Coleção pessoal de MateusSKilola

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⁠Ela falou-me de Cristo

Ela falou-me de Cristo, com olhos em brasa,
como quem viu o céu romper-se em chamas.
Não usou gritos, nem pregações vazias,
mas sua vida contava mil profecias.

Falou-me de Cristo nas dores que teve,
quando o mundo a quebrou, mas ela ficou leve.
Nas noites sombrias, quando tudo era fim,
ela sorria, e dizia: “Ele está em mim.”

Falou-me de Cristo com mãos estendidas,
curando feridas, colhendo vidas.
E mesmo quando o pranto lhe tocava a face,
ela cantava, e a paz virava enlace.

Ela não falava de um Deus distante,
mas de um Cristo presente, vivo e amante.
Não citava apenas o que estava escrito,
mas me mostrou o Amor, puro e infinito.

Falou-me de Cristo com o brilho no olhar,
e algo em mim começou a mudar.
Entendi que fé não é só religião,
mas é deixar Deus habitar o coração.

Ela falou-me de Cristo, e sem perceber,
plantou em meu peito o desejo de crer.
E hoje, se caminho em luz e esperança,
é porque um dia ou, sua fé em bonança.

Ela falou-me de Cristo, e naquele instante,
senti que o céu tornava-se mais distante, não por estar longe, mas por ser maior:
um amor que abraça, mesmo quando estou só.


Patrono: Mateus Sebastião Kilola

⁠Talvez seja um Adeus

Talvez seja um adeus, sem voz, sem porquê,
um silêncio que parte antes de se ver.
Um gesto contido, um olhar que se vai,
como o vento que toca, e depois não volta mais.

Talvez seja um adeus, ou só um até logo,
mas algo em mim arde como brasa no fogo.
Se for despedida, que leve a verdade:
amei-te em silêncio com toda a saudade.

⁠Tenho uma amiga cristã

Tenho uma amiga cristã — alma serena,
coração que floresce mesmo em terra pequena.
Ela não grita sua fé aos quatro ventos,
mas vive o amor em seus gestos e tempos.

Tem olhos que enxergam além do que é dor,
e mãos que se estendem com puro ardor.
Nos dias nublados, ela é claridade,
nos vales da alma, é voz de verdade.

Não julga o tropeço, nem aponta o chão,
ela ora em silêncio e oferece a mão.
E quando o mundo pesa, ela me diz:
“Deus está contigo, mesmo quando não vês.”

Sua fé não é muro, é ponte, é estrada,
é luz que caminha sem temer a jornada.
Com a Bíblia no peito e esperança no olhar,
ela ensina que crer é também amar.

Tenho uma amiga cristã, sim, ela é a Olga Kiala João,
E ao seu lado, já fui restaurado, já fui consolado.
Ela não promete que tudo vai passar,
mas me lembra que Cristo jamais vai falhar.

E mesmo em silêncio, sua vida prega,
com cada sorriso, com cada entrega.
Não precisa púlpito nem multidão:
ela é Evangelho em forma de ação.

Sim, tenho uma amiga cristã — e é tão bom saber,
que em um mundo tão duro, alguém escolheu crer.
E por meio dela, eu vejo brilhar,
o Deus invisível que insiste em amar.


Patrono: Mateus Sebastião Kilola

⁠Dele vem o meu socorro

Quando o vale escurece e a alma se inclina,
quando o medo sussurra e a dor se avizinha,
quando os pés vacilam no chão do abandono,
e os céus parecem trancados no sono...

Ergo meus olhos aos montes calados,
procuro socorro nos altos sagrados.
E ali, no silêncio que o mundo não vê,
sinto uma Voz que me chama com fé.

Dele vem o meu socorro, o Eterno, o Senhor,
que moldou os céus com palavra e amor.
Não dorme o Deus que me guia em segredo,
não falha Aquele que vence o meu medo.

Ele é abrigo na noite mais fria,
é luz que acende a esperança vazia.
É rocha firme em mar revoltado,
é mão estendida ao que está prostrado.

Quando a alma já não encontra saída,
quando a cruz pesa mais que a própria vida,
Dele vem o sopro, o alento, a calma,
que restaura os ossos, que ergue a alma.

Não confio em sorte, nem em meu braço,
meu auxílio vem d’Aquele que traça
os caminhos da vida com graça e poder e mesmo ferido, me ensina a viver.

Dele vem o meu socorro, constante e fiel,
como chuva no deserto, como maná no céu.
E ainda que o mundo inteiro desabe sem cor,
me basta saber: sou cuidado por amor.


Patrono: Mateus Sebastião Kilola

⁠Talvez hoje eu morra

Talvez hoje eu morra — e o mundo siga,
sem notar o silêncio da minha partida.
O sol nascerá com a mesma coragem,
e o tempo seguirá sem pressa ou miragem.

