Coleção pessoal de rafaellakristinne

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Não sabemos o que perdemos no meio do caminho até o nosso ego nos mostrar. Só percebemos o que foi saindo de fininho quando não somos mais adorados, ou até mesmo a primeira opção para tudo. É aí que falhamos, deixamos o ego baixar a guarda e notamos o sentimento escondido por trás de todas as armaduras colocadas para nos proteger do mundo. Afinal, do quê nos protegemos?
Parece que respiramos amor ao invés de ar. Alimentamos o ódio ao invés do corpo. Vivemos todos o dias obcecados por ter alguém e por ter ninguém ao mesmo tempo. Queremos tudo e nada. E me pergunto mais uma vez, do quê nos protegemos ? É a mesma pergunta clichê que só nos trás respostas clichês. Quem dera eu torna-la uma charada de mim. Porém, nem eu mesma sei do que me protejo ou de quê protejo eles.
Somos patéticos. Eu sou patética.

Você não devia ficar até tão tarde na internet, não é? Você pode rir achando que é velho demais para temer o horário após a meia noite, mas eu te digo, eu estou rindo de você. Notou algo no canto do seu olho? Sou eu.

Deleite-se com a minha presença...
Ignore sua respiração brusca e descubra que eu estou te observando...
Arrepiado? É isso? Você está? Adoro sentir o medo em sua pele. Eu me alimento disso.
Busque minha presença atrás de você, ao lado, ou sendo mais clichê, olhe debaixo da sua cama.
Olhou? Espero que não, pois seria tolo demais. Eu sou o que você teme, o que te faz tremer. Quer descobrir meu nome? Olhe para as iniciais a partir do momento que mandei deleitar-se com minha amaldiçoada presença.

Não, não olhe com medo para a tela. Olhe para mim. Estou atrás de você.

Another month, another year, another smile, another tear, another winter and another summer too. But there can never be another you.

Ultimamente tenho feito tudo em demasiado. Fumar. Beber. Conhecer gente nova. Usar drogas ilícitas. Nada pesado demais, relaxe. As vezes só preciso do cigarro e silêncio pra sair um bom texto da minha cabeça. Outras, preciso de bebida e drogas pra ter uma noite divertida. A vida anda muito parada, na verdade, os amigos andam muito parados. Não sei se sou eu tentando amenizar o que não consigo discutir com qualquer um ou se estou tentando deixar todo mundo um pouco mais alegre pra mim. Tem dias que não sei pra quê bebo. Tem dias que não sei porque fumo. Tem dias que não sei porque vivo. Tem dias que não sei porque sei de tanta coisa. Tem dias que não quero saber de nada. Nem de mim. Não me importo com o que acontece depois que não consigo contar mais meus passos. Não mesmo. Se eu chegar bem em casa e consegui pelo menos deitar no sofá, tá ok, eu vou dormir e depois acordar como se nada tivesse acontecido. Mesmo que tenha acontecido. Assim sou eu. Drogada. Rebelada. Anarquista. Pacifista. Estranha. Assexuada. Bissexual. Sem muito o que dizer. Sem muito o que sentir. Oca. Cheia. Depende como a lua bate em mim e como o sol me esquenta. Temperamental.

Você verá que, entre o dedo e o outro, há sempre espaço para um anel igualzinho ao que te dei. Entre um pensamento e o próximo, há sempre espaço para outra distração. Desejado, útil, absurdo como as coisas acontecem e você está. Porque você sabe que me pergunto.
E vejo quando se move ou quando avança lentamente sobre texturas de tecido branco. Minha memória é lábil e eu não sei escrever mais como no passado.
Minha língua sedutora percorrer e chega aos teus joelhos, enquanto suas lágrimas vão debulhar-se sobre meus cabelos. Em seguida, as palmas das minhas mãos que abraçam suas coxas e seus dedos suados, poderiam escrever meu nome.
Seu desejo, em uma palavra.
Você terá o que deseja, do cotovelo para a bacia, eu o darei já.
Você 'sorri' ao invés de dizer 'Obrigado', então eu eu agradeço, obrigado. Você 'sorrir', do jeito que era para ela, sua mão descansa em das minhas janelas e olha para fora da janela com a cabeça para baixo, agora sem o sorriso, sem véus, sem o mesmo olhos para olhar para mim.
E acho que ambos precisamos dizer certas coisas, porque então todo mundo tem seu certo e incerto, mas há necessidade e vou te dizer.
Tudo e nada.
Essas coisas que eu gostaria de abrir a janela, e gritar para todos da rua. Mas não posso.
História fluindo e em compotas na minha cabeça, deixam que os outros roubem todas as minhas oportunidades.
Noite a noite. Dia a dia.

