mãos e deixada num guarda roupas ao lado de uma carta de adeus. .
FUI CLARA?
Beijos
Rê Pinheiro

Estou emburrecendo.

Hoje sai de casa e acabei esquecendo a bendita paciência dentro de uma gaveta qualquer entre minhas meias e meu cérebro.
Não por que raios o ser humano esta em processo de involução.
Perdendo tanto tempo em descobrir o mundo, desvendar segredos do Universo e da Ciência e tão pouco tempo no que realmente importa, ou seja você.
Salas cheias de pessoas vazias.
Pessoas cheias de outras pessoas vazias.
Chega um certo momento em que você da mais importância a abelha que ronda seus cabelos do que no próprio homem.
Isso porque o homem não desperta desejo, não desperta emoção.
E a vida se confunde.
Os homem se comportando como bichos.
E o bichos se comportando como homens.
Sorrisos mecânicos.
Sentimentos de plásticos.
Olhares de paisagem.
O abraço sem calor.
Beijos que mais parecem recibos.
Gostaria de poder trocar a xicara de café por um pirulito colorido.
E de poder as vezes fechar os olhos e parar de enxergar quando eu desejo, porque mesmo os fechando permaneço enxergando.
Pois é, senti que estou emburrecendo.
Estou enlouquecendo por justamente estar faltando aquela dose diária de loucura necessária no ar.
Consumiram todo o oxigénio insano do planeta.
E agora o que resta?
Aquele ar viciado e contaminado pelas super bactérias.
É, muitas vezes, quanto menor é o tamanho, maior é o estrago.
Quanto mais você permite sentir, mais é concedido a você a capacidade de sofrer.
Mas também de aprender e quem sabe aos olhos de muitos, emburrecer.

Beijos

Rê Pinheiro

A importância do sem importância.


Esta semana eu estava no hospital e sentada comecei a observar o mundo.
Vi uma senhora que sentada numa sala olhava a TV, era estranho, ela apenas olhava, pude notar claramente que ela não assistia nada, pois sua mente estava num canto qualquer onde aquelas imagens da tela não podiam alcançar.
E comecei a perceber como muitas vezes somos assim na vida, como se estivéssemos diante de uma grande TV, as imagens passam, mas não conseguimos assisti-las, não conseguimos senti-las, o coração fica frio e a vida sem emoção.
Precisamos acordar mesmo quando pensamos que não estamos dormindo.
Mas de repente o som gritante de uma sirene a fez despertar daquele transe e os olhos se voltaram para aquele grande carro branco com a cruz vermelha.
Eu nunca gostei daquele som, sempre sinto um nó no estomago e uma vontade de chorar como se eu estivesse sofrendo com quem esta sofrendo lá dentro, creio que seja a angustia de saber que impotente e que o simples desejo de querer bem, não é a real capacidade de conseguir fazer o bem.
O som da sirene deu lugar então ao breve silêncio e desceu um motorista com uma cara de nada com coisa nenhuma, um ser que certamente não deveria ser chamado de humano, um humano que não tem a capacidade de ser, sentir... Pois abriu aquelas portas e desceu aquela maca como se estivesse abrindo um caminhão de frigorífico e retirando uma daquelas grandes partes de um boi morto.
Naquela maca eu consegui enxergar que havia uma senhora, com seus 90 e poucos anos, uma mulher que certamente é repleta de histórias e lições, alguém que com certeza teria muito que ensinar a aquele pobre motorista, uma mulher que um dia foi uma criança, que um dia correu ou brincou de boneca, uma moça que teve seus amores e desamores e que certamente na sua mocidade jamais imaginou um dia estar naquela maca.
Um contraste de vidas e sentimentos...
Para o motorista era apenas mais um dia de trabalho, mais uma vez que ele teria que fazer o esforço de descer uma maca da ambulância, era apenas um dia em que ele enfrentava o trânsito para ganhar o seu pão de cada dia, era apenas uma maca, apenas uma velha.
É estranho como muitas vezes não damos importância ao que realmente importa, muitas vezes somos pegos pelas palavras “É apenas”
É apenas um pão.
É apenas um cachorro.
É apenas um cigarro.
É apenas um sorriso.
É apenas um tiro.
É apenas um abraço.
É apenas mágica
É apenas um beijo
É apenas uma criança
É apenas um carinho
É apenas atenção
É apenas uma dor
É apenas uma tapa
É apenas lagrimas
É apenas amor
É apenas fé
É apenas uma oração.
É apenas uma velha
É apenas uma vida!
E a pouca importância vai se alastrando, vai tomando conta do coração e quando menos percebemos estamos como o motorista ou como à senhora que assistia TV.
Estamos apenas estamos.
Não sentimos.

Beijos
Rê Pinheiro

Tudo que sei é que é complexo ser singular num mundo plural.

⁠É preciso compreender as instabilidades e lembrar que um vulcão mesmo que adormecido é capaz de oferecer certos riscos.
Lembrar que nem mesmo o grande saber, não lhe tornará sábio quando o assunto é o amor, porque o coração na maioria das vezes desconhece os caminhos da sabedoria.
Aprender a desacelerar certos anseios, se preocupar com o que realmente importa, e mesmo assim lá na frente verá que aquilo que você julgava de maior importância, não era de fato assim tão importante e digno de tanta preocupação simplesmente porque o que vive lá não se preocupa, esta vivendo e sendo feliz, enquanto permanecemos trancados sem jamais termos a chave nas mãos.

