Coleção pessoal de paulo_lucindo

Não há fatos eternos, como não há verdades absolutas.

O sábio nunca diz tudo o que pensa, mas pensa sempre tudo o que diz.

Os olhos do espírito só começam a ser penetrantes quando os do corpo principiam a enfraquecer.

Quem ama extremamente, deixa de viver em si e vive no que ama.

A necessidade que é a mãe da invenção.

Os homens não desejam aquilo que fazem, mas os objetivos que os levam a fazer aquilo que fazem.

O livro é um mestre que fala, mas que não responde.

Uma vida não questionada não merece ser vivida.

As juras de amor não são mentiras, de maneira alguma!
São verdades com prazo de validade..."

Os Miseráveis.

‎Vítor nasceu… no Jardim das Margaridas.
Erva daninha, nunca teve primavera.
Cresceu sem pai, sem mãe, sem norte, sem seta.
Pés no chão, nunca teve bicicleta.
Já Hugo, não nasceu, estreou.
Pele branquinha, nunca teve inverno.
Tinha pai, tinha mãe, caderno e fada madrinha.
Vítor virou ladrão, Hugo salafrário.
Um roubava pro pão, o outro, pra reforçar o salário.
Um usava capuz, o outro, gravata.
Um roubava na luz, o outro, em noite de serenata.
Um vivia de cativeiro, o outro, de negócio.
Um não tinha amigo: parceiro.
O outro, tinha sócio.
Retrato falado, Vítor tinha a cara na notícia,
enquanto Hugo fazia pose pra revista.
O da pólvora apodrece penitente, o da caneta
enriquece impunemente.
A um, só resta virar crente, o outro, é candidato a presidente.