Você precisa ser irônica, fria e quieta o tempo inteiro, sua imbecil!

Eu tento todos os dias dar o melhor de mim a tudo, principalmente a mim.
Porque não é fácil partir-me em duas todos os dias pra esquecer uma.
Invento novas memórias. Novas glórias. Invento um novo jeito de sorrir. Invento um jeito novo de não desistir.
Mas ainda gosto do velho eu, das minhas velhas coisas e manias.
Se notou, eu perdi o brilho que ficava no canto dos meus olhos e com o tempo vou perdendo o jeito de suspirar ao te ver.
Mas acredito que você nunca notou. E é por isso que estou deixando tudo acontecer.
Colocando uma nova armadura.
Blindando o coração. E você não vai perceber mais uma vez. Perceber o quão boa eu era sem a armadura.

Coloca o bule no fogão, acende o fósforo e aproveita o fogo pra acender mais um cigarro.
Dois tragos e o pensamento preso a ele.
Coloca as xícaras, o açúcar, o bolinho de chocolate sobre a mesa.
Coa o café e o pensamento preso a ele.
Toma o café, meio amargo, parecido com o sorriso forçado do ultimo sábado.
Traga mais uma vez e olha a fumaça desfazendo-se com o vento, assim como os seus sentimentos e pensa nele.
Um boa lembrança surgi com o calor que o café provoca, mas logo se desfaz com todo o resto.
O café acabou. O cigarro apagou. E os sentimentos?

Ok, eu admito tudo.
Eu gosto do estrago que você deixa por onde passa.
Do modo errado e bonito que ficamos quando juntos.
Da suas mãos por entre as minhas pernas
e a sua boca na minha pele,
me deixando toda arrepiada.
Do frio na barriga virando o calor do quarto.
Não, não sussurre no meu ouvido.
Não, não sorria depois de um caloroso beijo.
Eu te proíbo de me mudar e de fazer promessas.
Eu também quero te proibir de sair pela porta, mas aqui,
eu só mando você me beijar e depois sumir.
Mas amor, é que eu gosto do jeito canalha que vai e não voltas.
E quando voltas é só pra iludir mais uma vez quem aguardando ficou.

Era mais uma amante perdida na bruma de uma noite de sábado. Por fim, era mais uma viciada em amor errado. Só que você não fazia parte da minha rota, mas não vou te deixar aqui sozinho nessa mesa pra dois. Vamos brindar à lua, ao acaso e ao teu sorriso. Por que no fim, eu só quero ser aquele caso que vai te fazer suspirar noite à noite, entre um golpe e outro, a vida inteira.

Você é testemunha ocular do meu passado.
É meu reflexo do bom e do ruim.
A pessoa que me enxergo. Espelho da minha alma.
Você é a minha arma contra tudo, sem você sou indefesa e sujeita a problemas irremediáveis.
Ao longo das datas formamos essa aliança, valorizamos os alicerces que demoraram a ser construído. Sobrevivemos aos testes do tempo, suas tempestades e não formos arrastados pela chuva.
Não apenas dividimos lanches. Dividimos memórias. Crises existenciais. Experiências. Culpas. Medos. Segredos e sonhos.
Emprestamos colos, palavras, tempo, cama, ouvidos e alma.
Recomendamos cuidado, cursos, viagens, alguns novos namorados e namoradas.
Acompanhamos um ao outro em festas, shoppings.
Carreguei-te pro meu mundo e me permiti ser carregada ao seu.
Passei-te cola, passei natal, ano novo, aniversário, feriado, carnaval, problemas e soluções.
Na tua dor caminhei em silêncio contigo, entrei no campo minado do teu coração e saímos ileso dele.
Suportamos-nos apaixonados. Suportamo-nos ausentes. Suportamos desavenças.
E quando nos determinamos seguramos as mãos, os corações, confissões, palavrões e até o mundo. Amigos como nós, ninguém tem.

Não posso te dizer o que realmente é.
Só posso te dizer com o que se parece.
Não consigo respirar, mas ainda luto.
Enquanto eu puder lutar, enquanto o errado parecer certo.

Te ofereço amor, mesmo bêbada de ódio.
É como uma droga e amo isso, por mais que eu sofra.
Continua sendo sufocante.
E nós não podemos impedir o tombo.
Então, aqui vamos nós outra vez.

