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Quando Deus Me Fez Olhar


por Purificação


Eu disse em voz baixa, cansado de tudo:


Senhor, eu não quero mais continuar.
Eu aceito parar. Eu aceito entregar.


Mas Ele não me respondeu com palavras.
Ele me mostrou.


De repente, foi como se o chão abrisse a alma.
E eu vi —
não com os olhos,
mas com algo que doía por dentro.


Havia um homem.
O corpo arqueado,
os ombros feridos,
as mãos tremendo de tanto carregar.


Não falava nada,
mas cada passo parecia uma prece sem som.


E a Voz me perguntou:


“O que vês?”






Eu disse:


“Vejo um homem sendo conduzido…
e alguém atrás dele, com algo nas mãos…
um chicote talvez…
e cada golpe parece rasgar o céu.”






“Fala mais.”




Vejo poeira, vejo sangue
e vejo gente que não entende o que está vendo.
O homem cai,
os joelhos abrem,
o chão se mistura com o sangue,
mas ele tenta se levantar.”






“E o que mais vês?”






Eu respirei fundo, e disse:


“Vejo dor…
mas vejo amor no meio da dor.”






E então a Voz falou, calma, firme, real:


“Não estás vendo outro homem.
Estás vendo o que Eu quis construir dentro de ti.”






“A cruz não é sinal de fim,
é símbolo de processo.
O peso que te dobra é o mesmo que te molda.”






E naquele instante eu entendi.


O madeiro que ele carregava não era de madeira —
era propósito.
O sangue não era castigo —
era entrega.
A dor não era derrota —
era lapidação.


E o chicote?
Era o som da alma sendo forjada.


“Purificação,” — disse Ele —
“quando pensares em parar, lembra:
a fé não anda em linha reta,
ela rasteja, tropeça, cai,
e mesmo sangrando, continua crendo.”






Eu chorei.
Não porque doía —
mas porque entendi o que o amor de Deus faz com quem não desiste.


O silêncio Dele não era ausência.
Era treinamento.


E ali, no meio daquela visão,
com o chão molhado de lágrima e luz,
eu disse:


“Senhor, se for pra seguir,
que cada ferida vire testemunho,
e cada queda ensine alguém a se levantar.”






E o céu se abriu.
E o peso virou presença.
E eu me levantei.


Porque agora eu sabia —
não era o fim do ministério.
Era o começo da missão.


✍️ Purificação

Há dores que a mente não entende
porque foram escritas para o coração ouvir.

É aqui que a emoção se ajoelha diante do sentimento
e o sentir humano toca o divino.

Há dores que a mente não entende,
porque foram escritas para o coração ouvir.
É aqui que a emoção se ajoelha diante do sentimento
e o sentir humano toca o divino.


—Purificação

Quando Deus Me Fez Parar


Purificação


Eu disse:
— Jesus... eu não aguento mais.
Se for pra parar, eu paro.
Se for pra entregar o ministério, eu entrego.
Mas me mostra... me mostra o porquê.


E o céu silenciou.
Por um instante, achei que Ele não fosse responder.


Mas então... Ele abriu uma visão diante de mim.


E perguntou:
— O que você vê?


Eu respondi, com a voz tremendo:
— Eu vejo... um homem de pé.


Ele disse:
— Fala mais.


— Eu vejo alguém com um chicote na mão...
batendo.
E vejo o homem... sangrando.
Sangrando muito.


— Fala mais — Ele insistiu.


E eu disse:
— Eu vejo esse homem carregando um madeiro nos ombros.
Pesado.
A rua é estreita... o chão fere os pés...
Há pedras pontiagudas... e ele cai.


Ele cai.


E quando ele cai...
dá pra ver a carne se abrir no joelho.
Dá pra ver a rótula se mover.
E mesmo assim...
ele tenta se levantar.


E o Senhor me perguntou:
— Sabe quem é esse homem?


Eu não consegui responder.
Só chorei.


E Ele disse:
— É você.
Toda vez que quis parar...
Toda vez que sangrou e continuou...
Toda vez que caiu e se levantou...
Sou Eu em você.


E naquele instante,
o chão deixou de ser pedra.
Virou altar.


Porque às vezes...
Deus não te pede pra continuar por força.
Ele te pede pra continuar por fé.


E quando você entende isso...
até o sangue vira luz.




