Coleção pessoal de princesajuly

41 - 60 do total de 57 pensamentos na coleção de princesajuly

De certo modo ele se tornara essencial para minha sobrevivência.

Seria tão errado tentar fazê-lo feliz? Mesmo que o amor que eu sentia por ele não passasse de um eco fraco do que eu era capaz de amar, mesmo que meu coração estivesse muito longe, vagando e lamentando por meu romeu volúvel, seria assim tão errado?

Mas eu conseguiria fazer isso? Conseguiria trair meu coração ausente para salvar minha vida patética?

“Seja feliz”, disse-me sem saber que seria totalmente impossível sem ele.

Eu não imaginava que mudaria tanto ao me apaixonar.

Só por se apaixonar, as cores do cenário mudam. E você consegue ouvir o vento soprando gentilmente.

Ele sempre me capturava de repente, e deixa um estranho sentimento de agitação em meu coração.

Não conseguia suportar que ele ficasse magoado, e ao mesmo tempo não podia evitar que ele me magoasse.

O verdadeiro amor estava perdido para sempre. O príncipe nunca voltaria para me despertar de meu sono encantado com um beijo. Eu não era uma princesa, afinal.

Ele pegou meu rosto entre as suas mãos de pedra, segurando-o com firmeza enquanto seus olhos de meia-noite cintilavam nos meus com a força gravitacional de um buraco negro.

Não que isso importe. Se você ficar, não preciso do paraíso.

O conto de fadas tinha voltado. O príncipe retornara, o feitiço fora quebrado.

De muitas maneiras verdadeiras, eu o amava. Ele era meu conforto, meu porto seguro. Naquele exato momento, eu preferia que ele me pertencesse.

Eu parecia uma lua perdida - meu planeta destruído em algum cenário desolado de cinema-catástrofe - que continuava, apesar de tudo, a rodar numa órbita muito estreita pelo espaço vazio que ficou, ignorando as leis da gravidade.

O amor não funciona desse jeito, concluí. Depois que você gosta de uma pessoa, é impossível ser lógica com relação a ela.

Mesmo eu lutando pra não pensar nele, eu não lutava pra esquecê-lo. Eu tive medo que - tarde da noite, quando a exaustão pela falta de sono quebrasse minhas defesas - que eu acabasse me dando por vencida. Eu tive medo que minha mente fosse como uma peneira, e que algum dia eu não lembrasse mais a cor exata dos seus olhos, a sensação do toque da pele fria dele, ou da textura da voz dele.
Eu podia não pensar nisso, mas eu precisava me lembrar disso. Porque só havia uma coisa na qual eu precisava acreditar pra ser capaz de viver - eu precisava saber que ele existia. Isso era tudo. Tudo mais podia ser suportado. Contanto que ele existisse.

Quanto mais você ama alguém, menos sentido as coisas fazem.