Coleção pessoal de MoniquePaixao

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Não há memória que se vá quando ainda se há lembranças, canções... saudades. Você pode até ter ido embora para outro lugar, outras ideias, mas o que vivi ao seu lado estará aqui comigo. Boas memórias, recordações. Grandes saudades. Lamentável mesmo é saber que você está longe e não longe ao meu lado.

Atravesso a noite com um verso
Que não se resolve
Na outra mão as flores
Como se flores bastassem
Eu espero
E espero
Não funcionam luzes, telefones
Nada se resolve
Trens parados, carros enguiçados
Aviões no pátio esperam
E esperam
A chave que abre o céu
D´aonde caem as palavras
A palavra certa
Que faça o mundo andar

Tudo fica bem se estiver bem.
Não existe lágrima que te derrubará
Enquanto você estiver no chão.
Não há ninguém que lhe atrapalhará
Enquanto estiver sozinho, largado.
Não haverá brisa que lhe refresque,
Vento que te leve, não existirá.
Não se ouvirá nada,
Nada que seja breve ou longínquo
Não conhecerás alma boa, nem ruim.
Tampouco almas reconhecerás.
Existem coisas que não mais existirão
Assim como as que não existem,
Mas passarão.
Não mais será monótono
Como o dia e seu dono sol,
A noite e suas filhas estrelas.
Assim também, como as gotas salgadas do mar
E os bilhares grãos de areia.
Será assim, vazio,
Como o tudo que carreguei de tua leveza
E o nada que ganhei de tua franqueza.

Mas... tudo ficará bem se eu estiver bem.
Não existe lágrima que me derrubará
Enquanto eu estiver no chão.

Já comecei a perceber coisas que, não sei, só eu vejo.
Só minhas coisas não parecem fluir. Só meu celular que não toca, só minhas cartas não chegam, só as minhas lembranças morrem.
É como se tudo em que estou envolvida não funcionasse, não gerasse uma flor, uma arvore. Mas sim uma pedra, uma pedra que não pode ser talhada. Que é tão frágil para servir como faca ou roda e tão forte, dura para ser lapidada. Imprestável.
Somente meu cabelo que arma, apenas minhas unhas quebram, somente minhas sandálias arrebentam... apenas meus pés se queimam sobre um travesseiro de plumas.
Sinto meus músculos se contraindo contra eles próprios e meus ossos rangem, apenas meu corpo sente o frio de 29°C.

Já passou o tempo em que eu dizia estar ocupada ou perdida. Hoje nem sei se estou, se é que estou aqui. Nem tempo para me expor, para escrever tenho mais, mas, nem sei se a questão é tempo. Acho que é vontade que não tenho mais... vontade até tenho, mas, é tão raquítica que não move um milímetro cúbico de ar.