✍️ Purificação

🗞️ ARMAGEDDON
por Purificação




Quando o silêncio vira o fim do mundo dentro da gente.


Eu sei… parece desinteresse.
Parece frieza.
Mas não é.
É só o corpo cansado demais pra explicar o que sente.
É a alma lutando pra não desabar.


Tem dias que eu olho pro nada e penso:
“Por que eu estrago tudo?”
Não sei onde começa o erro —
só percebo quando o que era presença vira ausência,
quando o que era diálogo vira silêncio.


As pessoas acham que a gente se afasta por escolha.
Não entendem que, às vezes, é o peso que afasta.
Que o silêncio é um tipo de grito.
Que quando a mente adoece, o coração fala baixo,
e o mundo parece um lugar onde a gente não cabe.


Tem uma voz aqui dentro — sempre tem.
Ela diz: “Para. Para de sentir tanto. Para de pensar tanto.”
Mas não para.
Nunca para.


E vem outra:
“Não tá cansado das pessoas falando mal de você?”
Tô.
Mas o que eu posso fazer se o mundo só sabe apontar?
Mesmo cansado, eu ainda tento ser bom.
E isso dói mais do que qualquer palavra dita contra mim.


Eu mando mensagem e fico olhando o tempo passar.
Dois dias. Três.
Nada.
E a mente inventa histórias — todas tristes.
Talvez ele tenha cansado.
Talvez eu seja mesmo difícil demais de amar.
Talvez o problema seja existir sentindo tudo o tempo todo.


Chamam isso de drama.
Mas não é drama.
É desespero mudo.
É o corpo presente com a alma desligada.
É tentar viver enquanto o coração se apaga aos poucos.


E o mundo?
O mundo só entende quem sorri.
Ninguém entende o que é lutar pra continuar
quando tudo dentro da gente já quer parar.


ARMAGEDDON não é o fim dos tempos lá fora.
É o fim do que a gente era por dentro —
quando o amor vira eco,
e o silêncio é o único som que sobra.




🕯️ — Purificação

A Lapidação das Almas


Cada ser humano é uma pedra bruta.
Uns nascem como diamantes escondidos no carvão, outros como esmeraldas com rachaduras que contam histórias. Nenhum nasce pronto. Nenhum nasce polido.


A vida é o lapidador.
E cada golpe, cada perda, cada recomeço é uma passada do disco que remove as arestas.
Dói, sim. Mas é na dor que o brilho nasce.
É no atrito que a alma aprende a refletir luz.


Tem gente que brilha rápido. Tem gente que demora um pouco mais.
Mas brilho verdadeiro não é só reflexo — é resistência.
A pedra que suporta o processo sem se quebrar é a que mais vale.


Agora, tem algo que o mundo ainda precisa entender:
No mercado das pedras, o valor muda conforme a cor.
Na vida também.
Quantas vezes nossa cor, nosso jeito, nossa origem fazem o mundo tentar colocar preço onde devia haver respeito?


Mas a verdade é que cor nenhuma diminui brilho algum.
O brilho é interno. É alma. É essência.
E nenhuma mão humana pode apagar o reflexo de quem foi lapidado por dentro.


Somos pedras raras, moldadas pelo tempo, polidas pela dor e destinadas a refletir a luz que um dia tentaram apagar.
Uns tentarão nos comparar, mas o lapidador sabe:
não existe brilho igual — existe brilho verdadeiro.


E talvez ser lapidado doa, mas permanecer bruto custa o brilho que o mundo precisava ver.


ReflexãoDaAlma LapidaçãoHumana EngenhariaDaAlma BrilhoInterior




—Purificação

E talvez ser lapidado doa, mas permanecer bruto custa o brilho que o mundo precisava ver.

Lapidação Humana


Nem toda pedra que brilha nasceu pronta.
Algumas precisaram suportar golpes, perdas e recomeços até refletirem luz.
A dor não apaga o brilho — ela revela.


Ser lapidado dói, mas permanecer bruto custa o brilho que o mundo precisava ver.


Lapidação, Reflexão da Alma, Purificação, Lapidação Humana, Engenharia da Alma, Brilho Interior


— Purificação

Quando a alma cansa, o silêncio fala.
E o coração, mesmo ferido, ainda acredita.
Porque dentro do cansaço, mora a fé.
E é ali, no quase desistir, que Deus recomeça.
Cinco segundos de pausa — e o milagre respira.