Talvez hoje eu morra — e ninguém veja,
a lágrima oculta, a alma que almeja
um último abraço, uma palavra guardada,
um perdão não dito, uma dor calada.

Talvez hoje eu morra — e em minha ausência,
fiquem perguntas, vazios, ausência.
Fiquem poemas sem fim, versos sem dono,
um copo pela metade, um sonho sem sono.

Talvez hoje eu morra — e no fim de tudo,
encontre em Deus o silêncio mais mudo,
a resposta que em vida busquei, aflito,
nos becos do peito, no chão do infinito.

Talvez hoje eu morra — ou talvez não,
mas já deixo escrito, do fundo do chão:
se eu partir, que seja com paz no olhar,
pois viver também é saber descansar.

E se hoje eu morrer — só peço, enfim,
não chorem por mim, nem pelo meu fim.
Guardem apenas o que fui de verdade:
um sopro, um suspiro, um eco de saudade.


Patrono: Mateus Sebastião Kilola

⁠Me ampare, óh Deus

Me ampare, óh Deus, nas horas sombrias,
Quando a alma tropeça em noites vazias,
Quando o peito geme em silêncio e dor,
E o mundo parece esquecer o amor.

Me ampare no instante em que tudo desaba,
Quando o chão some e a esperança acaba.
Seja meu escudo, minha direção,
Refúgio secreto do meu coração.

Me ampare, óh Deus, quando os olhos chorarem
Por sonhos que o tempo se atreve a roubarem.
Erga-me com mãos que não falham jamais,
Mesmo quando eu não tenho forças pra mais.

Me ampare no vale, na angústia, na cruz,
Seja em mim a luz que da treva conduz.
Não peço caminhos fáceis, Senhor,
Mas Tua presença firme no ardor.

Me ampare, óh Deus, com Teu doce abrigo,
Mesmo se o mundo me deixar sem amigo.
Só Tu conheces meu ser por inteiro,
Meu medo escondido, meu pranto verdadeiro.

E se eu cair... e se eu não resistir...
Não me deixes, Deus, não me deixes sumir.
Abraça minha alma cansada, então,
E guarda-a, Pai Santo, na palma da sua mão.

Patrono: Mateus Sebastião Kilola

⁠"Quando Jesus Voltar"

Quando Jesus voltar, o céu se abrirá,
Num silêncio sagrado que tudo calará.
As dores do mundo cessarão de chorar,
E os mortos em paz começarão a falar.

As trombetas soarão como vozes de luz,
Ecoando nas almas que esperam Jesus.
Cada lágrima antiga será consolada,
Cada cruz esquecida, então coroada.

Os olhos cegos verão o clarão,
E os corações frios terão redenção.
Os braços partidos se erguerão do chão,
Para abraçar a eterna salvação.

O tempo, cansado, deixará de correr,
Pois no Reino vindouro, há só o viver.
Nem dor, nem mágoa, nem luto, nem fim,
Só a glória do Cordeiro reinando em mim.

Quando Jesus voltar, o amor será lei,
E todo joelho dobrado direi:
“Ele é o Cristo, o Rei da Verdade,
A Vida, o Caminho, a Eternidade.”

Que eu viva este dia como se fosse o último,
Com fé que atravessa deserto e tumulto.
Pois mesmo que o mundo insista em cair,
Sei que Jesus… um dia há de vir.


Patrono: Mateus Sebastião Kilola

⁠"Um dia vamos partir"

Um dia vamos partir,
sem hora marcada,
sem aviso,
como folhas levadas pelo vento
que não volta pelo mesmo caminho.

Partiremos com os olhos abertos
ou talvez fechados em silêncio,
com sonhos ainda por sonhar
e palavras presas no peito.

Deixaremos a casa, o riso,
os abraços que não demos,
as promessas que fizemos
e os medos que escondemos.

Partiremos — todos nós,
ricos ou pobres, santos ou pecadores —
com o mesmo destino oculto
no véu do eterno mistério.

Mas não é o fim, eu creio.
É travessia, é retorno, é voo.
Somos poeira de estrelas cansadas
voltando ao berço do infinito.

Então, enquanto não partimos,
vivamos com ternura e verdade,
pois o tempo não avisa duas vezes
e o amor tudo o que levaremos.


Patrono: Mateus Sebastião Kilola

"⁠Aquele a quem espero não chega"

Espero no tempo que escorre calado,
no passo que arrasta a tarde vencida,
num nome que guardo, silenciado,
feito promessa nunca cumprida.

Vejo nas sombras o vulto que falta,
sinto no vento a voz que não fala,
um eco distante, quase esperança,
mas que se apaga quando se instala.

