Coleção pessoal de mfpoton

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Vivendo a vida fazendo arte
pixando muro por toda parte.

A mulher apaixonada!



É um ser em estado de torcida do Flamengo.
Torce mais por ele (o amado) que pela Seleção.
Entra no campo, agride o juiz, salta o alambrado,
topa qualquer desafio. Só vê a vitória.

Vai pro exílio, larga carreira,
profissão, conveniência, partido político.
Só tem um caminho e uma verdade: o amor.
O resto virá depois. Sem ele, o tudo é nada.

É o mais paciente dos seres impacientes.
Sempre em estado de 'estou pronta' leva anos
esperando com uma insuportável e maravilhosa impaciência,
exigência, dedicação, entrega, cegueira, vontade de quintais,
praias e amarrações que supõe perfeitas e definitivas.
Ninguém vive a provisoriedade com tanto sentido de permanência.
Ninguém assina em branco e antecipa tantos avais de afeto.
Ninguém erra com tanta convicção e decência.

É fera e santa, guerreira e gato,
desastrada e genial,
capaz de usar fitas; meias coloridas;
de enfrentar solidões, distâncias,
presenças e furacões pelo ser amado.
É o mais regular dos seres irregulares, porque
não julga, não pensa, não avalia: sente.
E que se danem o mundo, as regras, as regulações,
disposições, legislações e tudo aquilo que a mãe ensinou!
Que o mundo exploda em flores!

Ser de grandezas só vive de migalhas.

Entende de lençóis iluminados pela luz do corredor
nas noites sem sono, conhece ruídos diferentes
de tique-taques e entende de
cantores e poetas (escolhidos secretamente).

Interpreta as mensagens mais sutis do amado:
tom de voz, espaço entre uma e outra frase,
fomes dominicais, impressões vagas de cansaço,
tédio, alegria ou saudade expressas por fungados,
suspiros, desabafos, interjeições, gestos, sons, olhares.

Mistura disposição com vontade.
Possibilidade com ânsia. Dificuldade com não querer.
Em suma: é o mais incapaz dos capazes do que há de melhor,
mais lindo, legítimo e verdadeiro.

Especialista em pretextos; modista de oportunidades;
navegantes de esperanças; tecelã de ternuras;
doceira de amarguras.

É furacão e chuvisco; exaltação e placidez;
adivinhação e alienação; sábia e patusca;
maravilha e susto; mãe e mulher;
filha e bruxa; santa e desastrada.

O único ser que topa qualquer parada não é o herói,
o desesperado ou o valente:
é a mulher apaixonada.

Segredos de debaixo dos lençóis
entre sussurros e risinhos...
linguagem de amantes,
onde confesso pra quem escrevo...
Não durmo sem você,
bem juntinho de mim...
não me sinto sozinha...
porque sei que tenho você...
Não há como não admira-lo...
seu andar macio, seguro e consistente.
A firmeza de suas coxas...
A força do seu dorso...
seu olhar amarelo
sereno e calmo
ora brando... ora feroz...
Seu coração...
Sua juba...
Tão senhor de si...
Onipotente...
meu leãozinho de pelúcia...

Algodão doce a preencher
o céu de cor de rosa
numa nuvem passageira...
e os olhos de criança...
A firmar o palito tão desajeitadamente,
e um novelo do tamanho da carinha
a grudar nos cabelos...
Para desespero...
A nuvem resolveu chover cor de rosa,
desta satisfação despreocupada...
lambuzada...
Educar seria mostrar sua ainda inabilidade
ou deixar sujar-se para que sinta a sua vontade.
E deixar que um passeio... seja um passeio...
uma singela descoberta de criança e pais...