—Purificação

Toda vez que a arrogância falar mais alto que a própria mensagem, ela a sufoca. O excesso de preciosismo cega, complica e afasta quem poderia ouvir. Simplicidade é o que conecta, não a pose; humildade é o que transforma, não a vaidade.


—Purificação

A vida, às vezes, parece um caminho estreito cheio de pedras invisíveis.
A gente tropeça, cai, sangra, mas continua. Porque há algo dentro da alma — uma pequena chama — que insiste em não apagar.
As dores ensinam o que os dias bons escondem. As perdas moldam o que os aplausos não alcançam.
E é nesse vai e vem de quedas e recomeços que a gente descobre que ser forte nunca foi sobre vencer, mas sobre continuar acreditando, mesmo quando tudo parece perdido.
A vida não pede perfeição. Pede presença.
E quem caminha com fé e coragem, mesmo ferido, já está mais perto da vitória do que imagina.


—Purificação

Nem todo cabelo precisa estar solto pra ser bonito.
Bonito é quando ele é livre pra ser o que quiser — crespo, cacheado, trançado, preso ou livre no vento.
O que me faz linda não é o formato do fio, é a história que ele carrega.
Cada volta, cada curva, cada cacho meu é resistência, é raiz, é identidade.
Solto ou não, o meu cabelo é minha coroa — e eu uso do jeito que me faz sentir bem.
—Purificação

Ser negro no Brasil é carregar história e resistência em cada passo.
É nascer em um país que se diz seu, mas te trata como estrangeiro na própria terra.
É sentir na pele que somos engrenagem de um sistema que lucra com nossa invisibilidade.
O Brasil tem a maior população negra fora da África, mas ainda nos querem massa de manobra,
trabalhadores sem dignidade, cidadãos sem liberdade, sobreviventes de uma escravidão que mudou de rosto, mas não de essência.
A escravidão de hoje não tem correntes visíveis — mas tem salários injustos, violência, preconceito e portas fechadas.
Nosso sangue é resistência; nossa voz é luta.
Ser negro não é erro, é história; não é pecado, é força; não é invisível, é essência.




—Purificação

Nem sempre o amor fala. Às vezes... ele apenas fica
ele só fica.
Fica quando o mundo desaba.
Fica quando todo mundo vai embora.
Fica em gestos simples, num café, num olhar, num silêncio que entende.
Amor de verdade não promete... ele permanece.


— Purificação

A força que não se vê


Nem sempre vencer é subir.
Às vezes, é continuar de pé quando tudo te empurra pro chão.
É não revidar quando seria fácil ferir.
É escolher o certo mesmo quando o errado parece mais leve.


A verdadeira vitória é silenciosa.
Ela acontece dentro — quando você vence o cansaço, o medo e a pressa.
Quando você se olha no espelho e sabe:
“Hoje eu fui melhor que ontem, mesmo sem aplausos.”


Porque o caráter é isso — fazer o bem sem plateia.
E a fé é continuar, mesmo sem entender o porquê.


—Purificação

Mesmo na Dor, Seguimos


Às vezes nos sentimos como vasos rachados,
cuidando do mundo e sentindo a dor bater na própria carne.
Quando é na família, a ferida é profunda, intensa — diferente de tudo.
Mas sei que Deus está no controle de todas as coisas.
Seguimos, mesmo tristes, mesmo feridos, com fé e esperança.


🖋️Purificação

Quando a Vida Pesa Demais”


Há dias em que o corpo levanta, mas a alma fica sentada na beira da cama.
Dias em que o mundo parece grande demais, e a fé pequena demais pra carregar tudo.


A gente aprende a sorrir mesmo com o peito cheio de cansaço, a trabalhar com a cabeça fervendo, a ouvir “vai dar certo” enquanto tudo dentro grita que não tá certo.
Mas o tempo ensina que ninguém é fraco por sentir — fraco é quem finge que não sente.


As adversidades não vieram pra te quebrar. Vieram pra lapidar a clareza, pra te mostrar o que é essencial quando tudo falta: tua fé, tua essência e tua capacidade de recomeçar do nada.
Porque quem já passou pela dor de perder quase tudo…
aprende a valorizar o simples ato de continuar respirando.