O amor Trivial

O que sufoca é o silêncio de tudo que não foi dito, são aquelas conversas sem nenhum preâmbulo, explicação, ou definição, onde nosso coração grita, mas nossa mente teima no faz de conta de não querer escutar... e tudo que prevalece é a ausência de um fim, e permanência daquele espaço oculto indistinto, onde as palavras não atingem seu real objetivo.

Definir o indefinivél certamente não é algo fácil, mas permanecer com estas amarras invisíveis, lascivamente dolorosas, é como percorrer tentando buscar o equilíbrio estando nas margens entre caos e o paraíso.

Estarei a beira de minha demência? Pois mesmo sendo algoz, me perco no alento e não me permito sucumbir aos anseios! E lhe digo sim, mesmo assim eu gostaria de mais doses elevadas diárias de ti, e um pouco de tudo, e de todo aquele pouco que me pertencia. Quero de volta aquele seu olhar desconcertante e do desperdício deste vício que rege e consome meus instintos.

Não é digno dizer eu te amo, sem realmente amar, e percebo que muitas vezes faltou-me a tal dignidade, não pelo não amar, mas pelo amor na visão de um olhar qual apenas eu poderia enxergar, nesta altura da vida me observo quão egoísta fui e somos.

Mas acredito que ainda prefiro o egoismo ào descuido de um amor, aquele tipo de gente que se empolga, e empolga, lança sobre ti todos os efeitos e defeitos dos artefugios da boa e velha arte da conquista, mas quando atinge seu ápice o alge visceral de um platônico terreno, alça âncoras e segue mar afora em busca de outros "amores", "novas paixões"transformando sentimentos num mero parque de diversão, onde apenas uma única pessoa se diverte, e verbalizando a coisa, isso se resume ao velho e infimo amor trivial.

Rê Pinheiro

⁠É na minha loucura, esta doce e louca sensibilidade que falei verdades e escondi sentimentos...
Brinquei de não querer amar, por medo de sofrer e perder o que nunca tive.
Infinito breve é meu tempo que corre num constante desatino de querer viver...
Talvez estas linhas ainda estejam em um estado crisálido...
Quero apenas deixar claro que minha loucura tem um nome, tem um motivo real e sigiloso. Guardado em um passado cruel que me rasgou a alma.
Um dia não muito distante tu saberás que minhas palavras sem nexo foram minhas mais profundas doses de querer viver e amar de viver para todo sempre contigo... Um anjo, o meu anjo.


Texto: Re Pinheiro (Copyright©) - Texto protegido pela Lei do Direito Autoral nº 9.610/98 - Por favor, reposte com o crédito! Imensamente grata!

Ausência
O tempo vai passando e existem dias que consigo conviver bem com tudo isso, existem dias onde consigo esboçar um sorriso falso, busco ficar olhando para o céu pensando que existe um propósito para tanta dor, qual é não sei, porque já cheguei até a me entristecer com Deus, porque Ele sabe o que existe no meu coração, conhece o desejo que tenho de alma de ajudar, ser boa e fazer o bem, e também sabe de todas minhas falhas e imperfeições, e o quanto eu gostaria de ser melhor, de ser diferente.
Ele também sabe o quanto eu tinha temor de sofrer novamente.
Talvez seja está a explicação? Me fazer compreender que não há uma maneira de ser forte se for passando por processos que lhe permitam ser assim, e por isso tudo está acontecendo de forma tão atroz para conseguir ser mais forte e suportar trancos ainda maiores que virão? Não sei!
Resolvi escrever ... dizer... sei lá porque.
Mas como falei certa vez que, fosse para doer que dor viesse de uma única vez!
Ela veio! E há momentos em que não sei mais como suportar, nestas horas gostaria que a dor de cabeça surgisse justamente neste instante na sua mais insuportável e intensa forma, para amenizar a dor do vazio.
Um vazio que faz pensar em todas as razões para deixar de te amar, e encontrar na resposta a convicção que mesmo diante de todas as razões, eu não tenho dúvida alguma que o amo, e o amo mesmo tendo a certeza que você jamais irá me amar.
E dilacerante quando perdemos alguém, é devastador quando não temos mais o abraço, o colo, angustiante quando conseguimos fechar os olhos e ouvir a voz como se a pessoa estivesse exatamente do nosso lado, como sentimos a ausência de quem foi embora e tirado de nossas vidas pelos desígnios de Deus, mas deles é a saudade numa essência que dói sim, mas conseguimos de certa forma sentir paz.
A dor da ausência de alguém que amamos e está aqui, é a dor da saudade carregada com emoções complexas demais, porque é a angústia de permanecer se preocupando, a dor de sentir que você não é parte de nada, a ansiedade de uma expectativa que você lá no fundo já se deu conta que não existirá.

Re Pinheiro

⁠Durante muitos anos senti saudades do que nem sabia ao certo o que era, levei anos para amadurecer e compreender que nas lacunas foram preenchidas por bloqueios de algo que nem eu sei explicar.

Re Pinheiro