Porque quando vai bem, vai ótimo
E quando vai mal, vai horrível…
Nunca me rebaixarei tanto novamente.

Você já amou tanto alguém ao ponto de nenhum dos dois saberem o que os atingiu?
Você mal consegue respirar quando vocês estão juntos.
Você tem aquela estranha sensação quente, aqueles arrepios.
Você olha para ele e jura jamais magoá-lo.
Só que você esta ficando farto.

Agora estou no seu lugar, vomitando veneno e estas palavras perdida em momentos.
Elas dizem que é melhor cada um seguir seu caminho,
acho que elas não conhece a você.
Porque hoje, foi ontem e ontem acabou.

Às vezes parecemos como discos quebrados, tocando a mesma canção.
Mas você prometeu, da próxima vez moderar.
E agora você não tem outra chance.
Minha vida não é um dos seus jogos, você mentiu novamente e agora pela sua janela me ver ir embora.

Eu sei que dissemos e fizemos coisas que não queríamos.
Regredimos aos mesmos padrões, mesmas rotinas.
Acredite, seu temperamento é tão ruim quanto o meu.

Você é igual a mim.
Quando trata-se de amor você está tão cego quanto eu!
"Não foi você amor, foi eu".
Talvez o nosso relacionamento não é tão louco quanto parece
E talvez seja isso que aconteça quando um furacão encontra um vulcão.

Tudo que sei é...
EU TE AMO demais para ir embora.
Porém, não seria o certo ficar aqui.
Sofre ainda mas sem merecer.

Ele parece com aquele sol que esquentou o meu domingo depois de várias ameaças de chuva. Persistente, forte e quente. É estranho pensar no sol, quando eu nunca fui tão a favor.
Desse lado da cidade ainda ameaça chover, vez ou outra, ainda faz frio. Mas alguma coisa parece ter mudado. E de alguma forma, eu sinto saudade do sol.
Chuva as vezes é bom pra lavar a alma, mas a minha está mais que limpa. Em todo caso, estou desejando que esse inverno passe logo e dê espaço para a tão sonhada primavera e seu doce calo. Você.

Tô com mais vontade de música. Tô com mais vontade de ficar acordada até tarde. Só porque não sou eu que busco assunto durantes as conversas. Você tem medo de me perder. Ninguém nunca teve medo de me perder. Eu sempre corria atrás de assunto, desesperada. E sempre desistiram de mim. Eu nunca deixo mesmo claro o que eu tô sentindo. E fica parecendo que eu não sinto. Mas é incrivelmente triste quando desistem do meu mistério.

As vezes parece que você está aqui. Cantando baixinho, leãozinho pra eu dormir.

Você bate pra doer, eu bato pra marcar. Porque a dor passa, mas a marca fica.

Strip-Tease

Chegou no apartamento dele por volta das seis da tarde e sentia um nervosismo fora do comum. Antes de entrar, pensou mais uma vez no que estava por fazer. Seria sua primeira vez. Já havia roído as unhas de ambas as mãos. Não podia mais voltar atrás. Tocou a campainha e ele, ansioso do outro lado da porta, não levou mais do que dois segundos para atender.

Ele perguntou se ela queria beber alguma coisa, ela não quis. Ele perguntou se ela queria sentar, ela recusou. Ele perguntou o que poderia fazer por ela. A resposta: sem preliminares. Quero que você me escute, simplesmente.

Então ela começou a se despir como nunca havia feito antes.

Primeiro tirou a máscara: "Eu tenho feito de conta que você não me interessa muito, mas não é verdade. Você é a pessoa mais especial que já conheci. Não por ser bonito ou por pensar como eu sobre tantas coisas, mas por algo maior e mais profundo do que aparência e afinidade. Ser correspondida é o que menos me importa no momento: preciso dizer o que sinto".

Então ela desfez-se da arrogância: "Nem sei com que pernas cheguei até sua casa, achei que não teria coragem. Mas agora que estou aqui, preciso que você saiba que cada música que toca é com você que ouço, cada palavra que leio é com você que reparto, cada deslumbramento que tenho é com você que sinto. Você está entranhado no que sou, virou parte da minha história."

Era o pudor sendo desabotoado: "Eu beijo espelhos, abraço almofadas, faço carinho em mim mesma tendo você no pensamento, e mesmo quando as coisas que faço são menos importantes, como ler uma revista ou lavar uma meia, é em sua companhia que estou".

Retirava o medo: "Eu não sou melhor ou pior do que ninguém, sou apenas alguém que está aprendendo a lidar com o amor, sinto que ele existe, sinto que é forte e sinto que é aquilo que todos procuram. Encontrei".