Porque desprezo...
se o tenho em meus pensamentos...
Te quero... e não te tenho
Te sinto... e não te toco
Te encontro em sonhos...
em nuvens e formas que eu mesma invento...
Que se transformam em fumaça que se dissipam no vento...
Não sei se tenho seu desprezo ou minha inexistência
Só sei...
que de concreto sua ausência
Entras me persuadindo de forma surpreendente
ainda mais pra mim que vivo andando no vento...
Te quero...
Te desejo...
Sua existência preenchendo meus devaneios ingênuos...
que mais parecem brincadeiras...
que eu crio
em formas e formatos de tato e nuvens...
Se acontecer realmente, sou capaz de nem perceber
devido a tantos sonhos...

Pensei que pudesse
te esquecer...
mas sinto teu cheiro,
olho pro lado e
não te vejo...
Não posso devassar...
não é como sinto...
Preciso de sua reciprocidade
se evasiva... fico sem
saber...
me chame...
vem mansinho... e me diga
com um toque
sutil de mãos...
de carinho...
sobre você e eu...
Aí então... devassarei
cada cantinho do seu coração...
apenas com o que me
permitir...
bem de mansinho...
sem atroçar
seu carinho...
pois assim,
quebraria um encanto...

Hoje escrevo para não me sentir sozinha, para dizer ao mundo que estou aqui, que tento seguir em frente apesar de ver tudo a andar para trás, que luto mesmo sabendo que por vezes lutar não é suficiente para mudar o nosso rumo...
Hoje escrevo para agradecer a todos os que foram importantes e aos poucos que ainda são importantes na minha vida, mas principalmente escrevo para aqueles que me magoaram e me desiludiram, porque graças a eles hoje sou uma pessoa mais forte, mais corajosa, mais ponderada...
Hoje escrevo para exteriorizar o que me vai na alma, para mostrar que não devemos ter medo de nada, nem mesmo da escuridão, que por vezes nos consome por dentro...
Hoje escrevo para dizer a mim e a ti que lês estas minhas palavras e que te identificas com elas que somos diferentes, que somos genuínos e que, por sermos assim, cheios de nada e ao mesmo tempo de tudo, somos vencedores nesta vida, nesta etapa, neste teatro em que não passamos de personagens a viver algo que já tinha sido destinado para nós!

Nas minhas andanças
cabisbaixas;
lantejoulas cintilando
no asfalto
E eu a contar como
estrelas de uma constelação
Neste universo suspenso
da minha imaginação
Devagando minhas horas,
anseios e corpo...
esbaldando da natureza
nos passos de cada instante...

hum!...último biscoito do pacote
estou com uma fome danada, e quero te comer...

Um veloz colibri a me
passar no marinho da noite,
flutuando meu sono
que se recusa...
Me deixe dormir esvoaçante,
volte amanhã
para beijocar os hibiscos
já que a mim não
queres beijar...
Quando os bebedouros
estiverem dourados
Venha volatear o nécta da flor
já que o meu, estás
a recusar...
e agora quero dormir,
mesmo sem os beijos teus...
Deixe estar...
amanhã me transformarei
em papoulas e te
embriagarei de amor...

Para que deixar passar
o tempo sem sentir?
pois que na vida nada fica.
e a sensação de existir,
É a percepção dos momentos
dentro do coração.
olhar, ouvir e gostar
no gosto de cada instante,
na consciência interior.
Não há lutas para se travar,
não há queixas a se fazer.
apenas o deixar ser,
acompanhando o interminável
drama da vida.

Puro sangue a
correr nas veias,
pelos descampados
de essência verde
Sede de identificação
da alma,
na mais pura
intimidade com o vento,
profundamente selvagem
Seu ser que aprendeu
a surgir das sombras,
onde não existi
pressão, tão
considerada normal
mas tão ilegítima e
imoral...
à profundeza animal
Deixe que a
confiança surja,
para acreditar na
liberdade e
poder criar
familiaridade
com a sua natureza...

grito do silencio...
tomado em fôlego por amor
grito do silencio...
quebrando tabus velados
como um grito no cristal...
quebrando
grito do silencio...
quebrando o espaço...
porque...
eu grito... EU TE AMO
mas apenas sussurrado...
em gritos rasgados por não me conter
e nem quero saber...
apenas grito...
queria gritar no pólo norte
entre icebergs...
para Deus ouvir o eco...
e você saber...

