Coleção pessoal de Molica
O mundo está tão indiferente.
Parece que ninguém significa nada um para o outro.
O que vemos é amor e amizade por interesse ou conveniência.
E, no momento em que você deixa de servir, é descartado… como se não houvesse nada dentro de você.
Hoje, o medo é tão grande que eu mesma afasto as pessoas.
Não permito que se aproximem, que se tornem íntimas — e faço isso sem perceber.
Quando me dou conta… continuo sozinha.”
Nunca me senti segura dentro de um relacionamento, e gostaria de saber como é isso… qual é essa sensação.
Sempre fui eu quem deu a estabilidade do relacionamento.
Quero ter, um dia, a possibilidade de encontrar alguém que faça o mesmo por mim.
Alguém que, independente dos meus defeitos, inseguranças e traumas, eu saiba que posso contar.
Estou cansada de ser forte para tudo.
Fui tão forte para os outros que, hoje, não tenho forças nem pra mim.
Sinto que enterrei minhas emoções para me proteger — principalmente a alegria, a animação, o brilho no olhar — porque o final sempre foi o mesmo: a decepção.
Sei que criei um muro tão alto para que ninguém me machucasse, que até eu tenho dificuldade de passar por ele.
Não me permito me emocionar.
Não me permito sentir, porque o medo é maior.
Medo de pagar pra ver… e acabar me perdendo de mim mesma.
Mas, apesar de tudo isso, ainda quero amar.
Quero amar alguém como um dia já amei — com a mesma intensidade de quando senti o amor pela primeira vez… ou até de uma forma maior.