Por fim, a última peça caía, deixando-a nua: "Eu gostaria de viver com você, mas não foi por isso que vim. A intenção é unicamente deixá-lo saber que é amado e deixá-lo pensar a respeito, que amor não é coisa que se retribua de imediato, apenas para ser gentil. Se um dia eu for amada do mesmo modo por você, me avise que eu volto, e a gente recomeça de onde parou, paramos aqui".

E saiu do apartamento sentindo-se mais mulher do que nunca.

Amor Epidérmico

Seus pais foram jantar fora e deixaram o apartamento só para você, seu namorado e a tevê a cabo. Que inconseqüentes! Em menos de um minuto vocês deixam a televisão falando sozinha e vão ensaiar umas cenas de amor no quartinho dos fundos. De repente, escutam o barulho da fechadura. Seu pai esqueceu o talão de cheques. Passos no corredor. Antes que você localize sua camiseta, sua mãe se materializa na porta. Parece que ela está brincando de estátua, mas não resta dúvida que entrou em estado de choque. Você diz o quê? Mãe, a carne é fraca.

A desculpa é esfarrapada mas é legítima. Nada é mais vulnerável que nosso desejo. Na luta entre o cérebro e a pele, nunca dá empate. A pele sempre ganha de W.O.

Você planeja terminar um relacionamento. Chegou à conclusão que não quer mais ter a seu lado uma pessoa distante, que não leva nada à sério, que vive contando piadinhas preconceituosas e que não parece estar muito apaixonado. Por que levar a história adiante? Melhor terminar tudo hoje mesmo. Marca um encontro. Ele chega no horário, você também. Começam a conversar. Você engata o assunto. Para sua surpresa, ele ficou triste. Não quer se separar de você. E para provar, segura seu rosto com as duas mãos e tasca-lhe um beijo. Danou-se.

Onde foram parar as teorias, os diálogos que você planejou, a decisão que parecia irrevogável? Tomaram Doril. Você agora está sob os efeitos do cheiro dele, está rendida ao gosto dele, está ligada a ele pela derme e epiderme. A gravação do seu celular informa: seus neurônios estão fora da área de cobertura ou desligados.

Isso nunca aconteceu com você? Reluto entre dar-lhe os parabéns ou os pêsames. Por um lado, é ótimo ter controle absoluto de todas as suas ações e reações, ter força suficiente para resistir ao próprio desejo. Por outro lado, como é bom dar folga ao nosso raciocínio e deixar-se seduzir, sem ficar calculando perdas e danos, apenas dando-se ao luxo de viver o seu dia de Pigmaleão.

A carne é fraca, mas você tem que ser forte, é o que recomendam todos. Tente, ao menos de vez em quando, ser sexualmente vegetariano e não ceder às tentações. Se conseguir, bravo: terá as rédeas de seu destino na mão. Mas se não der certo, console-se. Criaturas que derretem-se, entregam-se, consomem-se e não sabem negar-se costumam trazer um sorriso enigmático nos lábios. Alguma recompensa há de ter.

Sumi porque só faço besteira em sua presença, fico mudo
quando deveria verbalizar, digo um absurdo atrás do outro quando
melhor seria silenciar, faço brincadeiras de mau gosto e sofro
antes, durante e depois de te encontrar.
Sumi porque não há futuro e isso não é o mais difícil de
lidar, pior é não ter presente e o passado ser mais fluido que o ar.
Sumi porque não há o que se possa resgatar, meu sumiço é
covarde mas atento, meio fajuto meio autêntico, sumi porque
sumir é um jogo de paciência, ausentar-se é risco e sapiência,
pareço desinteressado, mas sumi para estar para sempre do seu
lado, a saudade fará mais por nós dois que nosso amor e sua
desajeitada e irrefletida permanência.

Da janela vejo você passar junto com as horas
Sinto o tempo mudar junto com meu humor.
Entra brisa, sai uma dor
Entra respingos de chuva, entra flores secas e você não entra.
Da janela vejo você sorrir com o nada
Tropeçar, levantar e seguir
Vento passar, você passar e não me vê sorrindo pra ti.
Da janela eu fico te olhando,
Te vejo saudando o pôr-do-sol,
Te vejo fazendo pedidos as estrelas cadentes.
E ai, quando finalmente resolvo sair da janela
te vejo olhando pra mim, sorrindo pra mim e desejando me ter só pra ti.
Daquela mesma janela eu nos vejo ser feliz.