Amor é síntese

Por favor, não me analise
Não fique procurando
cada ponto fraco meu
Se ninguém resiste a uma análise
profunda, quanto mais eu!
Ciumenta, exigente, insegura, carente
toda cheia de marcas que a vida deixou:
Veja em cada exigência
um grito de carência,
um pedido de amor!

Amor, amor é síntese,
uma integração de dados:
não há que tirar nem pôr.
Não me corte em fatias,
(ninguém abraça um pedaço),
me envolva todo em seus braços
E eu serei perfeita, amor!

A chuva dissolvendo
minha incerteza
a tristeza também
dissolvendo...
na esperança do sol que
me revela o calor do coração...
Se o céu é azul... o amor também
cinza é a chuva... é o medo
que se dissolvem...
uma montanha de nuvem
formando formas
se derramando
a cada pingo...
a cada gota...
nesta incerteza...
Sentindo prazer
em me molhar...
por ser aberta pra vida...
e pra certeza de amar...
sem medo...
portanto se agora me atordoas
logo cessa e rega em abundância
a vida... meu coração...
volúvel... efêmero...
e sempre leal as paixões... emoções...
que não se nega a sentir...
faça chuva...faça sol...
só essa dúvida que me atordoa...
mas sinto esvair como chuva...
porque sinto prazer em sentir a chuva
e acredito no meu sol...

Escrevo...
como a um desabrochar de emoções
escrevo porque te achei...
o que outrora estava tão enterrado
por toneladas de recursos loucos de defesa
agora surgem como uma semente buscando
o ar... o vento... a chuva...o sol... você...
e nascendo... para a luz,
simplesmente por acreditar nela...
Escrevo...
porque minha mente se mistura com as emoções
e penso que ela seja seu coração... aonde quero chegar
porque entrastes em meus sonhos... a me mostrar o que me recusavas a enxergar... e agora preciso tanto de você...
descobri que eu te amo...
Escrevo...
porque me toma a voz a quem mais quero falar...
juntando tanta coisa que na hora embrulha em nó
na garganta... e o pensamento se atordoa e se perde
não sabe se foge... esconde... o que sente
Ah!... se esse amor compreendesse...
ou será que nem sente...
que medo de falar pra ti o quanto você me faz bem...

e escrevo por não lhe falar... te mando mensagens...
Que eu te amo...

Se você quiser ir pra cima, eu te motivo...
e se quiser ir pra baixo, eu ajudo a te empurrar mais...
tudo isso porque sei ser amiga...

Preciso tanto mudar...
Quem sabe... uma plástica no nariz
Uma lipo na barriga
Luzes nos cabelos
Com reflexos dourados
A combinar com meus olhos verdes
Porque para mudarmos a vida
Precisamos mudar a nos mesmos
Foi o que ouvi...
E como sou mulher
Não vejo nada a mudar a não ser em mim mesma...

Fragatas ao vento...
e eu deitada aqui
na areia a olhar o céu...
nuvens cinzas
encobrindo o azul
Fragatas planando
voltando do mar,
escapando do prenúncio
de chuva,
sem bater de asas
planando...
as vezes em rodopiados
caracóis...
se certificando das correntezas,
constatando seu conhecimento
do ar, em mergulhos...
algumas a furtar peixes,
nas demarcações da rede de pesca
e outras a fisgar em ocasionais
mergulhos no mar...
Cada qual com sua característica,
de instinto... ou inteligência...
Embora as da rede pareçam espertas...
As selvagens em decorrência
natural dos instintos,
maiores e mais belas...

Eu só te perdôo e te libero,
se souber que todas...
mas todas elas...
te querem...
Pois seria covardia...
teres que aturar mais uma louca...
Mas se souber que somente eu...
só eu te quero...
Aí então meu querido...
você não me escapa...
você é meu...