Coleção pessoal de rafael_silva_39
Dizem que cedo demais me entrego,
que aceito as quedas como se fossem nada.
Mas não veem o campo que enfrento em silêncio,
nem a guerra travada na alma cansada.
Julgam-me fraco por não gritar ao cair,
por não sangrar em praça pública a dor.
Mas lutei — com dentes, com sonhos, com pranto
até a última chama do meu próprio ardor.
Travei batalhas que ninguém testemunhou,
no escuro, onde só o coração escuta.
E cheguei a um ponto tão alto, tão fundo,
que a vitória ou a perda tornou-se diminuta.
Resiliência é meu escudo, bravura meu chão.
Não preciso da glória estampada na testa.
Aprendi que há honra também na rendição,
quando a alma, mesmo ferida, permanece honesta.