Coleção pessoal de marcopaschoal

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Que maldade!
Me expor essa vontade,
e deixar-me essa saudade
que eu sinto de você.

Tomara!!!

Tomara que existam mesmo
as tais outras vidas,
vividas e pra viver.

Assim,
fica mais fácil imaginar te ter,
imaginar que já nos encaixamos em outro Lar.

Quem sabe até me conformar
por não ter você agora,
mas pensar que terei,
em outra Vida
em outra hora.

Se solta.

Te dou um beijo,
na boca...
sem dó,
na marra,
pra ver se algo acontece,
nesse corpo guardado e sem pecado pra mim.

Vai...
agora,
na hora do banho,
pelo menos tenta,
se atenta?
Pensa!
Deseja!

Quem sabe você goste...
quem sabe você goze.

Se riu,
se solta...
vá logo,
se toca.

Pense na minha vontade juvenil,
de seduzir você.

Tomara que consiga,
e que vire vicio...
pois meu vicio,
é atentar você!

Desejo contido

Meu desejo está preso.
Não sai na voz,
não sai na escrita...
mas está aqui,
ileso,
faminto
pra sussurrar-te aos ouvidos,
escrever-te tremido,
de tanto desejo contido.

Linda... mas ela era sim;
metida!

Passava por mim,
nem olhava.

...mas eu esperto,
disfarçava.

...mas meu coração
disparava.

...e meu olhar
entregava,
que ela,
era metida sim!!!

Em meu coração.

Nem tudo que vivo,
eu conto.
Na verdade,
as boas,
escondo.
E faço
lindos escombros,
de tudo de ruim que
desaba em mim.

Quebrando o gelo.

Era quieta, tímida, sem muito papo.
Mas meu instinto me dizia,
que aquela timidez sumiria,
logo no primeiro tato.

Eu lia em seu olhar,
algo como:
- Não me descubra por favor.
- Me deixe aqui aonde estou.
- Olhando assim, vou me expor,
e ficarei a seu dispor.

...e era tudo que eu queria,
quebrar aquela barreira fria,
e me queimar em seu vulcão.

Então...? Saia logo debaixo dessa neve silenciosa,
vem, me abraça, aperta,
que eu te conto em verso e prosa,
como é bom colar
no calor de alguém.

Mãe!
É aquela mulher que acredita em sua, inteligência, perfeição e beleza, mesmo com o mundo todo sabendo que não.

Você me diz que sou fogo.

Mas e se eu fogo fosse e
realmente te incendiasse
e você me contasse,
coisas que imaginasse,
e enfim se deixasse
por mim incendiar?

Quem sabe a chama acalmasse,
e a brasa ficasse
para enfim,
o calor do amor ficar.

O cinza coloriu.


O dia estava nublado,
chuvoso,
sem cor...

De repente passa ela,
colorida, linda,
feito flor.

Meu dia ali clareou,
transformou,
iluminou.

E eu feito passarinho
voei pra ela,
ela me olhou,
conversou,
abraçou,
beijou.

Depois disso,
nunca mais deixei de ser,
seu Beija-Flor.

E ia.

...ia-se levando a vida,
levantando de cada tombo,
até que, de tropeço em tropeço,
ficou caidinho.

Leve ando.

A vida tá aí...
e você vai sendo levado.
Eu, com meu legado,
leve ando,
nunca leviano,
mas vou levando,
não importando a idade,
sempre bem levado.

Então você reclama:

Do amor que nunca vem,
do amor que sempre desdém,
da dor que se tem,
do rancor quando se veem,
da claridade do dia,
da noite e a melancolia,
da música e melodia,
do choro claro de dor,
do riso fácil: - Que horror!
das amizades perdidas,
das falsidades queridas...

Mas nunca é grato:

Ao amor que se foi,
aquela dor que cessou,
ao rancor que findou,
a luz do sol que irradia,
a linda noite tranquila,
da música e poesia,
do choro libertador,
do riso contagiante,
das amizades de antes...

Seja grato, por favor.

Presa ou preza?

Triste o ser
que preza o desprezo,
que no desgosto se apega
e vira presa,
de quem não o gosta.

Mesmo assim,
disputa o oposto,
como se gostasse do gosto,
de se prender
ao que lhe faz infeliz.

Confio no tempo!

Ele me conta,
tudo que sabe,
ele liberta,
toda verdade,
mesmo que as vezes,
tudo desabe,
prefiro que mostre
quem é por mim.

As vezes percebo
e até tenho medo,
de um tipo de gente
que mente sem medo,
pensando que a todos irá iludir.

Mas o tempo
vai se passando,
e as atitudes vão nos mostrando
que esse tipo de gente
se atola em si.

Depois,
se afogam no erro
e por orgulho e desespero,
mentem sem fim.

Por isso prefiro a verdade,
e o tempo me dará,
por lealdade e fidelidade,
o melhor dia a dia pra mim.

Se cura.

Rancor,
vê se se cura
de tanta secura.

Vê se adoça
essa sua amargura.

Vê se transborda
alguma doçura.

Vê se faz o amar
ser sua cura.

Em cantando.

De amor é que ele sofre,
mas vai vivendo,
fazendo estrofe.
Cantando suas dores,
vai parindo mais amores.
colhendo beijos e flores
de quem por ele se encantar.

Você...
é feito tamarindo.
Azeda, mas saborosa...
complicada, feito prosa,
casca frágil, que nem rosa,
suculenta, gostosa...
poucos gostam,
mas quem gosta,
te ama
tamarindo,
t ama rindo.

Posse.

Se sou só?
Só são sós,
os seus.

Só sou só
sendo seu,
sendo eu,
some o só.

Somando eu
seremos nós,
sendo nós,
não seremos só.

Evitando amar.

Serão ossos do ofício,
ou serão nossos vícios,
de tudo dramatizar.

Gostamos tanto da dor,
que sempre matamos o amor
achando que não vai durar.

Paremos com esse suplício,
vivamos deste novo vício,
que é simplesmente, o G O S T A R.

Não importando o resultado,
mas sim o vivido, o gostado,
de cada minuto do Amar.