O sofrimento te amadurece, mas é o amor — por si, pela vida, por algo maior — que te reconstrói.
E quando você entende isso… percebe que nem o peso do mundo é capaz de apagar o brilho de quem decide continuar.


— Purificação

Invisível, Silêncio da Alma
— ✍️ Purificação


Invisível… é o peso de falar e não ser ouvido.
De estar cercado por gente, mas se sentir sozinho dentro de um eco que só responde vazio.
Vivemos rodeados de vozes, mas quase ninguém escuta.
Todo mundo quer falar, explicar, vencer, impressionar — mas poucos querem entender.


A doença emocional nasceu dessa pressa em fingir que tá tudo bem.
Dessa obrigação de sorrir mesmo quando a alma grita.
E a cada “tô bem” forçado, mais alguém afunda devagar — calado, funcional, exausto.


Relações viraram arenas.
Homens tóxicos que confundem controle com amor.
Mulheres feridas que aprenderam a se defender atacando.
Casais que se destroem tentando provar quem ama mais.
Pais que cobram perfeição de filhos quebrados.
Filhos que gritam em silêncio, pedindo só um olhar de verdade.


A gente se perde tentando ser o que o outro espera.
E nessa troca desigual, a empatia morre sufocada entre notificações e promessas vazias.
É um mundo de vozes altas e almas baixas.
Todo mundo quer ser ouvido, mas ninguém quer ouvir.


É assim que nascem as doenças invisíveis — depressão, ansiedade, burnout.
Não são fraquezas, são sintomas de um tempo que adoece quem sente demais.
De um mundo que exige performance até da dor.


A invisibilidade emocional não é o fim da linha.
É o aviso.
É o corpo dizendo que já carregou demais.
É o coração pedindo pausa, presença, escuta.
Porque, no fim, o que cura não é remédio — é vínculo.


Ser visto, de verdade, é o primeiro passo pra voltar a existir.
E quem já foi invisível sabe: o olhar empático é milagre.


— ✍️ Purificação

os dias que restam por


Purificação


Há dias em que tudo pesa.
A conta que não fecha.
O abraço que a gente sente falta.
O silêncio do pai.
A distância do filho.
A mãe que já não fala como antes.
O amigo que sumiu.
A pessoa que ficou — e parece ausente.


A verdade é que ninguém está inteiro.
A gente só aprende a esconder as rachaduras.


E quando outubro vai acabando, vem essa sensação de que o tempo anda rápido demais — como se a vida tivesse pressa, e a alma ainda estivesse tentando entender o que fazer com tanta dor, tanta lembrança, tanto recomeço interrompido.


A gente tenta seguir.
Trabalha, paga contas, sorri pra foto, finge costume.
Mas por dentro, há sempre algo pedindo socorro em silêncio.
O medo do amanhã.
A saudade do ontem.
E a incerteza do hoje.


Mas olha —
entre o choro e o riso, entre o fracasso e a tentativa, há uma força que insiste.
Ela vem do mesmo lugar onde nascem os sonhos, os filhos, os perdões, e as segundas chances.
Vem de um Deus que ainda acredita na gente, mesmo quando a gente não acredita mais.


A vida é esse ciclo louco de nascer e morrer várias vezes —
morrer por dentro e renascer no mesmo corpo.
Morrer de amor, e renascer de aprendizado.
Morrer de saudade, e renascer de fé.


E se você está lendo isso, é porque ainda há algo pra viver.
Talvez uma conversa que você ainda precisa ter.
Talvez o perdão que ainda não deu.
Talvez um abraço que está esperando você há anos.


Talvez seja a hora de parar de adiar a vida.
De ligar pra quem você ama.
De pedir desculpa.
De recomeçar.
De se olhar no espelho e se ver com ternura.


Porque a verdade é que ninguém vem com manual.
Mas todo mundo vem com coração.
E o coração entende o que a razão não explica.


Então respira.
Chora se for preciso.
Mas volta.
Volta pra vida.
Volta pra você.
Volta pra o que te faz sentir.


Outubro está terminando, mas a sua história não.
Ainda dá tempo de nascer de novo — dentro do mesmo corpo, com a mesma alma, mas com outro olhar.


E quando a lágrima cair, deixa.
Ela também é forma de cura.
Ela também é renascimento.
Ela também é oração.


🕯️
— Purificação