Aquele a quem espero não chega,
não cruza os caminhos do meu chão,
sua ausência é lágrima que navega
no mar do silêncio e da solidão.

Já me vesti de espera e saudade,
já pedi ao céu, à noite, ao dia…
mas tudo que volta é a mesma verdade:
ele não vem, e a alma esfria.

Ainda assim, insisto e me entrego,
a flor que insiste em florir no inverno.
Porque amar, mesmo em vão, é sagrado,
E esperar um gesto eterno.


Patrono: Mateus Sebastião Kilola

⁠O tempo não espera,
Ou aprendemos a viver agora,
Ou vivemos sempre por depois.

"Somos instantes que respiram eternidades.
Cada gesto, por mais pequeno, carrega o peso do universo.
A vida não se mede apenas pelo tempo que passa, mas pela intensidade com que tocamos o presente.
Há beleza no silêncio, verdade na dor, e luz mesmo nos dias mais escuros.
Viver é mais do que existir, é escolher, a cada amanhecer, ser inteiro, mesmo em pedaços."

Somos feitos de instantes que não voltam, de palavras que ecoam e de silêncios que dizem tudo.
A vida não espera aplausos nem promessas; ela cobra presença.
Enquanto buscamos respostas no amanhã, esquecemos que o agora também fala — e às vezes, grita...
Escutar a vida é um ato de sabedoria.


Patrono: Mateus Sebastião Kilola

⁠Somos Deuses

Somos cinza e fogo no ventre da história,
eco de estrelas na carne que sangra,
nossos passos moldam a glória —
mesmo caídos, a alma não manca.

Erguemos mundos do barro e do sonho,
na palavra, no gesto, na dor que renasce.
Mesmo no abismo mais medonho,
um deus em silêncio ainda se faz.

Não por coroa, nem por trono ou ouro,
mas porque criamos, curamos, amamos...
Somos deuses — de barro e de couro —
mortais... mas imortais quando ousamos.

Patrono: Mateus Sebastião Kilola

⁠Amei-te, mulher Africana

Amei-te, mulher africana,
Com os olhos da alma desperta,
No silêncio do vento da minha alma,
Na dança da lua tão certa.

Amei-te no cheiro da terra molhada,
No batuque antigo do tambor,
Na lágrima firme, não derramada,
Na raiz do teu imenso amor.

Vi em ti a mãe, a guerreira,
A semente que nunca descansa,
A palavra forte, verdadeira,
A chama viva da esperança.

Teu cabelo é coroa de história,
Cada cacho, um tempo guardado,
Teu corpo, escultura da glória,
Teu sorriso, um mundo sagrado.

Amei-te quando o mundo calava,
E tu ergueste a voz sem temor.
Quando a dor da história pesava,
E tu respondias com flor.

Foste rio, montanha e caminho,
Foste sol que insiste em brilhar.
Mesmo só, nunca foste sozinha,
Pois tua alma nasceu pra lutar.

Mulher africana, essência de vida,
Tua presença é canto ancestral.
És cicatriz, mas também ferida,
És revolução sem igual.

Amei-te… e amo ainda, eternamente,
Pois em ti, pulsa a origem do ser.
Na tua força que cala e sente,
Descobri o que é renascer.


Patrono: Mateus Sebastião Kilola

⁠Sou Africano

Sou feito de terra quente e céu aberto,
De tambores que falam no silêncio do tempo,
De raízes fundas, num passado desperto,
Que vive em mim como um sagrado templo.

Sou o grito da savana ao romper da aurora,
A dança da chuva em solo sedento,
Sou voz ancestral que nunca vai embora,
Sou fogo que arde no firmamento.

Sou traço de reis em tronos de marfim,
Herança viva de reinos esquecidos,
Sou o riso e a lágrima dentro de mim,
Sou os caminhos, os mortos, os vivos.

Sou coragem que cresce na dor calada,
Sou o corpo que resiste, o peito que luta,
Sou cicatriz que se torna alvorada,
Sou a alma que canta mesmo na labuta.

Sou bantu, sou kongo, sou zulu,
Sou as línguas que o mundo tentou calar,
Mas sou tambor que ecoa no céu azul,
Sou memória que ninguém vai apagar.

Sou África – e em mim ela habita,
Não como fado, mas como missão.
Em cada passo, a história me visita:
Eu sou africano. Sou chão. Sou visão.

Patrono: Mateus Sebastião Kilola

A pior perda de um homem, é a quebra do seu maior espelho:
A amizade com seu Deus!

⁠" A mão que não afaga, não treme!"

⁠Há aquelas fases que não passam, não...
Mas elas apenas ocultam-se na corrente do tempo.

"⁠A dor não passa, não,...
E sim nós é quem paramos de olhar pra certas mágoas passadas. "

⁠"O inefável não pode ser dito, mas pode-se comunicar a sua presença. "