Coleção pessoal de RamayanaVargens

21 - 40 do total de 34 pensamentos na coleção de RamayanaVargens

Não existe cobertor capaz de me aquecer como o calor do seu abraço.

Quando você está dentro, não existe mais nada lá fora. O mundo acaba aqui, na gente. Porque você me faz tão sua. Porque você me faz tão eu...

Perdoem-me o desencanto
e o desacato de não vos dizer
o óbvio e implícito:
estou trocando de pele,
estou trocando de face,
estou tentando trocar de vida,
estou em mutação,
em processo contínuo de transformação
e grito sem gritar,
assopro minhas dores,
regurgito meus temores,
por mim,
por egoísmo.
E por isso o meu silêncio,
estava digerindo os meus anseios,
devorando os devaneios,
ansiando,
aspirando,
suspirando,
as minhas quimeras,
uma ex-lagarta,
um casulo vazio...
Mas ainda não tenho asas,
ainda não sei voar
e me devoro..

Não costumo ser uma garota doce, geralmente garotas assim são sonhadoras e perdedoras.

Além de um marido e de filhos, preciso de mais alguma coisa a que me possa dedicar! Quero continuar a viver depois da minha morte.
E por isso estou tão grata a Deus que me deu a possibilidade de desenvolver o meu espírito e de poder escrever para exprimir o que em mim vive.
Quando escrevo, sinto um alívio, a minha dor desaparece,
a coragem volta. Mas pergunto-me: escreverei alguma vez coisa de importância?
Virei a ser jornalista ou escritora?
Espero que sim, espero-o de todo o meu coração!
Ao escrever sei esclarecer tudo,
os meus pensamentos,
os meus ideais,
as minhas fantasias..

Meninas são bruxas e fadas. Palhaço é um homem todo pintado de piadas. Céu azul é o telhado do mundo inteiro. Sonho é uma coisa que fica dentro do meu travesseiro.

Eu não quero só te beijar, eu quero te morder.
Eu não quero só te abraçar, eu quero te apertar.
Eu não quero só te fazer um carinho, eu quero apertar suas bochechas.
Eu não quero só cheirar o teu pescoço, eu quero deixar marcas nele...
Mas eu não posso expor aqui o que eu quero e o que eu não quero,
se na verdade eu nunca vou saber o que você vai querer de mim...

Eu descobri que ser grande é poder sempre fazer coisas pequenas...
que ser grande é não desistir quando as coisas ficam difíceis.
Que ser grande é ter humor para enfrentar os desafios... que ser grande é simplificar as coisas complicadas...
ser grande não é encostar no teto com as mãos e sim os outros com a alma !

Entre tantas partidas e chegadas,
ainda não estabeleci meu território,
nem demarquei minhas fronteiras.
Ainda que viva,
que trace,
que escreva,
sou estrangeira,
órfã
e exilada no mundo..
Sou de lugar nenhum,
e de todo o lugar.
Incerta da sorte,
e certa de que tenho onde dormir,
danço nas ruas,
danço no vento,
danço com o tempo,
cada acorde e melodia
oboé, alaúde e sinfonias...
A indistinção que me caracteriza
está a um passo do fim,
pois logo entrarei em guerra,
tomarei de assalto o que quero,
sem mortes, sem escravos, sem demência.
Preciso de espaço,
preciso de um lugar em que possa me encontrar.
E não mais ser uma andarilha mundana e sem rosto.
E ainda que a sorte me aponte caminho,
já antevejo as minhas pradarias.
Pressinto as flores altas no jardim...
Para a jornada só me falta companhia.
Um bom papo, vinho, luar...
Um reino na imensidão
e serei a rainha absoluta de mim.

Minha palavra é vítima de minha inteligência.
Quero dizer, mas não alcanço com minha palavra o que diz meu pensamento...

Eu sinto que estou caindo, numa velocidade que perturba e me deixa paralisada. Eu posso sentir o vento tocar ligeiramente o meu rosto, e durante essa queda eu sinto meus ossos enfraquecendo aos poucos. Eu consigo olhar a superfície abaixo de mim e já sinto de adianto a dor do impacto em meu corpo. Eu poderia simplesmente deixar que isso acontecesse; mas então eu me lembro que as minhas asas ainda estão intactas.

Eu sei amar.
Mas não sei fugir.
Por isso, não tente me parar.
Não me peça para não ir.
Não me diga pra tomar cuidado.
Eu não sei amar mais ou menos.
Quando eu decido, eu vou.
Me entrego, me arrisco, me corto, me estrepo, azar meu, sorte minha que nasci assim:
Vim ao mundo para sentir...

Vou tentar sonhar um sonho gostoso,
no sonho posso te ver
posso te ter,
quero amanhecer com saudade
com saudade
do sonho sonhado..

Sempre tenho uma palavra na ponta da língua e um texto na ponta do lápis.
Não quero desapontá-los, mas agora que quis me descrever, já não sei o que escrever.
Não imagino como achar o fio da meada sem cair no fio da navalha dos rótulos.
Literalmente vou ter que desobedecer a essa regra de etiqueta.
Deixar isso de dizer quem eu sou em suspenso, pois tudo o que penso, repenso e dispenso.
Nada é tão eloquente, nem eficiente, que eu julgue suficiente para me definir.
Eu não caibo nesse texto e não pensem que é pretexto para nada dizer.
Assim, eu que não sou tão alta, posso falar assim por alto, do alto da minha sabedoria de quem muito pouco sabe, mas muito ainda quer saber, que sou apenas única... e sou muitas!
Porque eu não quero ser só mais uma.